Rob Bell Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/tag/rob-bell/ cristianismo no mundo contemporâneo Sun, 18 Feb 2018 01:53:16 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.1 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/wp-content/uploads/2018/02/missaopm-alpha-ico-150x150.png Rob Bell Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/tag/rob-bell/ 32 32 Cristão: adjetivo ou substantivo? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/cristao-adjetivo-ou-substantivo/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/cristao-adjetivo-ou-substantivo/#comments Sat, 16 Aug 2014 20:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/01/cristao-adjetivo-ou-substantivo/ É perigoso rotular determinadas coisas de “cristãs”. A palavra cristão aparece pela primeira vez na Bíblia como substantivo [Atos 11:26; 26:28; 1 Pedro 4:16]. Os primeiros seguidores de Jesus foram chamados de cristãos porque haviam-se dedicado a viver da mesma maneira que o Messias, e que eles criam ser Jesus. …

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É perigoso rotular determinadas coisas de “cristãs”. A palavra cristão aparece pela primeira vez na Bíblia como substantivo [Atos 11:26; 26:28; 1 Pedro 4:16]. Os primeiros seguidores de Jesus foram chamados de cristãos porque haviam-se dedicado a viver da mesma maneira que o Messias, e que eles criam ser Jesus.

Substantivo. Um indivíduo. Um indivíduo que segue Jesus. Uma pessoa que vive em sintonia com a realidade suprema. Deus. Uma forma de vida que gira em torno de uma pessoa viva.

O problema de transformar o substantivo em adjetivo e em seguida associá-lo a palavras é que podem criar-se categorias que limitem a verdade. Veja o que quero dizer.

Determinada coisa pode ser rotulada de cristã e não ser verdadeira nem boa. Eu estava falando numa conferência de pastores alguns anos atrás e um pastor muito conhecido falaria depois de mim. Pensei em ficar no auditório quando tivesse terminado minha palestra porque eu queria ouvir o que ele diria. Foi chocante. Ele disse a uma sala cheia basicamente de pastores que, se a igreja deles não estava crescendo, se eles não eram felizes o tempo inteiro e se não eram saudáveis nem bem-sucedidos, era porque provavelmente não foram “chamados e escolhidos por Deus” para serem pastores. Não consigo imaginar como essa mensagem chegou ao coração e à mente daqueles pastores ouvintes. Não conseguia entender como ele fez que aqueles versículos dissessem aquilo. E era um pastor cristão falando numa igreja cristã a outros pastores cristãos. Aquilo, porém, não era verdade.

Isso ocorre em todos os campos. É possível uma música ser qualificada de cristã e ser uma música horrível. Podem faltar-lhe criatividade e inspiração. A letra pode não passar de clichês reciclados. Aquele conjunto “cristão” pode na verdade dar má fama a Jesus por não ser uma boa banda. É possível um filme ser um filme “cristão” e ser horrível. Pode, na verdade, profanar aquela arte com o roteiro e a produção. Não é só porque um livro é cristão, de um autor cristão e comprado numa livraria cristã que seja um livro todo verdadeiro e bom ou belo. […]

“Cristão” é um excelente substantivo, mas como adjetivo é muito pobre. […]

Trabalhar “para Deus”

Entendo que ser cristão é fazer seja o que for com muita paixão e dedicação. Nós nos dedicamos a nosso trabalho porque tudo é sagrado. Adoro o jeito de Paulo dizer isso em Colossenses: “Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, falam-no em nosso do Senhor Jesus…” (Colossenses 3:17). O apóstolo está ensinando aqueles crentes a viver como cristãos, e assim tudo quanto eles fizerem será trabalho sagrado, santo. A música já é adoração. A música é louvor. A música é sagrada. A música é boa. A criação não precisa de nenhum rótulo para ser sagrada ou aceitável, ou abençoada. Quando Deus fez o mundo, Deus chamou tudo de “bom” [Gênesis 1:31]. Claro, sem dúvida, qualquer coisa pode ser corrompida e profanada e pode ser usada com finalidades diferentes das que Deus pretende, mas fazer música é sagrado. Paulo diz isso assim: “Pois tudo que Deus criou é bom…” (1 Timóteo 4:4). […]

