{"id":1924,"date":"2014-07-23T11:39:49","date_gmt":"2014-07-23T14:39:49","guid":{"rendered":"http:\/\/rabis.co\/migramissaopos\/?p=1924"},"modified":"2018-02-17T23:53:03","modified_gmt":"2018-02-18T01:53:03","slug":"o-sabado-no-apocalipse","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/missaoposmoderna.biblecast.com.br\/2014\/07\/o-sabado-no-apocalipse\/","title":{"rendered":"O s\u00e1bado no Apocalipse"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a><\/span><\/p>\n

Um dos ensinos mais conhecidos\u00a0dos\u00a0adventistas do s\u00e9timo dia \u00e9 que a quest\u00e3o central no conflito final da hist\u00f3ria do mundo diz respeito ao mandamento do s\u00e1bado.\u00a0<\/span>Os adventistas acreditam\u00a0que os habitantes da Terra ter\u00e3o que escolher um dia entre o culto ao Deus verdadeiro, no dia de s\u00e1bado, e o culto a um deus falso em outro dia.<\/span>

Contudo, tal ensinamento tem sofrido crescentes ataques, tanto de dentro da igreja como\u00a0de fora dela. Muitos adventistas t\u00eam percebido que o termo s\u00e1bado n\u00e3o ocorre em parte alguma do Apocalipse. Assim, muitos\u00a0deles questionam se esse ensino tem base b\u00edblica ou se \u00e9 fundamentado unicamente nos escritos de ElIen White.\u00a0<\/span>Al\u00e9m disso, a quest\u00e3o em si quanto \u00e0 oposi\u00e7\u00e3o entre s\u00e1bado e domingo parece ter perdido a relev\u00e2ncia para as pessoas do mundo de hoje. Se perguntarmos a uma pessoa comum, nas ruas, se o s\u00e1bado ou o domingo seria o dia correto de adora\u00e7\u00e3o, essa pessoa provavelmente responder\u00e1:\u00a0\u201c<\/span>Se voc\u00eas crist\u00e3os brigam por coisas t\u00e3o irrelevantes, ent\u00e3o para que serve ir \u00e0 igreja?\u201d.<\/span>

Num contexto\u00a0t\u00e3o negativo em rela\u00e7\u00e3o ao tema, acredito\u00a0que seja\u00a0adequado fazer uma nova an\u00e1lise do tema do s\u00e1bado no livro de Apocalipse. H\u00e1 base exeg\u00e9tica para a declara\u00e7\u00e3o de que o s\u00e1bado ser\u00e1 uma quest\u00e3o central na crise final da hist\u00f3ria do mundo? O autor do Apocalipse nos aponta a dire\u00e7\u00e3o do s\u00e1bado na crise final ou os adventistas t\u00eam defendido essa posi\u00e7\u00e3o sem uma justificativa b\u00edblica? <\/span><\/p>\n

A linguagem da alus\u00e3o<\/strong>

Para compreendermos essa quest\u00e3o, \u00e9 necess\u00e1rio entender uma caracter\u00edstica b\u00e1sica do livro do Apocalipse. O Apocalipse est\u00e1 cheio da linguagem, ideias, lugares e pessoas do Antigo Testamento. Embora se trate de um livro do Novo Testamento, a estrutura lingu\u00edstica b\u00e1sica do Apocalipse se fundamenta nas experi\u00eancias do povo de Deus como estas se encontram registradas no Antigo Testamento.\u00a0<\/span>Sendo assim, muitas pessoas deixam de perceber, em plenitude, a mensagem do Apocalipse porque elas n\u00e3o levam em considera\u00e7\u00e3o a natureza veterotestament\u00e1ria (isto \u00e9, do Antigo Testamento) de sua linguagem.<\/span>

Mas aqueles que buscam compreender as ra\u00edzes veterotestament\u00e1rias do Apocalipse logo encontram um problema consider\u00e1vel. O livro nunca cita o Antigo Testamento, mas\u00a0somente alude a ele com uma palavra aqui, uma frase ali e um nome acol\u00e1.\u00a0<\/span>Embora seja essencial identificar as refer\u00eancias veterotestament\u00e1rias no Apocalipse, pode ser bastante dif\u00edcil reconhecer exatamente quando seu autor pretende aludir ao Antigo Testamento. Estrat\u00e9gias rigorosas precisam ser empregadas para garantir que o int\u00e9rprete do Apocalipse compreenda o significado real do texto sem lhe impor qualquer significado externo.<\/span>

