George Knight Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/tag/george-knight/ cristianismo no mundo contemporâneo Sun, 18 Feb 2018 01:53:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.1 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/wp-content/uploads/2018/02/missaopm-alpha-ico-150x150.png George Knight Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/tag/george-knight/ 32 32 Como ler Ellen White no século 21 – parte 2 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/como-ler-ellen-white-no-seculo-21-parte-2/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/como-ler-ellen-white-no-seculo-21-parte-2/#comments Fri, 18 Jul 2014 20:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/02/como-ler-ellen-white-no-seculo-21-parte-2/ 6. Leia o contexto literário Com muita frequência, as pessoas baseiam sua compreensão dos ensinos de Ellen White no fragmento de um parágrafo ou numa afirmação isolada, totalmente fora do contexto. Falando sobre o mau uso que alguns fazem dos seus escritos, ela escreveu que “citam metade de uma frase, e …

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6. Leia o contexto literário Com muita frequência, as pessoas baseiam sua compreensão dos ensinos de Ellen White no fragmento de um parágrafo ou numa afirmação isolada, totalmente fora do contexto. Falando sobre o mau uso que alguns fazem dos seus escritos, ela escreveu que “citam metade de uma frase, e omitem a outra metade, a qual, se fosse citada, mostraria que o raciocínio de quem assim procede é falso” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 82).

7. Reconheça a diferença entre o ideal e o real Frequentemente, Ellen White dava conselhos sobre o mesmo assunto sob dois pontos de vista. O primeiro pode ser considerado como o ideal. Nesse ponto de vista, as declarações não permitem exceções. Um exemplo é o conselho sobre o ideal de que os pais deveriam ser os “únicos professores de seus filhos até alcançarem a idade de oito a dez anos” (Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 137). Por outro lado, quando ela trata com situações do cotidiano, frequentemente seu conselho é ajustar as necessidades reais do povo com suas reais limitações. Embora tenha moderado seu conselho para que os pais sejam os “únicos” professores, ela acrescentou que esse ideal deveria ser mantido “se” tanto o pai como a mãe desejassem fazer esse trabalho. Se não, as crianças deveriam ser enviadas à escola (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 215-217). Ellen White nunca perdeu seu senso de ideal, mas estava pronta a adaptar seus conselhos para se adequar à realidade do mundo. Um dos aborrecimentos de sua vida foi com aqueles que selecionavam suas afirmações sobre o ideal e queriam impô-las a todos. Ela disse:

Vemos os que escolhem as expressões mais fortes dos testemunhos e sem fazer uma exposição ou um relato das circunstâncias em que são dados os avisos e advertências, querem impô-los em todos os casos. […] Escolhendo algumas coisas nos testemunhos, impõem-nas a todos, e, em vez de ganhar almas, repelem-nas (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 285).

8. Use o bom senso As citações de Ellen White não resolvem todos os problemas. Às vezes, elas simplesmente não se encaixam na situação. Certa vez surgiram problemas porque algumas pessoas estavam mencionando suas declarações de que os pais deveriam ser os únicos professores de seus filhos até os 8 ou 10 anos de idade. Ellen White respondeu dizendo que “Deus deseja que lidemos sensatamente com esses problemas” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 215). E continuou:

Minha mente tem sido muito agitada quanto à ideia: “Ora, a irmã White disse assim e assim, e a irmã White falou isto ou aquilo; e, portanto, procederemos exatamente de acordo com isso.” Deus quer que todos nós tenhamos bom senso, e deseja que raciocinemos movidos pelo senso comum. As circunstâncias alteram as condições. As circunstâncias modificam a relação das coisas (p. 217).

Seu conselho foi que os leitores precisam usar bom senso, mesmo quando tem uma citação sobre o tema.