É por isso que é impossível ao cristão ter um trabalho secular. Se seguimos Jesus e fazemos o que fazemos em Seu nome, esse trabalho deixa de ser secular, é sagrado. Estamos nele, Deus está nele. A diferença é nossa consciência. […]

Um dia desses, alguém me perguntou o motivo de nossa igreja não apoiar as artes. Isso porque não temos dramatizações nem peças nos cultos. Eu atinei com a pergunta. Como quase todas as perguntas, ela remete à criação. Não creio que algo tenha de estar num culto da igreja para ser feito “para Deus”. Como se a única manifestação artística feita “para Deus” fosse a que se realiza num culto da igreja.

Igreja é uma comunidade de pessoas que estão aprendendo a ser o tipo de gente que, não importa onde se encontre, pode fazer o que quer que seja “no nome do Senhor Jesus”. O objetivo não é trazer o trabalho de cada um para dentro da igreja; o objetivo é que a igreja seja esse tipo singular de pessoas que transformam o lugar onde vivem, trabalham e se divertem, porque elas sabem que toda a Terra está cheia da kavod [glória] de Deus [Isaías 6:3]. Deus não Se limita a um prédio construído por homens. Fazer coisas para Deus é o que ocorre o tempo todo, em todo lugar. Se você é ator, o objetivo não é que você faça seu trabalho num edifício da igreja, no culto. Por favor, vá a qualquer lugar no mundo onde as pessoas encenem e faça isso bem. Muito bem. Empenhe-se em sua arte e dê tudo a ela.

Como se vê, os rótulos acabam não dando certo, não importa quanto sejam úteis de vez em quando, porque a vida de Jesus é tão somente esta: uma vida vivida por gente que a orientou toda segundo o propósito de ser fiel aos ensinos de Jesus.

– Rob Bell, Repintando a igreja: uma visão contemporânea (São Paulo: Editora Vida, 2008), p. 99-102.

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Repintando a igreja https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/repintando-a-igreja/ Tue, 28 May 2013 19:34:14 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=676 Durante centenas de anos, os seguidores de Jesus, assim como os artistas, entenderam que é preciso prosseguir, explorando meios de viver em harmonia com Deus e uns com os outros. A tradição da fé cristã é cheia de mudanças, crescimento e transformação. Jesus teve parte nesse processo, levando as pessoas a …

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Durante centenas de anos, os seguidores de Jesus, assim como os artistas, entenderam que é preciso prosseguir, explorando meios de viver em harmonia com Deus e uns com os outros. A tradição da fé cristã é cheia de mudanças, crescimento e transformação. Jesus teve parte nesse processo, levando as pessoas a repensar a fé, a Bíblia, o amor, a esperança, tudo enfim, e convidando-as a tomar parte em um processo infindável de prática de vida, de viver da maneira que Deus nos criou para que vivêssemos.

O desafio para os cristãos é, então, viver com paixão e convicção sem medida, permanecendo abertos e flexíveis, conscientes de que esta vida não é o quadro definitivo.

Os tempos mudam. Deus não muda, mas o tempo, sim. Nós aprendemos e crescemos, o mundo a nossa volta muda, e a fé cristã é viva apenas quando é ouvida, retocada, inovada. […]

Há inúmeros exemplos desse processo contínuo, mas vou mencionar apenas um. Cerca de 500 anos atrás, um homem chamado Martinho Lutero fez uma série de perguntas a respeito do quadro que a igreja estava apresentando ao mundo. […]

Isso não parou por aí. Lutero estava assumindo lugar num extenso rol de pessoas que jamais pararam de repensar e redesenhar a fé. Retirando camadas de tinta desnecessárias e, ao mesmo tempo, redescobrindo elementos essenciais que se haviam perdido. […]

E o processo não cessou.

Não pode. […]

A obra de arte de Lutero foi parte do que veio a ser conhecido depois como Reforma. […] Na verdade, os contemporâneos de Lutero empregavam uma palavra muito específica para esse processo interminável e absolutamente necessário de mudança e crescimento. Eles usavam a expressão em latim Ecclesia Reformata et Semper Reformanda est, que significa: “Igreja reformada está sempre se reformando”. Esse conceito é essencial. Tinham consciência de que o que eles diziam e faziam, escreviam e decidiam precisaria ser revisitado. Revisado. Reelaborado.

