{"id":1629,"date":"2014-05-13T10:20:57","date_gmt":"2014-05-13T13:20:57","guid":{"rendered":"http:\/\/rabis.co\/migramissaopos\/?p=1629"},"modified":"2018-02-17T23:53:07","modified_gmt":"2018-02-18T01:53:07","slug":"como-se-reuniam-os-primeiros-adventistas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/missaoposmoderna.biblecast.com.br\/2014\/05\/como-se-reuniam-os-primeiros-adventistas\/","title":{"rendered":"Como se reuniam os primeiros adventistas?"},"content":{"rendered":"
Ao contr\u00e1rio do que talvez imaginemos, a vida religiosa dos adventistas atuais seria novidade para os adventistas da \u00e9poca de Ellen White. Especialmente se estudarmos as suas principais reuni\u00f5es como igreja. Nossa f\u00f3rmula atual \u00e9: Escola Sabatina e culto de adora\u00e7\u00e3o aos s\u00e1bados de manh\u00e3 (a principal reuni\u00e3o adventista, e que tem o serm\u00e3o como parte principal); culto jovem nas tardes de s\u00e1bado; culto evangel\u00edstico domingo \u00e0 noite (que tem o serm\u00e3o como parte principal) e culto de ora\u00e7\u00e3o nas noites de quarta-feira (que tamb\u00e9m tem o serm\u00e3o como parte principal).<\/p>\n Com a prov\u00e1vel exce\u00e7\u00e3o da Escola Sabatina, todas as nossas reuni\u00f5es hoje seriam algo diferente do que praticavam os adventistas do s\u00e9culo 19. Para discutirmos o formato de nossos cultos e nossa liturgia, devemos examinar o que aconteceu em nossa hist\u00f3ria e como nossos cultos atuais foram moldados. <\/p>\n A heran\u00e7a adventista perdida<\/strong><\/p>\n Os primeiros adventistas tomaram emprestada a ideia da \u201creuni\u00e3o de classe\u201d metodista para realizar o que chamavam de \u201creuni\u00f5es sociais\u201d. As reuni\u00f5es sociais dos adventistas aconteciam depois do culto ou depois de uma prega\u00e7\u00e3o e davam oportunidade para que as pessoas compartilhassem suas experi\u00eancias e pensamentos.<\/p>\n Hoje pensamos em ter um apelo no fim do serm\u00e3o. Naquele tempo, o apelo era a reuni\u00e3o social, em que todos que desejassem tinham a oportunidade de compartilhar e responder conforme o Esp\u00edrito Santo impressionava o cora\u00e7\u00e3o. As pessoas se sentiam abertas o suficiente para compartilhar seus problemas e erros sem serem condenadas.<\/p>\n As reuni\u00f5es sociais eram a estrutura b\u00e1sica de funcionamento da comunidade adventista, e n\u00e3o havia muito lugar para meros espectadores nessas reuni\u00f5es.<\/p>\n Algumas cartas enviadas \u00e0 Review and Herald<\/em> descrevem a vida dos adventistas aos s\u00e1bados: \u201cCada s\u00e1bado nos reunimos para orar e para a reuni\u00e3o social\u201d (J. Hoffer,\u00a0Review and Herald<\/i>, 2 de julho de 1861). \u201cNo in\u00edcio de cada s\u00e1bado nos encontramos para a ora\u00e7\u00e3o e a exorta\u00e7\u00e3o, das quais recebemos uma b\u00ean\u00e7\u00e3o. A manh\u00e3 de s\u00e1bado \u00e9 ocupada com uma reuni\u00e3o social, Escola Sabatina e classe b\u00edblica\u201d (Irm\u00e3o Holiday,\u00a0Review and Herald<\/i>, 2 de julho de 1861).<\/p>\n Os pioneiros e a reuni\u00e3o social<\/strong><\/p>\n Quando lemos o peri\u00f3dico oficial da igreja,\u00a0Advent Review and Sabbath Herald<\/i>, fica claro que as reuni\u00f5es sociais eram consideradas parte regular da vida da igreja. De fato, os adventistas em geral consideravam essas reuni\u00f5es mais importantes do que os cultos de prega\u00e7\u00e3o. A prega\u00e7\u00e3o podia ser (e era) frequentemente omitida, mas a reuni\u00e3o social nunca era deixada de lado. Uriah Smith descreveu a reuni\u00e3o social do adventismo primitivo assim: \u201cUma reuni\u00e3o caracterizada por testemunhos vivos que animavam a alma, olhos radiantes, vozes de louvor, exorta\u00e7\u00f5es s\u00e9rias e comovedoras e frequentemente l\u00e1grimas; cenas nas quais a f\u00e9 e o amor se acendiam novamente\u201d (Review and Herald<\/i>, 23 de maio de 1865).