9. Identifique os princípios subjacentes Na virada do século 19 para o 20, Ellen White escreveu que seria bom que “as moças pudessem aprender a arriar e cavalgar” (Educação, p. 216, 217). Aquela era uma prática em seus dias, mas hoje não é mais. Os princípios implícitos nesse conselho, entretanto, ainda são muito importantes. Ou seja, as mulheres devem ser autossuficientes ao locomover-se. Em nossos dias, poderíamos dizer que devem ser capazes de dirigir um carro e trocar um pneu. A especificação exata do conselho pode mudar, mas o princípio implícito tem valor permanente.

10. Tenha certeza de que a declaração foi dita por Ellen White Muitas declarações atribuídas a Ellen White nunca foram feitas por ela. O único método seguro é usar declarações que podem ser encontradas em seus trabalhos publicados ou não publicados, mas validados pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White. Muitos têm sido desviados por declarações que ela nunca fez, mas que são atribuídas a ela. Os escritos de Ellen White têm sido uma bênção a leitores em todo o mundo. E serão muito mais eficazes se forem lidos tendo em conta as orientações acima.

(George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, EUA, por trinta anos. Adaptado de Adventist World.)

Saiba mais:

Como ler Ellen White no século 21 – parte 1

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Como devemos encarar uma escritora que aconselha as mulheres a encurtar os vestidos em vinte centímetros, num mundo em que muitas já os usam curtos demais? Ou que recomenda que as escolas ensinem as meninas a arriar e montar cavalos, quando a maioria delas nunca precisará desse conhecimento?

Parte do problema é que o mundo mudou radicalmente desde o tempo em que Ellen White viveu. Esse, porém, não é o único aspecto que os leitores do século 21 precisam levar em consideração quando leem e procuram aplicar os conselhos de um profeta que viveu em tempo e lugar diferentes. Abaixo estão dez orientações que ajudarão nossa leitura dos escritos de Ellen White a se tornar mais proveitosa e equilibrada.

1. Concentre-se no tema central

É possível pode ler os escritos de Ellen White de pelo menos duas maneiras. Uma é buscando o tema central; a outra é procurando coisas que são novas e diferentes, que não são ensinadas na igreja. O primeiro modo nos leva a uma compreensão mais precisa, enquanto o segundo leva a distorções no sentido proposto pelo autor e geralmente leva a extremos, o que Ellen White detestava.

Ela mesma defendia o estudo da Bíblia com o objetivo de “ganhar conhecimento do tema central da Bíblia”. Para ela, esse tema era o plano da redenção e o grande conflito entre o bem e o mal. “Encarado à luz deste conceito”, o grande tema central da Bíblia, “cada tópico tem nova significação” (Educação, p. 190, 125).

Em resumo, o conselho dela era ler para se compreender o todo. O quadro geral mostra o contexto para interpretar outros assuntos, tanto em termos de significado como de importância. Esse princípio, além dos escritos de Ellen White, aplica-se igualmente à Bíblia.

2. Enfatize o mais importante

No início do século 20, quando alguns líderes da igreja usavam os escritos de Ellen White para provar certos pontos proféticos que ela cria serem de menor importância, ela escreveu:

O inimigo de nossa obra se agrada quando um assunto de menor importância pode ser usado para desviar a mente de nossos irmãos das grandes questões que devem constituir a preocupação de nossa mensagem (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 164, 165).

3. Estude tudo sobre o assunto

O neto e biógrafo de Ellen White, Arthur White, destacou esse assunto quando escreveu:

Muitos têm errado ao interpretar o significado dos testemunhos tomando declarações isoladas ou fora do contexto como base para crença. Alguns fazem isso, mesmo que existam outras citações que, se consideradas com cuidado, mostram que é insustentável tomar posições baseadas em declarações isoladas (Ellen G. White: Messenger to the Remnant [Review and Herald, 1969], p. 88).

