Pós-modernismo Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/categorias/pos-modernismo/ cristianismo no mundo contemporâneo Sun, 18 Feb 2018 01:53:16 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.1 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/wp-content/uploads/2018/02/missaopm-alpha-ico-150x150.png Pós-modernismo Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/categorias/pos-modernismo/ 32 32 22 livros adventistas para ler antes da volta de Jesus https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2016/04/22-livros-adventistas-para-ler-antes-da-volta-de-jesus/ Sat, 23 Apr 2016 22:36:39 +0000 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/?p=2225 Com a ajuda de alguns amigos, preparei estas sugestões de livros publicados em português que considero extremamente relevantes para adventistas (não só pastores). Obviamente, não pretendemos fazer algo definitivo. Nem todos poderão concordar, principalmente com os materiais que ficaram de fora. Mas, com esta lista, queremos incentivá-lo a pensar em …

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Com a ajuda de alguns amigos, preparei estas sugestões de livros publicados em português que considero extremamente relevantes para adventistas (não só pastores). Obviamente, não pretendemos fazer algo definitivo. Nem todos poderão concordar, principalmente com os materiais que ficaram de fora. Mas, com esta lista, queremos incentivá-lo a pensar em obras que foram importantes em sua jornada cristã. Nada mais importante do que começar essa troca de materiais entre nós.

• Espiritualidade e vida devocional

DE BENEDICTO, Marcos. O Brilho da Vida: Experimente o poder de Deus em seu dia a dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. 184 páginas.

MAXWELL, Randy. Se Meu Povo Orar. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. 176 páginas.

RICHARDS JR., H. M. S.; GUILD, Daniel R. Boas-novas Para Você – Meditações Diárias 2004. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. 377 páginas.

• Igreja e missão

BULLÓN, Alejandro. A Alegria de Testemunhar: Como falar de Jesus de maneira eficaz. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 104 páginas.

BURRILL, Russell. Como Reavivar a Igreja do Século 21: O poder transformador dos pequenos grupos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 176 páginas.

_______. Discípulos Modernos: O desafio de Cristo para cada membro da igreja. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. 144 páginas.

GANE, Barry. O Caminho de Volta: Como reconquistar os jovens que abandonaram a igreja. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 112 páginas.

• Doutrinas bíblicas

GIBSON, L. James; RASI, Humberto M. (Orgs.). Mistérios da Criação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 190 páginas.

HOLBROOK, Frank B. O Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2002. 272 páginas.

Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. 480 páginas.

• História e identidade adventista

KNIGHT, George R. Uma Igreja Mundial: Breve história dos adventistas do sétimo dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2000. 158 páginas.

_______. Em Busca de Identidade: O desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 224 páginas.

_______. A Visão Apocalíptica e a Neutralização do Adventismo: Estamos apagando nossa relevância? Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2010. 112 páginas.

• Estudo e exposição da Bíblia

KNIGHT, George R. Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças – Meditações Diárias 2001. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2001. 376 páginas.

PFANDL, Gerhard (Org.). Interpretando as Escrituras: Descubra o sentido dos textos mais difíceis da Bíblia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2015. 384 páginas.

REID, George W. (Ed.). Compreendendo as Escrituras: Uma abordagem adventista. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007. 363 páginas.

REIS, Emilson dos. Introdução Geral à Bíblia: Da revelação até os dias de hoje. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2016. 176 páginas.

• Evangelho e salvação

KNIGHT, George R. A Mensagem de 1888. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. 203 páginas.

_______. Pecado e Salvação: O que é ser perfeito aos olhos de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2016. 232 páginas.

LARONDELLE, Hans K. O que é Salvação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1998. 114 páginas (formato de bolso).

PAROSCHI, Wilson. Só Jesus: Porque em nenhum outro há salvação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1997. 128 páginas.

VENDEN, Morris. 95 Teses Sobre Justificação Pela Fé. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1990. 290 páginas (formato de bolso).

Bônus: 4 livros em inglês

KNIGHT, George R. Reading Ellen White: How to Understand and Apply Her Writings. Hagerstown, MD: Review and Herald, 1997. 140 páginas.

PAULIEN, Jon. Meet God Again for the First Time. Hagerstown, MD: Review and Herald, 2003. 159 páginas.

_______. Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation. Boise, ID: Pacific Press, 2008. 190 páginas.

RODRÍGUEZ, Ángel Manuel. Future Glory: The Eight Greatest End-Time Prophecies in the Bible. Hagerstown, MD: Review and Herald, 2002. 152 páginas.