<\/p>\n Nesta cita\u00e7\u00e3o de Tiago White, podemos captar o esp\u00edrito dessas reuni\u00f5es adventistas: \u201cAs reuni\u00f5es sociais eram marcadas por grande solenidade. Pecados eram confessados com l\u00e1grimas, e havia uma abertura generalizada diante de Deus, poderosas s\u00faplicas pedindo perd\u00e3o e uma disposi\u00e7\u00e3o para encontrar-se com o Senhor em Sua vinda. E os humildes disc\u00edpulos do Senhor n\u00e3o buscavam Sua face em v\u00e3o. Antes do fim da reuni\u00e3o, muitos testemunhavam com l\u00e1grimas de alegria que haviam buscado ao Senhor e O encontraram, e experimentaram a do\u00e7ura dos pecados perdoados\u201d (Tiago White, Life Incidents<\/i> [Battle Creek, MI: Steam Press of Seventh-day Adventist Publishing Association, 1868], p. 167).<\/p>\n As reuni\u00f5es sociais variavam, mas os elementos comuns eram a ora\u00e7\u00e3o, o testemunho, as palavras de \u00e2nimo e os c\u00e2nticos. Os testemunhos eram curtos e objetivos. No entanto, por vezes alguns recorriam \u00e0 \u201cprega\u00e7\u00e3o\u201d como parte de seu testemunho (come\u00e7avam testemunhando e de repente estavam pregando). Isso frequentemente provocava admoesta\u00e7\u00f5es para que os testemunhos se mantivessem curtos e ao ponto.<\/p>\n Eles n\u00e3o estudavam a B\u00edblia?<\/strong><\/p>\n Em todas as descri\u00e7\u00f5es das reuni\u00f5es sociais adventistas falta um elemento: a men\u00e7\u00e3o de estudo da B\u00edblia. Com a grande \u00eanfase dos adventistas no estudo da B\u00edblia, essa omiss\u00e3o parece assombrosa. Mas era planejada: eles estudavam a B\u00edblia em outras ocasi\u00f5es, especialmente na Escola Sabatina. A reuni\u00e3o social n\u00e3o era o momento de estudo da B\u00edblia; era totalmente relacional. E esse modelo de reuni\u00e3o era utilizado tanto nos pequenos como nos grandes grupos.<\/p>\n Os adventistas n\u00e3o negligenciavam o estudo da B\u00edblia em grupo, mas o acompanhavam das reuni\u00f5es sociais onde podiam compartilhar sua vida em Cristo. Essa abordagem fez com que os adventistas ficassem fortes tanto em sua compreens\u00e3o da B\u00edblia como em seu relacionamento de uns para com os outros. Nosso m\u00e9todo moderno, por\u00e9m, criou pessoas que n\u00e3o s\u00e3o fortes nem no estudo da B\u00edblia nem nos relacionamentos.<\/p>\n Era a reuni\u00e3o mais importante<\/strong><\/p>\n Durantes v\u00e1rias d\u00e9cadas, mesmo ap\u00f3s a organiza\u00e7\u00e3o da Igreja Adventista, as igrejas n\u00e3o tinham pastores regulares. Todas as igrejas eram ensinadas a cuidarem de si mesmas, enquanto os pastores fundavam igrejas, evangelizavam e formavam novos grupos de crentes. S\u00f3 ocasionalmente havia uma pastor presente e um serm\u00e3o. A maioria dos serm\u00f5es para os membros ocorria na reuni\u00e3o campal anual, e ainda assim continha um tom evangel\u00edstico.<\/p>\n Como, ent\u00e3o, os primeiros adventistas se mantinham na f\u00e9 sem a presen\u00e7a constante de um pastor fixo entre eles? Eles haviam aprendido a estudar a B\u00edblia por si mesmos e liam o peri\u00f3dico\u00a0oficial da igreja, Review and Herald<\/i> \u2013 individual e coletivamente. E quando se reuniam, sempre tinham uma reuni\u00e3o social. Os adventistas geralmente tinham a Escola Sabatina, que era seguida por uma reuni\u00e3o social, e raramente pela prega\u00e7\u00e3o. Era principalmente por meio da reuni\u00e3o social que os primeiros adventistas sustentavam sua vida espiritual. Assim, criaram uma comunidade.