Escrevi minha tese de doutorado (Ph.D.)\u00a0sobre as alus\u00f5es ao Antigo Testamento nas sete trombetas do Apocalipse. Ela foi publicada como\u00a0Decoding Revelation\u2019s Trumpets: Literary Allusions and Interpretations of Revelation 8:7-12<\/i>,\u00a0Andrews University Seminary Doctoral Dissertation Series, v. 11 (Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 1988). Poucos assuntos poder\u00e3o ser mais desafiadores. Logo descobri que faria pouco progresso com respeito \u00e0s trombetas sem uma estrat\u00e9gia consistentemente b\u00edblica para determinar as ra\u00edzes veterotestament\u00e1rias das passagens. Primeiro, vou apresentas essa estrat\u00e9gia brevemente e, depois, vou ilustr\u00e1-la mais detalhadamente.<\/span>

Estrat\u00e9gia para avaliar alus\u00f5es
\n<\/b>
Primeiro, utilize os rodap\u00e9s da B\u00edblia, os coment\u00e1rios, as concord\u00e2ncias e as listas de alus\u00f5es (como as listas que aparecem no texto grego padr\u00e3o de Nestl\u00e9-Aland). Com essas informa\u00e7\u00f5es, crie uma lista de alus\u00f5es em potencial (que essas v\u00e1rias fontes admitem ocorrer em determinada passagem do Apocalipse em refer\u00eancia ao Antigo Testamento). Essa lista n\u00e3o deve ser aceita sem an\u00e1lise cr\u00edtica, mas deve ser criteriosamente avaliada da forma como sugiro a seguir.<\/span>

Em segundo lugar, coloque a passagem selecionada do Apocalipse lado a lado com as v\u00e1rias passagens do Antigo Testamento em sua lista. Tente identificar paralelos verbais, tem\u00e1ticos e estruturais entre o Apocalipse e cada uma das passagens veterotestament\u00e1rias que est\u00e3o sendo avaliadas.<\/span>

Em terceiro lugar, pese essa evid\u00eancia verbal, tem\u00e1tica e estrutural para determinar se h\u00e1 uma alus\u00e3o (uma refer\u00eancia intencional do autor a um contexto espec\u00edfico na literatura anterior) ao Antigo Testamento ou meramente um eco (uma refer\u00eancia n\u00e3o intencional baseada no conhecimento geral do autor acerca da literatura anterior e\/ou sua influ\u00eancia no ambiente do autor).<\/span>

Em quarto lugar, aplique os insights<\/i> apropriados ao texto do Apocalipse. Se o autor estiver conscientemente aludindo ao Antigo Testamento, ele deve presumir\u00a0que o leitor est\u00e1 familiarizado com o texto espec\u00edfico do Antigo Testamento e seu contexto mais amplo. Seria essencial para o int\u00e9rprete, em tal caso, que ele estivesse atento \u00e0 alus\u00e3o e ao impacto de seu contexto na passagem do Apocalipse.\u00a0<\/span>Se o autor estiver meramente fazendo eco ao texto do Antigo Testamento sem pretender, conscientemente, faz\u00ea-lo, o int\u00e9rprete deve se acautelar para n\u00e3o importar o contexto veterotestament\u00e1rio que o autor do Apocalipse n\u00e3o tinha em mente. Em outras palavras, pode-se falhar na interpreta\u00e7\u00e3o do Apocalipse de duas formas: ignorando o papel do Antigo Testamento na linguagem do autor ou excessivamente valorizando tal papel.<\/span>

Permita-me\u00a0exemplificar\u00a0como o Antigo Testamento tem impacto na interpreta\u00e7\u00e3o de um texto do Apocalipse. Apocalipse 13:1-2<\/span>\u00a0cont\u00e9m uma alus\u00e3o fascinante ao Antigo Testamento: \u201cVi emergir do mar uma besta, que tinha dez chifres e sete cabe\u00e7as e. sobre os chifres, dez diademas e, sobre as cabe\u00e7as, nomes de blasf\u00eamia. A besta que vi era semelhante a leopardo, com p\u00e9s como de urso, e boca como boca de le\u00e3o. E deu-lhe o drag\u00e3o o seu poder, o seu trono e grande autoridade\u201d. A maioria dos eruditos b\u00edblicos presume que Apocalipse 13 se baseia em Daniel 7, em que quatro bestas saem do mar. Vamos avaliar esse ponto de vista.<\/span>

Daniel 7 descreve quatro animais que saem do mar: um le\u00e3o, um urso, um leopardo e um monstro bizarro e indescrit\u00edvel com dentes de ferro e dez chifres na cabe\u00e7a. J\u00e1 que o leopardo \u00e9 caracterizado com quatro cabe\u00e7as, essa quadrilha tem um total de sete cabe\u00e7as.\u00a0<\/span>Esses animais tamb\u00e9m t\u00eam um total de dez chifres. Lembra-se da besta de Apocalipse 13? Assim como as bestas de Daniel 7, ela sai do mar. Al\u00e9m disso, ela tem caracter\u00edsticas de le\u00e3o, urso e leopardo. Ela tem sete cabe\u00e7as e dez chifres, um n\u00edtido paralelo com o total de cabe\u00e7as e chifres das quatro bestas de Daniel 7. Parece claro, portanto, que Apocalipse 13:1-2 tem por base a vis\u00e3o de Daniel 7.<\/span>