Eu faço parte dessa tradição.

Faço parte de uma corrente histórica e mundial de pessoas que creem que Deus não nos deixou sozinhos, mas que está envolvido na história humana desde o início. São pessoas que creem que, em Jesus, Deus habitou entre nós de maneira singular e poderosa, mostrando-nos um novo tipo de vida. Dando a cada um de nós uma nova perspectiva para nossa vida em comunhão, para o mundo em que vivemos.

Como parte dessa tradição, eu abraço a necessidade de continuar pintando, continuar reformando.

Com isso não quero me referir a mudanças plásticas, superficiais, como melhor iluminação e música, imagens mais nítidas e métodos inovadores com passos fáceis de seguir. Quero dizer teologia: convicções acerca de Deus, de Jesus, da Bíblia, da salvação e do futuro. Precisamos continuar reformando a maneira de definir a fé cristã, a maneira de vivê-la e explicá-la.

Jesus é mais convincente que nunca. Mais convidativo, mais verdadeiro, mais misterioso que nunca. O problema não é Jesus, o problema é o que vem com Jesus.

Para muitos, a palavra cristão está associada a todo tipo de imagens que nada dizem sobre quem é Jesus e sobre a maneira pela qual nos ensinou a viver. Isso precisa mudar. […]

Cada geração não pode furtar-se a fazer as perguntas-chave sobre o que significa ser cristãos aqui e agora, isto é, no lugar em que estão e no momento em que vivem.

Se o trabalho pesado não for feito, onde o quadro acabará?

No porão.

É o que em geral acontece. Alguém surge com uma nova perspectiva da fé cristã. As pessoas são inspiradas. Um movimento tem início. A fé que estava enfraquecendo e morrendo agora renasce. Mas, então, o pioneiro do movimento – o artista-pintor – morre, e os discípulos param de buscar, experimentar, pôr à prova. Eles passam a aceitar, equivocadamente, que as palavras do líder foram definitivas sobre o assunto; assim congelam as palavras do líder. Esquecem-se de que essa pessoa inovadora fazia sua parte para avançar, e, portanto, ela tão somente fazia parte da discussão que continuará para sempre. Desse modo, comprometidos com o que fulano e beltrano disseram e fizeram, os seguidores acabam congelando a fé. […]

A tradição, portanto, é pintar, não reproduzir cópias do mesmo quadro interminavelmente. O desafio da arte é tomar o que havia de extraordinário nas obras anteriores e incorporá-lo a novas obras.

E, nesse processo, criar algo belo – para os padrões de hoje. […]

O que sei com certeza é que essa busca de Jesus está nos fazendo voltar tanto quanto nos faz avançar.

Se isso é verdade, então não é novidade.

Tenho aprendido que aquilo que parece inédito é, em geral, a descoberta de algo que já existia há muito tempo – algo que apenas se perdeu em algum lugar e que precisa ser achado, espanado e recuperado.

Tenho aprendido que venho de uma tradição que lutou com as questões mais profundas da existência humana durante milhares de anos. Tenho aprendido que minha tradição inclui rabinos, reformadores, revolucionários, monges, freiras, pastores e escritores, filósofos, artistas e pessoas de toda parte que fizeram grandes perguntas acerca de um Deus grande.

Rob Bell é pastor e fundador da Mars Hill Bible Church. É graduado pelo Wheaton College e pelo Fuller Theological Seminary. Retirado de Repintando a igreja: uma visão contemporânea (São Paulo: Editora Vida, 2008), p. 11-16.

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Sábado https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/03/sabado/ Fri, 01 Mar 2013 03:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/03/sabado/ Sábado é tirar um dia por semana para me lembrar de que eu não criei o mundo e que ele continuará existindo sem meus esforços. Sábado é um dia em que meu trabalho está completo, mesmo se não estiver. Sábado é um dia em que estou totalmente disponível para mim …

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Sábado é tirar um dia por semana para me lembrar de que eu não criei o mundo e que ele continuará existindo sem meus esforços.