3 obras de referência (para pesquisar e consultar)

Bíblia de Estudo Andrews. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2015.

DEDEREN, Raoul (Ed.). Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011.

FORTIN, Denis; MOON, Jerry (Orgs.). Enciclopédia de Ellen G. White. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, a ser publicado.

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Novos métodos https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/novos-metodos-2/ Mon, 04 Aug 2014 12:52:45 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2080 (Textos selecionados de Ellen White) Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem pessoas que Ele chamará para o Seu serviço – pessoas que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido …

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The One Project, organizado pela Associação Geral da IASD

(Textos selecionados de Ellen White)

Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem pessoas que Ele chamará para o Seu serviço – pessoas que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido no passado. […] Em nossas grandes cidades, a mensagem deve avançar como uma lâmpada ardente. Deus levantará trabalhadores para a Sua obra, e Seus anjos irão à frente deles. Que ninguém impeça essas pessoas de cumprirem a missão que Deus lhes deu. Não as impeçam. Deus lhes deu uma tarefa. Que a mensagem seja proclamada com tanto poder que os ouvintes se convençam. – Evangelismo, p. 70

Não deve haver regras fixas; nossa obra é progressiva, e deve haver oportunidade para os métodos serem melhorados. Porém, sob a direção do Espírito Santo, a unidade deve ser preservada e o será. – p. 105.

Há necessidade de pessoas que orem a Deus pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho e inventar novos planos e métodos modernos de despertar o interesse dos membros da igreja, alcançando os homens e as mulheres do mundo. – p. 105.

Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, as pessoas não podem se interessar por esforços medíocres. Os ministros designados por Deus acharão necessário realizar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, precisam apresentar mensagens tão fora do comum que o povo fique desperto e esclarecido. Precisam usar todos os meios que possam ser planejados para fazer com que a verdade seja apresentada. – p. 122.

Cada um que trabalha na vinha do Senhor deve estudar, planejar, idealizar métodos a fim de alcançar as pessoas onde elas estão. Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos que prender a atenção. – p. 122.

Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em seguir os Seus passos, irão atrair grande número de pessoas, mantendo a atenção delas, como Cristo fazia. – p. 124.

Seja qual for que tenha sido a sua prática anterior, não é necessário repeti-la sempre e sempre, da mesma maneira. Deus deseja que sigamos métodos novos e ainda não experimentados. […] Surpreenda as pessoas. – p. 125.

A tarefa de levar pessoas a Cristo exige cuidadoso preparo. Não se deve começar o serviço do Senhor sem a necessária instrução e, ainda assim, esperar o maior êxito. […] Perguntem ao arquiteto, e eles lhes dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E a mesma coisa é feita em todas as profissões. Deveriam os servos de Cristo ser menos dedicados em se preparar para uma tarefa infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes a respeito dos meios e maneiras a ser usados para alcançar as pessoas? Saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito ao bem-estar eterno delas requer conhecimento da natureza humana, profundo estudo, meditação e fervorosa oração. – p. 128.

Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm se esforçado para dar nova vida aos antigos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. – p. 252.

A prevalecente monotonia da rotina religiosa em nossas igrejas precisa ser modificada. A influência da atividade necessita ser introduzido, para que os membros da igreja possam trabalhar em novos ramos e planejar novos métodos. O poder do Espírito Santo moverá corações à medida que for quebrada essa monotonia morta, sem vida, e muitos que nunca antes haviam pensado em ser além de espectadores ociosos começarão a trabalhar com vigor. […] Devem ser feitos esforços para fazer algo enquanto é dia, e a graça de Deus se manifestará, a fim de que pessoas possam ser alcançadas para Cristo. – Testemunhos para ministros, p. 204.

Tenho uma mensagem aos cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus lhes mostrou a verdade, não para que vocês a retenham, mas para que a comuniquem aos outros. […] Enquanto trabalham e elaboram planos, novos métodos surgirão na mente de vocês a todo o momento, e, pelo uso, as habilidades intelectuais de vocês aumentarão. – Beneficência social, p. 204.