4. Evite interpretações extremistas

Por não seguirem as orientações de Ellen White, alguns recriam essas orientações de uma forma extremista, como eles próprios. Durante toda a sua vida, Ellen White enfatizou o equilíbrio, que, infelizmente, falta em alguns que afirmam seguir suas orientações. Por exemplo: alguns utilizam uma declaração em que Ellen White mostra desagrado com o jogo de bola para condenar todos os tipos de jogos, ao passo que ela mesma escreveu: “Não condeno o simples exercício de brincar com uma bola; mas isso, mesmo em sua simplicidade, pode ser levado ao excesso” (O Lar Adventista, p. 499). Como nas demais situações, Ellen White foi equilibrada, e não extremista.

5. Leve em conta tempo e lugar

Por causa das mudanças no tempo e no espaço, é importante compreender o contexto histórico de muitos dos conselhos de Ellen White. Só podemos considerar seu conselho de encurtar o vestido em vinte centímetros como algo apropriado para as mulheres do século 19. Nunca poderíamos usar essa citação como se ela tivesse escrito para o tempo da minissaia.

“Quanto aos testemunhos”, Ellen White escreveu, “coisa alguma é ignorada; coisa alguma é rejeitada; o tempo e o lugar, porém, têm que ser considerados” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 57). Muitas vezes ela deu esse conselho ao longo de seu ministério.

Como ler Ellen White no século 21 – parte 2

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Pior do que sem religião https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/06/pior-do-que-sem-religiao/ Wed, 05 Jun 2013 13:57:40 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=771 “Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo” (Mateus 23:13). Aquela jovem buscava a Deus com toda sinceridade. E encontrara a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como estava …

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“Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês fecham o Reino dos céus diante dos homens! Vocês mesmos não entram, nem deixam entrar aqueles que gostariam de fazê-lo” (Mateus 23:13).

Aquela jovem buscava a Deus com toda sinceridade. E encontrara a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Como estava feliz! Quão sincera era ela! Como era transparente!

Ela descobriu que algumas coisas no adventismo eram diferentes daquilo que conhecera antes, mas tinha um desejo ardente de se enquadrar ali, de agradar os membros efetivos e fazer a vontade de Deus.

Ela já havia frequentado a igreja por um mês, quando foi anunciado um almoço em conjunto na semana seguinte. Ela ficou entusiasmada.

Tendo aprendido de alguma forma que os almoços adventistas eram vegetarianos, ela fez o melhor que pôde da cozinha vegetariana. Estava empolgada por fazer parte do povo de Deus.

Mas a refeição foi um desastre. Certa matrona da igreja notou que o prato daquela jovem não era suficientemente bom. Ele continha queijo, e aquela “santa mulher” já vencera aquele tipo de alimento. Ela deixou transparecer o que sentia sobre o assunto.

E o resultado? Nossa jovem amiga ficou oprimida. Perplexa, ela se dirigiu a outro lugar em busca de alimento espiritual.

Algumas variações dessa história são contadas vez após outra. Experiências de diáconos grosseiros, de observações feitas a respeito de joias ou vestidos, e acerca do tratamento de jovens que são um pouco diferentes, são abundantes no adventismo.

Como resultado, multidões têm ido para outro lugar. E depois de ler o Novo Testamento, acredito que Jesus teria ido com elas.

Ellen White acerta em cheio quando escreve que “uma religião legalista é insuficiente para pôr alguém em harmonia com Deus. A dura, rígida ortodoxia dos fariseus, destituída de contrição, ternura ou amor, era apenas uma pedra de tropeço para os pecadores” (O maior discurso de Cristo, p. 53).

A religião do Novo Testamento conduz homens e mulheres a Deus porque reflete o caráter de Jesus. Ele aceitava as pessoas muito melhor do que muitos de nós. A própria aceitação, logicamente, ofendia os escribas e fariseus, assim como ofenderia alguns adventistas.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 115.