Paralelos verbais, tem\u00e1ticos e estruturais<\/b>

As coisas, no entanto, dificilmente se apresentam de maneira t\u00e3o clara\u00a0no\u00a0Apocalipse. Como, ent\u00e3o, avaliar o pano de fundo veterotestament\u00e1rio do Apocalipse quando a evid\u00eancia \u00e9 menos clara do que no caso de Apocalipse 13? Para tal, \u00e9 necess\u00e1rio que se coloque o texto de Apocalipse lado a lado com a poss\u00edvel fonte do Antigo Testamento. \u00c9 preciso compar\u00e1-los cuidadosamente, buscando tr\u00eas tipos de evid\u00eancia: paralelos verbais, paralelos tem\u00e1ticos e paralelos estruturais entre os textos.<\/span>

Os paralelos verbais<\/strong> ocorrem quando h\u00e1 palavras de destaque em comum entre a passagem do Apocalipse e a poss\u00edvel fonte do Antigo Testamento. Palavras menos importantes como preposi\u00e7\u00f5es, conjun\u00e7\u00f5es e artigos definidos geralmente n\u00e3o contam.\u00a0<\/span>Quanto mais palavras em destaque as duas passagens tiverem em comum, mais provavelmente o autor tenha tido a inten\u00e7\u00e3o de chamar a aten\u00e7\u00e3o do leitor para o Antigo Testamento a fim de que ele aplique o significado veterotestament\u00e1rio \u00e0 sua compreens\u00e3o do Apocalipse.\u00a0<\/span>No exemplo de Apocalipse 13 e Daniel 7, os paralelos verbais s\u00e3o \u201cmar,\u201d\u201cle\u00e3o,\u201d\u201curso\u201d, \u201cleopardo\u201d, \u201ccabe\u00e7as\u201d e \u201cchifres.\u201d Esse \u00e9 um dos paralelos mais fortes com o Antigo Testamento em todo o livro do Apocalipse.<\/span>

Os paralelos tem\u00e1ticos<\/strong> podem ocorrer entre passagens mesmo quando h\u00e1 somente uma palavra (e, \u00e0s vezes, nenhuma palavra) em comum entre elas. Paralelos tem\u00e1ticos envolvem um paralelo de tema ou id\u00e9ia, n\u00e3o necessariamente assinalado por palavras paralelas.\u00a0Isoladamente<\/span>, paralelos tem\u00e1ticos s\u00e3o o mais fraco dos tr\u00eas tipos de evid\u00eancia em favor de uma alus\u00e3o direta. Em Apocalipse 13, h\u00e1 um paralelo tem\u00e1tico com Daniel 7 em termos de animais que saem do mar e representam poderes mundiais.<\/span>

Os paralelos estruturais<\/strong> ocorrem quando v\u00e1rias palavras e temas de uma se\u00e7\u00e3o do Apocalipse aparecem em paralelo com um contexto espec\u00edfico do Antigo Testamento. Esses paralelos estruturais com o Antigo Testamento fornecem, de modo geral, forte evid\u00eancia em favor das alus\u00f5es intencionais nos detalhes mais espec\u00edficos do texto apocal\u00edptico.\u00a0<\/span>Exemplos de paralelos estruturais bem organizados em Apocalipse incluem o uso do texto de Ezequiel (em Ap cap\u00edtulos 4, 7 e 17-22); o uso de Daniel em Apocalipse 5, 13 e 17; o uso de G\u00eanesis 3 em Apocalipse 12; as pragas de \u00caxodo nas trombetas e nas pragas apocal\u00edpticas, e a queda da antiga Babil\u00f4nia em Apocalipse 16-19. Em Apocalipse 13, h\u00e1 numerosos e marcantes paralelos com Daniel 7, embora eles n\u00e3o ocorram exatamente na mesma ordem. Nas duas passagens bestas emergem do mar, sete cabe\u00e7as e dez chifres est\u00e3o envolvidos e refer\u00eancias s\u00e3o feitas a um le\u00e3o, um urso e um leopardo.<\/span>

Em conclus\u00e3o, embora o uso que o autor faz do Antigo Testamento no livro de Apocalipse seja mais amb\u00edguo do que gostar\u00edamos, uma aten\u00e7\u00e3o cuidadosa \u00e0s palavras, temas e estruturas dentro daquele livro pode nos aproximar muito das inten\u00e7\u00f5es originais do autor quanto a seu uso do Antigo Testamento e, portanto, oferecer-nos uma vis\u00e3o mais clara de como o autor gostaria que suas palavras fossem interpretadas.<\/span><\/p>\n