<\/p>\n N\u00e3o dependiam de pregadores<\/strong><\/p>\n Evidentemente, esse era o plano de organiza\u00e7\u00e3o durante todo o s\u00e9culo 19 e at\u00e9 o in\u00edcio do s\u00e9culo 20. As reuni\u00f5es sociais n\u00e3o aconteciam apenas na aus\u00eancia de um pregador. Mesmo d\u00e9cadas ap\u00f3s a organiza\u00e7\u00e3o da igreja e o estabelecimento definitivo do minist\u00e9rio pastoral adventista, as reuni\u00f5es sociais continuaram sendo o principal momento da comunidade adventista. Os adventistas lamentavam o fato de que a igreja de Battle Creek \u2013 a maior igreja adventista \u2013 estivesse perdendo muitas b\u00ean\u00e7\u00e3os porque confiava nos serm\u00f5es dos pregadores e n\u00e3o nas reuni\u00f5es sociais para manter sua vida espiritual.<\/p>\n Em 1862, um pregador escreveu: \u201cA igreja de Battle Creek precisa menos desses pregadores do que qualquer igreja do estado pelo fato de ter mais membros ativos que todas as outras, muitos deles com vasta experi\u00eancia. \u00c0s vezes pregamos para eles, mas imediatamente depois conclu\u00edmos que teria sido melhor uma reuni\u00e3o social. E quando passamos um s\u00e1bado em uma outra igreja, ao voltarmos somos informados de que os irm\u00e3os desfrutaram de uma excelente reuni\u00e3o, a melhor de v\u00e1rios s\u00e1bados. Assim, qual a utilidade de n\u00f3s pregadores nos colocarmos no meio do caminho desses membros experimentes e ativos?\u201d (Review and Herald<\/i>, 22 de julho de 1862).<\/p>\n Voc\u00ea consegue imaginar os membros da igreja dizendo que passaram melhor sem um pregador do que com um? Os pr\u00f3prios pregadores sentiam que estavam atrapalhando quando ocupavam o p\u00falpito no s\u00e1bado de manh\u00e3. As manh\u00e3s de s\u00e1bado nas igrejas adventistas n\u00e3o era tanto um momento para pregar a espectadores, mas para se relacionar, dar testemunhos e louvar. A reuni\u00e3o social, com seus testemunhos, ora\u00e7\u00f5es, c\u00e2nticos e palavras de encorajamento m\u00fatuo, era muito mais capaz de sustentar a f\u00e9 do que a prega\u00e7\u00e3o dos melhores pregadores da denomina\u00e7\u00e3o em Battle Creek.<\/p>\n As reuni\u00f5es sociais n\u00e3o eram somente realizadas nas igrejas locais. Essa pr\u00e1tica era tamb\u00e9m parte vital de outros encontros adventistas, at\u00e9 mesmo das assembleias da Associa\u00e7\u00e3o Geral. Um exame da agenda dessas assembleias, ainda no in\u00edcio do s\u00e9culo 20, revela que as reuni\u00f5es sociais eram inclu\u00eddas como parte da agenda regular devocional e administrativa. Para facilitar mais testemunhos nesses grandes encontros, eles dividiam a congrega\u00e7\u00e3o em v\u00e1rios grupos, geralmente por origem \u00e9tnica.<\/p>\n Ellen White e a reuni\u00e3o social<\/strong><\/p>\n Provavelmente ningu\u00e9m tenha escrito mais sobre as antigas\u00a0 reuni\u00f5es sociais adventistas do que Ellen White. Ela n\u00e3o s\u00f3 participou de muitas, mas tamb\u00e9m deu v\u00e1rios conselhos sobre como efetivamente conduzir tais reuni\u00f5es. As quase 300 refer\u00eancias \u00e0s reuni\u00f5es sociais em seus escritos nos d\u00e3o uma imagem bem exata da vida na Igreja Adventista primitiva com rela\u00e7\u00e3o a essas reuni\u00f5es.