Sábado é um dia em que meu trabalho está completo, mesmo se não estiver.

Sábado é um dia em que estou totalmente disponível para mim mesmo e para os que mais amo.

Sábado é um dia em que me lembro de que, quando Deus criou o mundo, ele era bom.

Sábado é um dia em que eu não produzo nada.

Sábado é um dia em que me lembro de que não sou uma máquina.

Sábado é aquele dia que, quando termina, eu digo: “Não fiz nada hoje”, e não tenho de acrescentar: “e me sinto culpado”.

Jesus quer curar nossa alma, quer nos dar o shalom [paz] de Deus. Por isso, temos de parar. Temos de diminuir o ritmo. Temos de ficar calmos e olhar pela janela, deixar o mecanismo descansar. Temos de ouvir o que a voz interior está dizendo.

(Rob Bell, Repintando a igreja: uma visão contemporânea [São Paulo: Editora Vida, 2008], p. 137-138.)

Nota: para o autor, “sábado” é qualquer dia em sete, enquanto na Bíblia é um dia específico (cf. Gn 2:2-3; Êx 20:8-11).

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Aqui é o novo futuro https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/02/aqui-e-o-novo-futuro/ Sat, 23 Feb 2013 03:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/02/aqui-e-o-novo-futuro/ Eu já ouvi pastores dizendo: “O céu é diferente de tudo o que nós podemos compreender; é como um culto que nunca acaba”, o que pode levar alguns a pensarem: “Isso soa mais como o inferno.” […] Jesus se referia claramente ao céu como uma dimensão real da criação de …

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Eu já ouvi pastores dizendo: “O céu é diferente de tudo o que nós podemos compreender; é como um culto que nunca acaba”, o que pode levar alguns a pensarem: “Isso soa mais como o inferno.” […]

Jesus se referia claramente ao céu como uma dimensão real da criação de Deus, um lugar onde a vontade de Deus, e somente ela, é feita. Céu é aquela região onde as coisas são como Ele deseja que sejam.

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Na terra, muitas vontades são feitas.
A sua, a minha e a de muitos outros.
Logo, no presente, o céu e a terra não são uma unidade.

O que Jesus ensinou,
o que os profetas ensinaram,
o que toda a tradição judaica apontou
e o que Jesus previu
era o dia em que a terra e o céu seriam um.
O dia em que a vontade de Deus seria feita na terra
como é agora feita no céu.
O dia em que a terra e o céu serão o mesmo lugar.

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Essa é a história da Bíblia.
Essa é a história que Jesus viveu e contou.
E ela está escrita no final da Bíblia, em Apocalipse 21:
“Agora o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais Ele viverá.”

A vida na era que há de vir. […]

Uma das coisas que mais chamam a atenção nas imagens que os profetas hebreus usam para descrever essa realidade é como ela é terrena. Vinhos, colheitas, cereais, gente, banquetes, construções e casas. É daqui que eles estão falando, deste mundo, o único que nós conhecemos – porém, resgatado, transformado e renovado. […]

Jesus nos ensina a buscar a vida do céu aqui e agora, e antecipar, assim, o dia em que a terra e o céu serão um.

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Negócios honestos,
arte libertadora,
justiça confiável,
vida sustentável,
cuidados médicos,
educação,
construir um lar,
cultivar um jardim –
são atividades sagradas que podem ser feitas em parceria com Deus, agora, porque continuarão na era que há de vir.

No céu,
na terra. […]

Cerca de um bilhão de pessoas no mundo não têm acesso a água tratada. Mas essas pessoas terão acesso a água limpa na era que há de vir; logo, trabalhar pelo acesso a água tratada para todos é participar, agora, da vida na era que há de vir.

É o que acontece quando o futuro é arrastado para o presente. […]

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Nossa escatologia molda nossa ética.
Escatologia diz respeito aos últimos dias.
Ética diz respeito a como se vive hoje.

O que se acredita sobre o futuro molda, orienta e determina como se vive agora.