O contexto de Apocalipse 12 e 14<\/b><\/p>\n

Voltemos ao tema central deste artigo: Qual o papel do s\u00e1bado na crise final da hist\u00f3ria deste planeta?\u00a0O texto b\u00e1sico acerca da crise final, no livro de Apocalipse, \u00e9 o cap\u00edtulo 12 verso 17:\u00a0\u201cIrou-se o drag\u00e3o contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descend\u00eancia, os que guardam os mandamentos de Deus e t\u00eam o testemunho de Jesus\u201d. Aqui encontramos uma descri\u00e7\u00e3o da guerra entre o drag\u00e3o e o remanescente, uma guerra que \u00e9 pormenorizada em Apocalipse 13 e 14. Em certo sentido, Apocalipse 12:17 \u00e9 um resumo antecipado da crise final como um todo. Assim, os cap\u00edtulos 13 e 14 servem como uma exegese e um desenvolvimento da declara\u00e7\u00e3o b\u00e1sica feita em 12:17, ou seja, Apocalipse 13 pormenoriza a guerra do drag\u00e3o e Apocalipse 14 elabora acerca do car\u00e1ter e da mensagem do remanescente.<\/p>\n

O drag\u00e3o faz guerra contra o remanescente no cap\u00edtulo 13. Ele busca o aux\u00edlio de dois aliados no conflito: um emerge do mar e o outro emerge da terra. Os tr\u00eas protagonistas (o drag\u00e3o, a besta do mar e a besta da terra) formam uma tr\u00edade in\u00edqua que busca contrafazer a obra da verdadeira Trindade. O\u00a0drag\u00e3o<\/strong>\u00a0contrafaz a obra de Deus, o Pai; a\u00a0besta do mar<\/strong>, a obra de Deus, o Filho; e a\u00a0besta da terra<\/strong>, a obra do Esp\u00edrito Santo. Essa tr\u00edplice e in\u00edqua alian\u00e7a ataca o remanescente na batalha final. Qual \u00e9 a quest\u00e3o b\u00e1sica em tal ataque? Os cap\u00edtulos 13 e 14 n\u00e3o nos deixam qualquer d\u00favida. Em sete ocasi\u00f5es diferentes (Ap 13:4, 8, 12, 15; 14:9, 11), o texto desses cap\u00edtulos fala sobre a\u00a0adora\u00e7\u00e3o ao drag\u00e3o<\/strong>, sobre a adora\u00e7\u00e3o da besta do mar e sobre a adora\u00e7\u00e3o da imagem da besta. A quest\u00e3o na crise final da hist\u00f3ria deste planeta \u00e9 claramente uma quest\u00e3o relativa \u00e0\u00a0adora\u00e7\u00e3o<\/strong>.<\/p>\n

Em contraste com esse apelo que \u00e9 proferido sete vezes para que adoremos a in\u00edqua tr\u00edade ou a imagem da besta, h\u00e1 um \u00fanico apelo, nesses cap\u00edtulos, para que adoremos a Deus (Ap 14:7<\/strong>). O chamado para adorar \u201cAquele que fez o c\u00e9u, e a terra, e o mar, e as fontes das \u00e1guas\u201d torna-se, portanto, a afirma\u00e7\u00e3o central de toda essa se\u00e7\u00e3o do Apocalipse e, talvez, o apelo central de todo o livro. Tudo o que est\u00e1 escrito nos cap\u00edtulos 12-14 focaliza esse chamado para a adora\u00e7\u00e3o. A adora\u00e7\u00e3o \u00e9, de forma patente, a quest\u00e3o central envolvida na derradeira crise da hist\u00f3ria deste planeta.<\/p>\n

Um aspecto interessante \u00e9 que a linguagem dessa afirma\u00e7\u00e3o central se baseia nas express\u00f5es encontradas no quarto mandamento, em\u00a0\u00caxodo 20:11<\/strong>. Ali \u00e9 declarado que \u201cem seis dias fez o Senhor os c\u00e9us e a terra, o mar e tudo o que neles h\u00e1.\u201d Esses dizeres se encontram refletidos em Apocalipse 14:7 \u2013 \u201cAdorai Aquele que fez o c\u00e9u, e a terra, e o mar, e as fontes das \u00e1guas.\u201d O ponto central e nevr\u00e1lgico da descri\u00e7\u00e3o apocal\u00edptica da crise final \u00e9 uma alus\u00e3o direta a \u00caxodo 20. A aten\u00e7\u00e3o ao mandamento do s\u00e1bado \u00e9, portanto, a resposta ideal ao chamado final de Deus para a adora\u00e7\u00e3o e, da mesma forma, a resposta ideal aos sete apelos que a besta faz para a adora\u00e7\u00e3o da trindade in\u00edqua.<\/p>\n