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Verdadeira perfeição de caráter https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/06/verdadeira-perfeicao-de-carater/ Tue, 04 Jun 2013 15:26:08 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=761 Ninguém que compreenda o que é um caráter perfeito deixará de manifestar a simpatia e a ternura de Cristo. […] Que suavidade e encanto resplandeciam na vida diária de nosso Salvador! Que doçura fluía de Sua presença! A mesma atitude se revelará em Seus filhos. […] Uma religião que leva …

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Ninguém que compreenda o que é um caráter perfeito deixará de manifestar a simpatia e a ternura de Cristo. […] Que suavidade e encanto resplandeciam na vida diária de nosso Salvador! Que doçura fluía de Sua presença! A mesma atitude se revelará em Seus filhos. […] Uma religião que leva as pessoas a menosprezarem os seres humanos, avaliados por Cristo em tão alto valor que Se entregou por eles; uma religião que nos leve a negligenciar as necessidades, sofrimentos ou direitos humanos, é uma falsa religião. […] Quando os cristãos viverem os princípios da regra áurea, o evangelho será proclamado com o mesmo poder que o acompanhava na época dos apóstolos. – Ellen G. White, O maior discurso de Cristo, p. 135-137.

O paradoxo da minha perfeição era que quanto mais pensava acerca de mim mesmo e da minha perfeição, mais egocêntrico me tornava. Não somente me tornava egocêntrico, mas quanto mais lutava e tentava, mais crítico me tornava para com aqueles que não haviam alcançado o meu “alto nível”. Não era apenas crítico ou intolerante, mas quanto mais “perfeito” me tornava, mais áspero eu era com quem não havia igualado minha “condição superior”. E mais negativo me tornava para com a igreja e outros que não eram tão “puros” ou “consagrados” quanto eu.

Resumindo, quanto mais eu tentava, pior ficava. Esse era o paradoxo da minha perfeição. Em meu esforço para reproduzir perfeitamente o caráter de Cristo, eu havia mais de perto imitado o caráter do diabo. […]

Em Parábolas de Jesus, lemos que “a última mensagem de graça a ser dada ao mundo é uma revelação do caráter do amor divino” (p. 415). A demonstração final ao Universo do que a graça pode fazer na vida humana será uma demonstração do poder de Deus em transformar indivíduos egoístas em pessoas que amam a Deus e à humanidade. Essa demonstração final não é uma pessoa que finalmente alcançou a vitória sobre pizza quatro queijos, refrigerantes, ou algum artigo de alimentação ou comportamento. A grande demonstração ao Universo trata com a reprodução do caráter de Cristo. […]

Santificação é meramente o processo de alguém tornar-se mais amoroso. O retrato bíblico de perfeição é tornar-se maduro em expressar o amor de Deus [Mt 5:43-48; Lc 6:27-36]. Essas pessoas estão formando um caráter semelhante ao de Cristo, porque “Deus é amor” (1Jo 4:8). – George R. Knight, “Eu costumava ser perfeito”, Parousia, 2º semestre de 2008, p. 16, 19.

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Bons, mas não o suficiente https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/06/bons-mas-nao-o-suficiente/ Mon, 03 Jun 2013 13:35:59 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=745 Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo (Mateus 23:25-26). Os fariseus …

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Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês limpam o exterior do copo e do prato, mas por dentro eles estão cheios de ganância e cobiça. Fariseu cego! Limpe primeiro o interior do copo e do prato, para que o exterior também fique limpo (Mateus 23:25-26).

Os fariseus eram boas pessoas, mas não suficientemente boas. Ninguém pode ler os Evangelhos, mesmo de maneira superficial, sem compreender que não havia coisa mais irritante para Jesus do que a religião dos escribas e fariseus.

Por quê? Por que Jesus não gritava com as prostitutas e os coletores de impostos? Por que Ele não gastava mais tempo condenando a classe de sacerdotes mundanos (os saduceus) ou o descuidado povo comum? Por que os fariseus, que de acordo com toda a aparência exterior, eram os melhores homens?

O último ponto é o problema. A religião deles tinha boa aparência no exterior. Eles eram pessoas brilhantes, que usavam a vestimenta certa, moravam no melhor tipo de vizinhança e faziam as coisas certas.