Por que alguém fará alguma coisa por este mundo, se acredita que ao morrer vai partir para outro lugar? A noção correta de céu impede a fuga deste mundo e aumenta o comprometimento com ele, como a antecipação do dia em que as coisas serão na terra exatamente como são no céu. – Rob Bell, O amor vence (Rio de Janeiro: Sextante, 2012), p. 29, 43, 36, 45-46.

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Jesus quer salvar os cristãos https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/02/jesus-quer-salvar-os-cristaos/ Tue, 19 Feb 2013 10:26:29 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=247 Em um mundo em que existem 27 milhões de escravos, em um mundo em que 840 milhões de pessoas irão para a cama com fome nesta noite por falta de condições financeiras para fazer uma refeição, em um mundo em que 1 milhão de pessoas cometem suicídio todos os anos, …

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Em um mundo em que existem 27 milhões de escravos,

em um mundo em que 840 milhões de pessoas irão para a cama com fome nesta noite por falta de condições financeiras para fazer uma refeição,

em um mundo em que 1 milhão de pessoas cometem suicídio todos os anos,

em um mundo em que hoje quase 4,5 mil pessoas morrerão de Aids na África,

Jesus quer salvar nossa igreja do exílio da irrelevância. […]

Depressed Businessman Sitting on Stairs

As Escrituras hebraicas têm uma mensagem muito simples e muito direta:

Deus sempre ouve o clamor do oprimido;

Deus importa-se com o sofrimento humano e as condições que o provocam.

Deus está à procura de um corpo, uma comunidade de pessoas interessadas naquilo pelo qual Se interessa.

Deus outorga poder e bênçãos para que justiça e retidão sejam defendidas por aqueles aos quais foram negadas.

Deus é assim. Isso é ser Deus. Quem Ele é.

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Esquecer isso – deixar de ouvir o clamor, preservar a abundância à custa do impotente –, é não entender o que Deus tem em mente.

No auge do poder, Israel interpretou errado as bênçãos de Deus, dando-lhes o sentido de favoritismo e concessão de direitos. Tornou-se indiferente a Deus e ao chamado sacerdotal que recebera com o intuito de trazer libertação às pessoas.

Existe uma palavra para isso. Uma palavra para nomear o que acontece quando você ainda detém poder, riqueza e influência, mas, de um modo profundo, pôs tudo a perder esquecendo-se do motivo pelo qual tais coisas lhe foram dadas.

A palavra é exílio.

exilio

Exílio é quando você esquece sua história.

Exílio não tem que ver apenas com localização, mas com o estado da sua alma.

Exílio é quando você deixa de converter suas bênçãos em bênçãos para os outros.

Exílio é quando você se descobre um estranho para os propósitos de Deus. […]

Se tivermos quaisquer recursos,

qualquer poder,

qualquer voz, qualquer influência,

qualquer energia,

devemos convertê-los em bênção para quem não tem nenhum poder,

nenhuma voz,

nenhuma influência. […]

arte-de-conviver

O ato de ir assumirá uma multidão de formas.

Será movimento,

ação,

vida.

Envolverá risco,

significará conversar com pessoas nada parecidas conosco,

é provável que implique questionamentos, crítica e até rejeição da parte de quem não

ouviu o que ouvimos. […]

Não se trata apenas de tentar salvar o mundo.

Trata-se de salvar a nós mesmos.

Do reino do conforto.

Da prioridade da indiferença.

De um exílio de irrelevância. – Rob Bell, Jesus quer salvar os cristãos (São Paulo: Editora Vida, 2009), p. 198-199, 50-51, 199-201.

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O conteúdo de Isaías 58 deve ser considerado uma mensagem para este tempo, mensagem a ser dada sempre e sempre. […]

Somente pela manifestação de interesse altruísta pelos que estão em necessidade é que podemos dar uma demonstração prática das verdades do evangelho. […] Palavras de bondade, simpatia e amor devem testemunhar pela verdade. […]

A verdadeira simpatia entre o ser humano e seu semelhante deve ser o sinal de distinção entre os que amam a Deus e os que são indiferentes à Sua lei. – Ellen White, Beneficência social, p. 29, 32.

Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do caráter do amor divino. – Ellen White, Parábolas de Jesus, p. 415.

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