Paralelos de Apocalipse 14:7 com o Antigo Testamento<\/strong><\/p>\n

Paralelos verbais\u00a0\u2013<\/strong>\u00a0<\/i>Neste ponto, leitores atentos podem suscitar uma obje\u00e7\u00e3o: Como podemos saber que o autor do Apocalipse conscientemente pretendia que o leitor compreendesse uma alus\u00e3o ao quarto mandamento exatamente aqui (Ap 14:7) em sua narrativa? O Salmo 146:6 n\u00e3o cont\u00e9m exatamente a mesma linguagem de \u00caxodo 20? Como podemos saber que Jo\u00e3o estava citando \u00caxodo 20 e n\u00e3o o Salmo 146? Ele n\u00e3o poderia estar aludindo ao referido salmo, em cujo caso n\u00e3o haveria refer\u00eancia alguma ao quarto mandamento?<\/p>\n

Essa \u00e9 uma argumenta\u00e7\u00e3o v\u00e1lida. O Salmo 146:5-6 afirma: \u201cBem-aventurado aquele que tem o Deus de Jac\u00f3 por seu aux\u00edlio, e cuja esperan\u00e7a est\u00e1 no Senhor, seu Deus, que fez os c\u00e9us e a terra, o mar e tudo quanto neles h\u00e1, e que guarda a verdade para sempre\u201d. Isso se aproxima muito de \u201cadorai Aquele que fez o c\u00e9u, e a terra, e o mar, e as fontes das \u00e1guas\u201d (Ap 14:7). Com efeito, na Septuaginta (uma tradu\u00e7\u00e3o grega do Antigo Testamento dispon\u00edvel no per\u00edodo neotestament\u00e1rio), as palavras do Salmo 146:6 (Sl 145:6, na Septuaginta) s\u00e3o praticamente as mesmas encontradas em Apocalipse 14:7. Portanto, h\u00e1 fortes paralelos verbais em Apocalipse 14 tanto em rela\u00e7\u00e3o a \u00caxodo 20 quanto ao Salmo 146, com uma pequena vantagem talvez para o Salmo 146.<\/p>\n

Paralelos tem\u00e1ticos \u00a0\u2013<\/strong><\/i>\u00a0Contudo, os paralelos verbais s\u00e3o apenas um tipo de evid\u00eancia em favor de uma alus\u00e3o consciente ao Antigo Testamento em Apocalipse. Os paralelos tem\u00e1ticos e estruturais s\u00e3o tamb\u00e9m importantes. H\u00e1 paralelos tem\u00e1ticos entre Apocalipse 14:7 e \u00caxodo 20? Sim. Os primeiros quatro dos dez mandamentos (\u00cax 20:3-11) cont\u00eam tr\u00eas motiva\u00e7\u00f5es para a obedi\u00eancia. Primeiramente, h\u00e1 a motiva\u00e7\u00e3o da salva\u00e7\u00e3o<\/strong>. O pre\u00e2mbulo do dec\u00e1logo (\u00cax 20:2-3) diz: \u201cEu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servid\u00e3o. N\u00e3o ter\u00e1s outros deuses diante de Mim\u201d. Nossa obedi\u00eancia deve ser uma resposta ao que Deus j\u00e1 fez por n\u00f3s. Em segundo lugar, h\u00e1 a motiva\u00e7\u00e3o do ju\u00edzo<\/strong>. O segundo mandamento fala acerca de visitar \u201ca iniquidade dos pais nos filhos at\u00e9 a terceira e quarta gera\u00e7\u00e3o\u201d (\u00caxodo 20:5). Isto \u00e9, h\u00e1 consequ\u00eancias para a desobedi\u00eancia. Finalmente, em terceiro lugar, h\u00e1 a motiva\u00e7\u00e3o da cria\u00e7\u00e3o<\/strong>. \u201cPorque em seis dias fez o Senhor o c\u00e9u e a terra, o mar e tudo o que neles h\u00e1, e ao s\u00e9timo dia descansou\u201d (\u00cax 20:11). Deus criou o homem e sabe o que \u00e9 melhor para ele. Portanto, h\u00e1 tr\u00eas motiva\u00e7\u00f5es para a obedi\u00eancia na primeira parte da lei: salva\u00e7\u00e3o, ju\u00edzo e cria\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

As mesmas tr\u00eas motiva\u00e7\u00f5es ocorrem no contexto de Apocalipse 14:7. Apocalipse 14:6 fala de um anjo que proclama \u201co evangelho eterno\u201d. Aqui vemos o tema da salva\u00e7\u00e3o<\/strong>. Em Apocalipse 14:7 encontramos tamb\u00e9m o tema do ju\u00edzo<\/strong>: \u201cTemei a Deus, e dai-Lhe gl\u00f3ria; porque \u00e9 chegada a hora do Seu ju\u00edzo.\u201d E, anteriormente, j\u00e1 hav\u00edamos visto o tema da cria\u00e7\u00e3o<\/strong> em Apocalipse 14:7: \u201cadorai aquele que fez o c\u00e9u, e a terra, e o mar, e as fontes das \u00e1guas.\u201d Sendo assim, Apocalipse 14:6-7 tem as mesmas tr\u00eas motiva\u00e7\u00f5es que induzem a uma mesma rea\u00e7\u00e3o as quais encontramos na primeira t\u00e1bua da lei (isto \u00e9, nos quatro mandamentos que normatizam a rela\u00e7\u00e3o entre a criatura e o Criador): salva\u00e7\u00e3o, ju\u00edzo e cria\u00e7\u00e3o. E, al\u00e9m disso, esses ocorrem na mesma ordem em que aparecem em \u00caxodo 20!<\/p>\n