As igrejas de hoje, inclusive as chamadas adventistas, iriam disparar em busca dessas pessoas para registrá-las no livro de membros da igreja. Sem dúvida, muitos deles até se tornariam líderes leigos ou eclesiásticos. Seus talentos seriam bem utilizados.

Entretanto, eles tinham uma falha. Sua religião era de fachada, não vinha do coração.

Jesus foi claro nesse ponto. Se a religião não abranda o coração e transforma a vida de dentro para fora, ela é sem valor.

Jesus economizou Suas mais “violentas” palavras para esses “bons” membros de igreja, porque eles eram hipócritas inconscientemente. Faziam tudo certo, mas a própria bondade exterior era seu narcótico. Sua bondade os embalava em um sono de condescendência própria, e os deixava imunes ao senso de suas verdadeiras falhas e necessidades espirituais.

Eles precisavam ser despertados para o fato de que a mera bondade exterior definitivamente não é bondade. Precisavam compreender a profundidade do cristianismo.

Eu também preciso! Senhor, dá-me olhos para ver a minha verdadeira condição e ouvidos para ouvir os Teus conselhos.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 114.

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A bondade dos fariseus https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/06/a-bondade-dos-fariseus/ Sat, 01 Jun 2013 20:39:54 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=739 Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Disse-Lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” (Mateus 19:18-20). Jesus não contradisse o jovem fariseu que alegava …

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Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’ e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’”. Disse-Lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” (Mateus 19:18-20).

Jesus não contradisse o jovem fariseu que alegava ter guardado os mandamentos desde sua infância. Ele também não discutiu com o fariseu que orava, em Lucas 18, agradecendo a Deus por não ser “como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros” (verso 11).

Podemos aprender uma lição examinando o lado “bom” desse dedicado grupo. Vamos observar suas qualidades dignas de louvor.

Em primeiro lugar e acima de tudo, eles eram amantes e defensores da Bíblia como a Palavra de Deus. Sua tradição oral se estabelecera para preservar o verdadeiro significado das Escrituras.

Em segundo lugar, os fariseus eram totalmente dedicados à lei de Deus. Amavam a lei de todo o coração. R. Travers Herford apresenta esse aspecto do farisaísmo de maneira concisa, quando afirma que “a preocupação principal dos fariseus era fazer da Torá (lei) o guia supremo da vida, em pensamento, palavra e ação, através do estudo do seu conteúdo, da obediência aos seus preceitos, e, como base de tudo, um serviço consciencioso a Deus, o qual dera a Torá”.

Sua dedicação para guardar a lei de Deus os inspirara a desenvolver milhares de diretrizes, para nem sequer chegarem perto da aparência do mal. Assim, eles tinham cerca de 1.521 regras orais sobre como observar o sábado. Essas leis abordavam todos os aspectos de sua vida.

Além dessas qualidades, os fariseus eram cheios de zelo missionário e evangelístico e eram bons “adventistas”. Quer dizer, esperavam a vinda do Messias com grande expectativa. Muitos deles criam que o Messias (Cristo) viria se a Torá (lei) fosse observada com perfeição por um dia.

Os fariseus se assemelham a alguns membros da igreja. Eles acreditam em todas as coisas boas e desejam fazer o bem.

Mas aqui está a tragédia: eles não alcançavam o reino. Precisamos estar alerta para não acabarmos sendo como os fariseus. Sabe, de alguma forma eles não eram suficientemente bons.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 113.

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Fariseus são boas pessoas https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/fariseus-sao-boas-pessoas/ Fri, 31 May 2013 19:34:10 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=723 Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus (Mateus 5:20). Essa é a afirmação mais assustadora em todo o repertório de ideias de Jesus. Deve ter deixado Seus discípulos …

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Pois Eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus (Mateus 5:20).

Essa é a afirmação mais assustadora em todo o repertório de ideias de Jesus. Deve ter deixado Seus discípulos e demais ouvintes muito perplexos.