<\/p>\n Ellen White ligou a lideran\u00e7a das reuni\u00f5es sociais com o treinamento do povo de Deus para trabalhar para Ele. Ela escreveu: \u201cApesar de a reuni\u00e3o social ser algo novo [para os adventistas europeus], est\u00e3o aprendendo na escola de Cristo e vencendo o medo e o temor. Sempre lhes lembramos que a reuni\u00e3o social ser\u00e1 a melhor reuni\u00e3o, onde ser\u00e3o treinados e educados para serem testemunhas de Cristo\u201d (Manuscrito 32, 1894). Na mente de Ellen White, a atividade mission\u00e1ria surgia do compartilhamento relacional que ocorria nas reuni\u00f5es sociais. \u00c9 por interm\u00e9dio da reuni\u00e3o social que os membros adquiriam a experi\u00eancia necess\u00e1ria para se sentirem livres para testemunhar de sua f\u00e9 no mundo. Talvez seja esse o motivo por que t\u00e3o poucos crist\u00e3os compartilham sua f\u00e9 hoje. A perda da reuni\u00e3o social n\u00e3o s\u00f3 afetou a vida relacional da igreja, mas afetou muito o seu potencial de testemunhar na comunidade maior.<\/p>\n Ellen White considerava a reuni\u00e3o social como sendo vital para a vida espiritual da igreja. Ela n\u00e3o podia imaginar a igreja sem tais reuni\u00f5es. O progresso das igrejas nas quais ela participou pessoalmente sempre inclu\u00eda a realiza\u00e7\u00e3o da reuni\u00e3o social. Essas reuni\u00f5es sociais eram t\u00e3o vitais para Ellen White que ela frequentemente dizia que, se fosse para escolher entre culto com uma prega\u00e7\u00e3o e a reuni\u00e3o social, que se ficasse com a segunda. Poderia existir uma reuni\u00e3o social sem um serm\u00e3o, mas n\u00e3o um serm\u00e3o sem uma reuni\u00e3o social. \u201cSe menos palavras de sabedoria humana e mais das palavras de Cristo fossem faladas, se houvesse menos serm\u00f5es e mais reuni\u00f5es sociais, encontrar\u00edamos uma atmosfera diferente a penetrar nossas igrejas e reuni\u00f5es campais. Sess\u00f5es de ora\u00e7\u00e3o seriam realizadas para o derramamento do Esp\u00edrito Santo\u201d (Manuscript Releases<\/i>, v. 2, p. 21).<\/p>\n Ellen White aconselhou que as reuni\u00f5es sociais fossem muito interessantes. \u201cAs reuni\u00f5es sociais e de ora\u00e7\u00e3o devem ser as mais interessantes de todas que s\u00e3o realizadas. Planos devem ser feitos e sabedoria buscada de Deus para dirigir essas reuni\u00f5es a fim de que sejam interessantes e atrativas. As pessoas t\u00eam fome do p\u00e3o da vida. Se elas o encontrarem na reuni\u00e3o de ora\u00e7\u00e3o, ir\u00e3o at\u00e9 l\u00e1 para receb\u00ea-lo. Falas e ora\u00e7\u00f5es longas e tediosas n\u00e3o devem ocorrer em nenhum lugar, especialmente nas reuni\u00f5es sociais. Elas cansam os anjos e as pessoas que as escutam. Nossas ora\u00e7\u00f5es devem ser curtas e objetivas. Deixe o Esp\u00edrito de Deus invadir o cora\u00e7\u00e3o dos adoradores, e varrer\u00e1 dali toda formalidade e enfado\u201d (Review and Herald<\/i>, 10 de\u00a0outubro de 1882).<\/p>\n Na realiza\u00e7\u00e3o de grandes reuni\u00f5es sociais, Ellen White aconselhou que a congrega\u00e7\u00e3o fosse dividida em grupos menores para que todos tivessem oportunidade de falar. Um l\u00edder deveria ser apontado para cada um dos grupos (Signs of the Times<\/i>, 19 de outubro de 1876). Ela tamb\u00e9m aconselhou a tornar as reuni\u00f5es sociais do maior interesse para as crian\u00e7as (Review and Herald<\/i>, 14 de abril de 1885).<\/p>\n Quando pesquisamos as express\u00f5es \u201creuni\u00e3o social\u201d (social meeting<\/i>) e \u201creuni\u00f5es sociais\u201d (social meetings<\/i>) no site<\/a> dos arquivos da Associa\u00e7\u00e3o Geral, vemos um grande n\u00famero de ocorr\u00eancias anuais at\u00e9 o in\u00edcio da d\u00e9cada de 1920, tornando-se cada vez mais raras at\u00e9 desaparecerem por completo na d\u00e9cada de 1950. Lembramos que Ellen White faleceu em 1915.