Algum desses temas ocorre no Salmo 146? Sim. Ali aparece o tema da salva\u00e7\u00e3o: \u201cN\u00e3o confieis em pr\u00edncipes, nem em filho de homem, em quem n\u00e3o h\u00e1 aux\u00edlio. […] Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jac\u00f3 por seu aux\u00edlio, e cuja esperan\u00e7a est\u00e1 no Senhor, seu Deus\u201d (v. 3, 5). H\u00e1 tamb\u00e9m ali o tema da cria\u00e7\u00e3o: \u201cque fez os c\u00e9us e a terra, o mar e tudo quanto neles h\u00e1\u201d (v. )6. H\u00e1 ainda o tema do ju\u00edzo: \u201cque faz justi\u00e7a aos oprimidos\u201d (v. 7). Os paralelos tem\u00e1ticos com o Salmo 146 s\u00e3o, portanto, t\u00e3o fortes quanto aqueles com \u00caxodo 20, mas n\u00e3o na mesma ordem. Sendo assim, pode-se afirmar que h\u00e1 forte evid\u00eancia em favor de ambos contextos no Antigo Testamento, mas h\u00e1 uma ligeira vantagem para \u00caxodo 20, sob a perspectiva de que os temas ocorrem na mesma ordem em Apocalipse 14 e \u00caxodo 20.<\/p>\n

Paralelos estruturais \u00a0\u2013<\/strong><\/i>\u00a0Isso nos conduz \u00e0 busca de paralelos estruturais. Examinemos, agora, a evid\u00eancia estrutural de Apocalipse 12-14. Os dez mandamentos, dos quais \u00caxodo 20:11 \u00e9 uma parte, parecem ser uma estrutura principal subjacente a toda essa se\u00e7\u00e3o do Apocalipse. O remanescente \u00e9 caracterizado, entre outras coisas, como sendo aqueles que \u201cguardam os mandamentos de Deus\u201d (Ap 12:17; 14:12). Entretanto, a quest\u00e3o, aqui, n\u00e3o envolve os mandamentos de forma indiscriminada. O ponto nevr\u00e1lgico se centraliza no aspecto da adora\u00e7\u00e3o. E, especificamente, esse aspecto \u00e9 enfocado na primeira t\u00e1bua do dec\u00e1logo (isto \u00e9, nos quatro primeiros preceitos): os mandamentos que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus. Quando se compreende essa realidade, n\u00e3o \u00e9 surpreendente que, em Apocalipse 13, as bestas contrafa\u00e7am n\u00e3o apenas a Trindade, mas tamb\u00e9m cada um dos quatro primeiros mandamentos do dec\u00e1logo. O primeiro mandamento<\/strong> declara: \u201cN\u00e3o ter\u00e1s outros deuses diante de Mim\u201d (\u00cax 20:3), mas a besta que emerge do mar pretende tomar o lugar de Deus ao receber adora\u00e7\u00e3o (Ap 13:4, 8). O segundo mandamento<\/strong> adverte-nos com respeito \u00e0 adora\u00e7\u00e3o de imagens, no entanto, a besta que emerge da terra erige uma imagem a fim de ser adorada (Ap 13:14-15). O terceiro mandamento<\/strong> diz: \u201cN\u00e3o tomar\u00e1s o nome do Senhor, teu Deus, em v\u00e3o\u201d, mas a besta do mar \u201cabriu a boca em blasf\u00eamias contra Deus, para blasfemar do seu nome\u201d (Ap 13:6). O quarto mandamento<\/strong> diz: \u201cLembra-te do dia de s\u00e1bado\u201d.<\/p>\n