Como poderia alguém ter mais justiça do que os escribas e fariseus? Tal pensamento parecia a maior impossibilidade na mente dos judeus do primeiro século.

Os escribas eram uma classe de pessoas que passavam todo o seu tempo ensinando e expondo a lei de Deus. Sua vida inteira era dedicada ao estudo da Palavra de Deus. Dedicação — os escribas a tinham em abundância.

Nos tempos de Jesus, os fariseus eram uma classe seleta de aproximadamente 6 mil homens. A vida deles era totalmente dedicada a promover a vinda do Messias (a palavra grega equivalente a Messias é traduzida como “Cristo”) por meio de um viver perfeito.

A maioria dos cristãos precisa revisar sua concepção dos fariseus. Eles não eram simplesmente bons homens; eram os melhores homens. Não só eram moralmente retos, mas extremamente sinceros em buscar a Deus e na veneração e defesa do Seu santo nome, Sua lei e Sua Palavra. Certamente, a igreja e o mundo estariam infinitamente melhores se um maior número de nós viesse a Deus diariamente com a principal pergunta farisaica: “Que farei para herdar a vida eterna?” (Mateus 19:16; Lucas 10:25). Aqui estava um povo totalmente dedicado a servir a Deus, desde o momento em que se levantavam de manhã até quando se deitavam à noite.

Deturparemos a imagem do Novo Testamento se deixarmos de ver a bondade dos escribas e fariseus.

Quanto poderia a igreja fazer se cada um de nós fosse tão dedicado como eles eram! Isso, porém, não quer dizer que eles faziam tudo certo, embora pareça sugerir que sua dedicação e devoção a Deus eram incontestáveis.

Ajuda-me, Senhor, a aprender a lição positiva de dedicação dos escribas e fariseus. Ajuda-me a levar a sério a Tua Palavra.

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2001), p. 112.

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Retorno às origens? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/retorno-as-origens/ Mon, 13 May 2013 14:37:39 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=568 Atualmente, muitos falam sobre a necessidade de se retornar às origens do movimento adventista. Os pioneiros supostamente teriam uma compreensão doutrinária mais pura e correta. Mas em que exatamente devemos nos aproximar dos primeiros adventistas? Como eles viam a si mesmos e sua compreensão teológica? O que realmente devemos aprender …

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Atualmente, muitos falam sobre a necessidade de se retornar às origens do movimento adventista. Os pioneiros supostamente teriam uma compreensão doutrinária mais pura e correta. Mas em que exatamente devemos nos aproximar dos primeiros adventistas? Como eles viam a si mesmos e sua compreensão teológica? O que realmente devemos aprender com eles?

Essas perguntas são respondidas pelo conhecido historiador George Knight no livro Em busca de identidade: o desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005).

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A maioria dos fundadores do adventismo do sétimo dia não poderia unir-se à igreja hoje se tivessem de concordar com as “28 Crenças Fundamentais” da denominação. Para ser mais específico, eles não poderiam aceitar a crença número 2, que trata da doutrina da Trindade. […]

A maioria dos primeiros adventistas não somente discordava de seus modernos herdeiros nessas […] áreas, mas adotava entre suas crenças centrais a teoria da “porta fechada”, segundo a qual o fechamento da porta da graça e o encerramento da missão evangelizadora por parte da igreja teriam ocorrido em outubro de 1844. Ellen White […] partilhava desse mesmo ponto de vista.

Outras crenças que ela mantinha em comum com a maior parte dos adventistas durante o final da década de 1840 e começo da década de 1850 eram que o sábado começa às 18 horas de sexta-feira e vai até as 18 horas de sábado e que era permitido comer carne de porco e outros animais classificados como imundos em Deuteronômio 14. [Outro exemplo é que até o fim de sua vida, Ellen White se alimentou de ostras, porque, na época, os adventistas acreditavam que essa prática estava de acordo com as leis de saúde de Levítico 11.]

