Não somente consideramos nossa interpretação como o significado do texto [bíblico], mas também a consideramos o próprio texto. Isso leva a abordar o dogma como um colecionador: selecionamos nossas passagens favoritas para provar uma doutrina. Nunca percebemos que nossos oponentes fazem a mesma coisa, reunindo suas passagens favoritas para provar uma doutrina completamente diferente. Em outras palavras, os textos-prova de ambos os lados são mutuamente contraditórios e nenhum dos lados percebe isso! Eles nunca escutam um ao outro. Pelo contrário, gastam seu tempo pregando de forma triunfalista aos já convertidos. O que precisamos fazer é obedecer nossa visão de autoridade bíblica, examinando todos os textos, de ambos [ou mais] os lados, e então desenvolver uma doutrina equilibrada que esteja de acordo com a evidência bíblica. Isso significa que, se necessário, teremos que abandonar nossa posição anterior e permitir que os textos bíblicos determinem nossa declaração doutrinária final.
– Grant R. Osborne, Ph.D. (Universidade de Aberdeen), é professor de Novo Testamento na Trinity International University (EUA). Retirado de 3 perguntas cruciais sobre a Bíblia: Podemos confiar na Bíblia? Podemos entender a Bíblia? Podemos fazer teologia a partir da Bíblia? (São Paulo: Vida Nova, 2014), p. 182.