Na antiguidade, os tabletes que continham pactos eram lacrados com selos estampados sobre eles. Tais selos eram um sinal de propriedade e autoridade. Uma vez que o dec\u00e1logo segue a forma desses antigos tabletes de concerto, ele tamb\u00e9m tem um selo de propriedade e autoridade estampado sobre ele \u2013 o mandamento do s\u00e1bado: \u201cPorque em seis dias fez o Senhor o c\u00e9u e a terra, o mar e tudo o que neles h\u00e1, e ao s\u00e9timo dia descansou; por isso o Senhor aben\u00e7oou o dia do s\u00e1bado, e o santificou\u201d (\u00cax 20:11). A declara\u00e7\u00e3o acima \u00e9 a \u00fanica contida nos Dez Mandamentos em que \u00e9 declarado o\u00a0fundamento da autoridade de Deus<\/strong>\u00a0sobre toda a cria\u00e7\u00e3o: Ele \u00e9 o Criador. De igual forma, o conceito do selo \u00e9 importante tamb\u00e9m em Apocalipse: os 144 mil s\u00e3o selados em suas frontes (Ap 14:1; cf. 7:3-4; \u00cax 31:13 e 17). A tr\u00edade in\u00edqua oferece tamb\u00e9m uma contrafa\u00e7\u00e3o do selo, a marca da besta (Ap 13:16-17). Destarte, todos os quatro mandamentos da primeira t\u00e1bua do dec\u00e1logo sofrem ataque por parte da tr\u00edade in\u00edqua de Apocalipse 13. A primeira t\u00e1bua da lei est\u00e1 no centro do conflito entre o drag\u00e3o e o remanescente.<\/p>\n

Essa s\u00e9rie de conex\u00f5es verbais e tem\u00e1ticas entre o conte\u00fado dessa parte do Apocalipse e passagens relacionadas aos Dez Mandamentos indica que um importante paralelo estrutural d\u00e1-se em rela\u00e7\u00e3o ao dec\u00e1logo, especialmente no que tange \u00e0 por\u00e7\u00e3o que diz respeito \u00e0 rela\u00e7\u00e3o entre o adorador e a Divindade. Essa evid\u00eancia estrutural oferece um apoio incontest\u00e1vel \u00e0 probabilidade de que o significativo paralelo verbal entre Apocalipse 14:7 e \u00caxodo 20:11 tenha sido intencional. N\u00e3o h\u00e1 absolutamente nenhuma rela\u00e7\u00e3o entre Apocalipse e Sl 146 que se assemelhe a essa.<\/p>\n

A evid\u00eancia cumulativa \u00e9 t\u00e3o forte que um int\u00e9rprete bem pode afirmar que n\u00e3o h\u00e1 nenhuma alus\u00e3o direta ao Antigo Testamento (em Apocalipse) que seja mais certa do que a alus\u00e3o ao quarto mandamento em Apocalipse 14:7. Quando o autor de Apocalipse descreve o apelo final de Deus \u00e0 ra\u00e7a humana no contexto do engodo do tempo do fim, ele o faz em termos de um chamado \u00e0 adora\u00e7\u00e3o do Criador no contexto do quarto mandamento.<\/p>\n

A quest\u00e3o da relev\u00e2ncia
\n<\/strong>
\nN\u00e3o obstante, ainda que biblicamente correto, faz qualquer sentido ver o s\u00e1bado como uma esp\u00e9cie de quest\u00e3o definidora na crise final da hist\u00f3ria deste planeta? Por que Deus escolheria esse tipo de quest\u00e3o como centro focal da crise escatol\u00f3gica?<\/p>\n

No centro da quest\u00e3o est\u00e1 o fato de que o s\u00e1bado \u00e9 uma forma ideal de testar se as pessoas s\u00e3o, de fato, leais a Deus. O mandamento sab\u00e1tico \u00e9 diferente dos outros nove. Todos os demais t\u00eam uma fundamenta\u00e7\u00e3o racional motivada pelo interesse pr\u00f3prio; afinal de contas, os princ\u00edpios da segunda t\u00e1bua do dec\u00e1logo s\u00e3o mesmo a leg\u00edtima base de governo em muitos pa\u00edses. \u201cN\u00e3o matar\u00e1s\u201d \u00e9 uma lei l\u00f3gica para qualquer um que n\u00e3o queira morrer. \u201cN\u00e3o furtar\u00e1s\u201d faz perfeito sentido para qualquer um que queira proteger suas propriedades adquiridas com muito esfor\u00e7o pessoal. Mandamentos assim s\u00e3o racionais e chegam at\u00e9 a apelar a uma certa parcela de interesse pr\u00f3prio. A mesma coisa acontece com os tr\u00eas primeiros mandamentos, que dizem respeito a nosso relacionamento com Deus. Se Deus \u00e9 quem Ele alega ser, n\u00e3o faz sentido adorar a nenhum outro.<\/p>\n

A \u00fanica parte do dec\u00e1logo que n\u00e3o \u00e9 l\u00f3gica \u00e9 o mandamento de adorar no s\u00e1bado em vez de em qualquer outro dia da semana! Tal mandamento \u00e9 t\u00e3o destitu\u00eddo de l\u00f3gica que as pessoas seculares o acham at\u00e9 dif\u00edcil de considerar seriamente, pois n\u00e3o veem nenhum benef\u00edcio ou interesse pr\u00f3prio em tal princ\u00edpio. Afinal de contas, ningu\u00e9m conseguiu at\u00e9 hoje demonstrar qualquer base cient\u00edfica ou racional para se considerar um dia mais especial para Deus do que os demais. O sol brilha e a chuva cai de igual maneira tanto no s\u00e1bado quanto no domingo.<\/p>\n