A verdade presente não é estática

José Bates e Tiago e Ellen White (os três fundadores do adventismo do sétimo dia) tinham um conceito dinâmico do que chamavam de “verdade presente”. […]

Em 1849, Tiago White, após citar 2 Pedro 1:12, que fala sobre estar firmado na “verdade presente”, escreveu que “no tempo de Pedro havia uma verdade presente ou verdade aplicável àquele tempo. A igreja sempre teve uma verdade presente. […]” (Present Truth, julho de 1849, p. 1). […]

Ellen White tinha a mesma compreensão progressiva da verdade presente que seu marido. […] Ela observou, com relação a certas questões teológicas, que “aquilo que Deus concede a Seus servos para falar hoje não foi a verdade presente de vinte anos atrás, mas é a mensagem de Deus para este tempo” (Manuscrito 8a, 1888). […] Por outro lado, em julho de 1903, ela escreveu que

haverá um desenvolvimento da compreensão, pois a verdade é suscetível de contínua ampliação. […] Nossa investigação da verdade ainda é incompleta. Temos apanhado apenas uns poucos raios de luz (Carta a P. T. Magan, 27 de janeiro de 1903). […]

Os líderes mais jovens, conforme se desenvolviam, mostraram a mesma abertura dos fundadores. Uriah Smith, por exemplo, escreveu em 1857 que os adventistas haviam descoberto verdades progressivas desde 1844. “Temos conseguido regozijar-nos em verdades muito além do que então percebíamos”, ele observou.

Mas não pensamos de modo algum que já sabemos tudo. Esperamos ainda progredir, de forma que nossa vereda se torne cada vez mais brilhante até ser dia perfeito. Que mantenhamos então um estado mental inquiridor, buscando mais luz e mais verdade (Review and Herald, 30 de abril de 1857, p. 205).

Com uma disposição similar, John N. Andrews exclamou que “trocaria mil erros por uma única verdade” (Spiritual Gifts, v. 2, p. 117). Ao mesmo tempo, Tiago White, depois de observar que os adventistas sabatistas haviam modificado seu ponto de vista sobre o horário apropriado para iniciar o sábado, afirmou que eles “mudariam outros pontos de sua fé, caso tivessem uma boa razão para fazê-lo com base nas Escrituras” (Review and Herald, 7 de fevereiro de 1856, p. 149).

Contra a rigidez de um credo

Além da fluidez de seus conceitos sobre a verdade presente, os primeiros adventistas também firmaram posição contra credos ou declarações formais de crença doutrinária que presumivelmente não podiam ser alterados. Na realidade, a crença deles na possibilidade de a verdade presente evoluir levou Tiago White e outros primeiros crentes adventistas a se oporem aos credos. […]

Em 1861, na reunião em que os sabatistas organizaram sua primeira associação estadual, John Loughborough ressaltou o problema que os primeiros adventistas viam nos credos. De acordo com Loughborough,

o primeiro passo para a apostasia é elaborar um credo dizendo o que devemos crer. O segundo é fazer desse credo uma prova de comunhão. O terceiro é julgar os crentes por esse credo. O quarto é denunciar como hereges os que não acreditarem nesse credo. O quinto e último é começar a perseguir essas pessoas (Review and Herald, 8 de outubro de 1861, p. 148).

Tiago White observou que “fazer um credo é limitar e obstruir o caminho para todo progresso futuro”. Argumentando em favor da contínua liderança do Espírito Santo na descoberta da verdade, White queixou-se de que algumas pessoas, por meio de seus credos, “limitam a maneira de agir do Todo-Poderoso. Dizem praticamente que o Senhor não deve fazer nada além do que esteja prescrito no credo”. “A Bíblia é nosso credo”, concluiu ele. “Rejeitamos qualquer forma de credo humano.” Ele desejava que os adventistas permanecessem receptivos ao que o Senhor pudesse revelar-lhes “de tempos em tempos” (Ibidem). […]

O caminho da compreensão progressiva

Aos olhos dos fundadores da denominação, as possibilidades de mudanças dinâmicas nas crenças adventistas não eram ilimitadas. Certos pontos eram inegociáveis. Talvez a tensão entre os pilares inegociáveis e o dever de perseverar na busca da verdade é mais evidente nos escritos de Ellen White. […] “Não há desculpas para ninguém assumir a posição de que não há mais verdades a serem reveladas e de que todas as nossas compreensões da Bíblia não têm qualquer erro”, escreveu em 1892.