<\/p>\n Conclus\u00e3o<\/strong><\/p>\n Os adventistas tinham reuni\u00f5es sociais em v\u00e1rios momentos e formatos: depois de uma prega\u00e7\u00e3o para um grupo maior ao s\u00e1bados, depois da Escola Sabatina, depois de uma classe b\u00edblica ou em pequenos encontros nos lares. Essas eram as principais reuni\u00f5es adventistas.<\/p>\n Esse era o momento em que as pessoas se sentiam seguras para compartilhar seus problemas e buscar a ajuda dos outros, sabendo que n\u00e3o seriam condenadas, mas auxiliadas. A abertura t\u00e3o evidente nessas reuni\u00f5es sociais enquanto os crentes abertamente compartilhavam parece estranha aos ouvidos adventistas de hoje, quando a maioria de n\u00f3s se esconde atr\u00e1s de m\u00e1scaras. Certamente havia coisas escondidas entre esses adventistas primitivos, mas com certeza havia mais franqueza do que na igreja hoje.<\/p>\n As reuni\u00f5es sociais foram sancionadas fortemente por Ellen White (que escreveu extensamente sobre elas), mas entraram em decl\u00ednio logo ap\u00f3s sua morte em 1915. Gradualmente, pastores foram apontados sobre as congrega\u00e7\u00f5es e as reuni\u00f5es sociais foram substitu\u00eddas pela reuni\u00f5es de ora\u00e7\u00e3o, \u00e0 medida que o adventismo imitava e absorvia os modelos protestantes e evang\u00e9licos.<\/p>\n A reuni\u00e3o de ora\u00e7\u00e3o, por sua vez, aos poucos foi se transformando em mais uma reuni\u00e3o de prega\u00e7\u00e3o ou de estudo b\u00edblico, onde a igreja assume uma postura passiva de espectadores, de modo que perdemos a oportunidade exclusiva de testemunhar, orar e animar uns aos outros em comunidade. Hoje, h\u00e1 uma tentativa de se resgatar essa heran\u00e7a relacional adventista com o programa de pequenos grupos, enquanto a estrutura de cultos passivos herdados do modelo de Constantino permanece inalterada.<\/p>\n \u00c9 hora de restaurar as reuni\u00f5es relacionais como parte vital da experi\u00eancia semanal adventista. \u00c9 chegada a hora de incluirmos pequenos grupos relacionais semanais em nosso calend\u00e1rio adventista. Mais do que isso, que se tornem um elemento dominante e vital do culto adventista novamente. Somente assim poderemos ser fi\u00e9is \u00e0s Escrituras, a Ellen White e \u00e0 nossa heran\u00e7a adventista.<\/p>\n Russell Burrill, doutor em Minist\u00e9rio (Fuller Theological Seminary), foi diretor do Instituto de Evangelismo da Divis\u00e3o Norte-Americana e professor no Semin\u00e1rio Teol\u00f3gico da Andrews University (EUA). <\/i><\/p>\n Adaptado de Como reavivar a igreja do s\u00e9culo 21<\/a>: o poder transformador dos pequenos grupos<\/em>\u00a0(Tatu\u00ed, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), p. 117-146. A ideia b\u00e1sica, o t\u00edtulo e os intert\u00edtulos foram retirados deste artigo<\/a>.<\/p>\n \u00a0<\/strong><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":" Ao contr\u00e1rio do que talvez imaginemos, a vida religiosa dos adventistas atuais seria novidade para os adventistas da \u00e9poca de Ellen White. Especialmente se estudarmos as suas principais reuni\u00f5es como igreja. Nossa f\u00f3rmula atual \u00e9: Escola Sabatina e culto de adora\u00e7\u00e3o aos s\u00e1bados de manh\u00e3 (a principal reuni\u00e3o adventista, e …<\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":0,"comment_status":"closed","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":[],"categories":[4],"tags":[28],"yoast_head":"\n<\/a><\/p>\n