Guardar o s\u00e1bado requer que confiemos em Deus mesmo quando os cinco sentidos nos informam que n\u00e3o h\u00e1 nenhuma raz\u00e3o l\u00f3gica para fazer isso. O s\u00e1bado representa, escatologicamente, aquilo que a \u00e1rvore do conhecimento do bem e do mal representava no princ\u00edpio. O fruto da \u00e1rvore era, provavelmente, tanto palat\u00e1vel quanto nutritivo. A \u00fanica raz\u00e3o para n\u00e3o com\u00ea-lo era o fato de Deus o ter proibido.<\/p>\n

Assim \u00e9 com o s\u00e1bado. A \u00fanica raz\u00e3o de preferir o s\u00e1bado ao domingo \u00e9 porque Deus assim o ordenou, n\u00e3o h\u00e1 nenhuma outra explica\u00e7\u00e3o. Aceitamos o s\u00e1bado respaldados unicamente pela Palavra de Deus, pois cremos que as Escrituras s\u00e3o um relato confi\u00e1vel da mente e da vontade de Deus.<\/p>\n

O s\u00e1bado \u00e9, portanto, um bom teste de nossa fidelidade a Deus e Sua Palavra. As Escrituras s\u00e3o um registro t\u00e3o fiel das a\u00e7\u00f5es de Deus no passado quanto das realidades futuras no tempo do fim. \u00c9 porque cremos nas Escrituras que damos cr\u00e9dito \u00e0queles eventos do tempo do fim por elas descritos.<\/p>\n

Em conclus\u00e3o, o Apocalipse pinta o fim do mundo como tempo de um grande engodo mundial, que vai transcender os cinco sentidos, mesmo entre o povo de Deus. Entretanto, aqueles que crerem, aceitarem e seguirem os reclamos da Palavra de Deus, esses n\u00e3o perder\u00e3o o rumo durante esse tempo de derradeiro engodo.<\/p>\n

Jon Paulien, Ph.D.\u00a0(Andrews University)<\/i>, \u00e9 diretor da Faculdade de Teologia da Universidade de Loma Linda (EUA). Ele \u00e9 considerado um dos maiores especialistas do mundo no livro de Apocalipse. Publicado originalmente como:\u00a0\u201cRevisiting the Sabbath in the\u00a0Book of Revelation<\/a>\u201d, <\/i>Journal of the Adventist Theological Society, v. 9, n. 1-2 (1998), p. 179-186. A tradu\u00e7\u00e3o acima est\u00e1 dispon\u00edvel em v\u00e1rios sites.<\/i><\/p>\n

Para estudo mais aprofundado sobre o assunto, veja\u00a0Anthony MacPherson,\u00a0\u201cA marca da besta como \u2018mandamento-sinal\u2019 e\u00a0\u2018antiss\u00e1bado\u2019 na\u00a0crise de adora\u00e7\u00e3o de Apocalipse 12-14\u201d, publicado originalmente em Andrews University Seminary Studies<\/i> (leia aqui<\/a> o texto original completo).\u00a0Esse artigo, bem como o de Paulien, est\u00e3o dispon\u00edveis em\u00a0Doutrina do s\u00e1bado: implica\u00e7\u00f5es,<\/i>\u00a0Parousia, v. 2 (Engenheiro Coelho, SP: Unaspress, 2012). O livro\u00a0pode ser adquirido no site<\/a> da Unaspress.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Um dos ensinos mais conhecidos\u00a0dos\u00a0adventistas do s\u00e9timo dia \u00e9 que a quest\u00e3o central no conflito final da hist\u00f3ria do mundo diz respeito ao mandamento do s\u00e1bado.\u00a0Os adventistas acreditam\u00a0que os habitantes da Terra ter\u00e3o que escolher um dia entre o culto ao Deus verdadeiro, no dia de s\u00e1bado, e o culto …<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[2,7],"tags":[17],"yoast_head":"\nO s\u00e1bado no Apocalipse - Miss\u00e3o P\u00f3s-Moderna<\/title>\n<meta name=\"robots\" content=\"index, follow, max-snippet:-1, max-image-preview:large, max-video-preview:-1\" \/>\n<link rel=\"canonical\" href=\"https:\/\/missaoposmoderna.biblecast.com.br\/2014\/07\/o-sabado-no-apocalipse\/\" \/>\n<meta property=\"og:locale\" content=\"pt_BR\" \/>\n<meta property=\"og:type\" content=\"article\" \/>\n<meta property=\"og:title\" content=\"O s\u00e1bado no Apocalipse - 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