O fato de certas doutrinas terem sido consideradas como a verdade por muitos anos pelo nosso povo não é uma prova de que nossas ideias sejam infalíveis. O tempo não transforma o erro em verdade. […] Nenhuma verdadeira doutrina terá algo a perder pela cuidadosa investigação (O Outro Poder, p. 24).

Ela voltou a fazer esse mesmo comentário sobre a necessidade de pesquisa quando escreveu que

sempre que o povo de Deus estiver crescendo em graça, obterá constantemente compreensão mais clara de Sua Palavra. […] As pessoas ficam satisfeitas com a luz já recebida da Palavra de Deus, e desistem de qualquer posterior estudo das Escrituras. Tornam-se conservadoras, e procuram evitar novo exame. […] Haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê. […] Quando o povo de Deus está à vontade, satisfeito com a luz que já possui, podemos estar certos de que Deus não o favorecerá (Ibidem, p. 26-29).

Em outra ocasião, no começo da década de 1890, ela disse a certos adventistas retrógrados que “unicamente Deus e o Céu são infalíveis. Os que pensam que nunca terão de desistir de um ponto de vista acariciado, jamais terão ocasião de mudar de opinião, serão decepcionados” (Ibidem, p. 25). […]

Os primeiros adventistas criam que apenas umas poucas doutrinas tinham importância central ou fundamental para o adventismo. Ellen White tocou no tema durante as controvérsias a respeito da justificação pela fé no final da década de 1880, quando alguns afirmavam que as novas ideias estavam destruindo os pilares da fé. A essa linha de raciocínio, ela replicou que “quase nada sabiam sobre o que eram os antigos marcos”.

O passar do tempo em 1844 foi um período de grandes acontecimentos, expondo ao nosso admirado olhar a purificação do santuário que ocorre no Céu, e tendo clara relação com o povo de Deus na Terra, e com as mensagens do primeiro, do segundo e do terceiro anjos, desfraldando o estandarte em que havia a inscrição: ‘Os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.’ Um dos marcos desta mensagem era o templo de Deus, visto no Céu por Seu povo que ama a verdade, e a arca, que contém a lei de Deus. A luz do sábado do quarto mandamento lançava os seus fortes raios no caminho dos transgressores da lei de Deus. A não imortalidade dos ímpios é um marco antigo. Não consigo lembrar-me de alguma outra coisa que possa ser colocada na categoria dos antigos marcos. Todo esse rumor sobre a mudança do que não deveria ser mudado é puramente imaginário (Ibidem, p. 21). […]

[O teólogo] Robert M. Johnston captou a essência dessa tensão entre a continuidade e a mudança na teologia adventista quando identificou o que chamou de “a característica mais impressionante do adventismo”. “Sem repudiar a direção do Senhor no passado, ele busca compreender melhor o que aquela direção era. Ele está sempre aberto a melhores discernimentos – a buscar a verdade como a um tesouro escondido.” De acordo com Johnston, os adventistas “ainda são peregrinos empreendendo uma viagem doutrinária, os quais não repudiam as balizas do caminho, mas não ficam estacionados em nenhuma delas” (Adventist Review, 15 de setembro de 1983, p. 8).

George R. Knight foi professor de História da Igreja na Andrews University, Estados Unidos, por trinta anos. Retirado de Em busca de identidade: o desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2005), capítulo 1: “A natureza dinâmica da ‘verdade presente”.

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