Deus chamará pessoas ao Seu serviço, pessoas que não promoverão o trabalho da maneira desanimada como tem sido promovido no passado. […] Que ninguém desanime a esses fervorosos trabalhadores. Eles cometerão erros em algumas coisas, e precisarão ser corrigidos e instruídos. Mas, vocês que estão há mais tempo na igreja, também não têm cometido enganos e necessitado de correção e instrução? Quando cometeram erros, o Senhor não os expulsou, mas os curou e fortaleceu. […]

Deus escolhe os Seus mensageiros, e lhes dá a Sua mensagem; e Ele diz: “Não [os] impeçam” (Lc 18:16, NVI). Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus precisa despertar para a necessidade do tempo em que está vivendo. – Refletindo a Cristo, p. 234.

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia], haverá admirável manifestação do poder de Deus, mas ele não influirá sobre os que não têm se humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas ideias e expectativas, eles combaterão a obra. “Por que”, dizem eles, “não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?” – Eventos finais, p. 209.

Para estudo adicional, veja: Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation (Boise, ID: Pacific Press, 2008); Kleber Gonçalves, “A Critique of the Urban Mission of the Church in the Light of an Emerging Postmodern Condition” (tese de Ph.D., Andrews University, 2005); Journal of Adventist Mission Studies (2005 –); Bruce L. Bauer e Kleber O. Gonçalves, eds., Revisiting Postmodernism: An Old Debate on a New Era (Berrien Springs, MI: Andrews University, 2013) e materiais produzidos pelo Center for Secular and Postmodern Studies (Associação Geral da IASD).

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Pós-modernidade: inimiga ou amiga? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/pos-modernidade-inimiga-ou-amiga/ Mon, 28 Jul 2014 10:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/02/pos-modernidade-amiga-ou-inimiga/ A pós-modernidade é o momento em que a modernidade está sendo questionada, as proposições da modernidade são questionadas. E este é o nosso grande momento. Na minha opinião e de muitos outros, a pós-modernidade não é nossa inimiga. É nossa grande amiga. Os cristãos costumam dizer que a pós-modernidade questiona …

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A pós-modernidade é o momento em que a modernidade está sendo questionada, as proposições da modernidade são questionadas. E este é o nosso grande momento. Na minha opinião e de muitos outros, a pós-modernidade não é nossa inimiga. É nossa grande amiga.

Os cristãos costumam dizer que a pós-modernidade questiona a verdade, confronta a modernidade. Então eles argumentam que isso é ruim para nós, cristãos, porque nós temos a verdade da Palavra de Deus; temos Jesus, que é a verdade; temos a Palavra do Deus que não pode mentir; dizemos que alguém conhece a verdade, e a verdade o libertará.

Quando o pessoal da pós-modernidade vem questionar a verdade – e a gente acusa a pós-modernidade de ser relativista –, a gente se assusta e fala: “Esses caras são do diabo. É mais um movimento do demônio para acabar com a igreja, acabar com a verdade do evangelho”.

Negação da verdade?

Mas eu acho que há a possibilidade de se fazer uma outra leitura. A modernidade afirmava a verdade racional. Não é que a pós-modernidade negue a existência da verdade; ela só diz que a razão humana não dá conta de conhecer a toda verdade. A verdade não é objeto de método científico.

A pós-modernidade diz que há necessidade de uma outra concepção epistemológica. Isto é: Como eu conheço a verdade? A modernidade dizia: “Pela razão e pela racionalidade”. A pós-modernidade diz: “Não dá. A verdade é muito maior do que a ciência dá conta e do que a razão humana dá conta”. Quando a pós-modernidade diz isso, o que ela faz? Ela coloca em suspeição toda a afirmação racional de verdade.

E aí ela vai gerar discursos muito interessantes. Como, por exemplo: na pré-modernidade, quando eu dizia o seguinte: “Isto aqui é a verdade”, a pessoa ia falar o seguinte: “Quem disse?”. E eu respondia: “Deus!”. “Então tá bom, é a verdade.” E se a pessoa não concordasse que foi Deus quem falou que isto aqui é a verdade, fogueira nela.

Na modernidade, quando eu dizia: “Isto aqui é a verdade”, a pessoa dizia: “Prove! Prove racionalmente que isso aí é a verdade”.

Na pós-modernidade, quando eu digo: “Isto aqui é a verdade”, a pessoa diz: “E daí? Essa é a sua verdade”. Ou diz assim: “Quem é você para ficar dizendo que isso aí é a verdade? Eu também tenho a minha verdade”.

Então, na pré-modernidade, Deus estava no centro. Na modernidade, o homem estava no centro. E, na pós-modernidade, não é que não tem centro. É a subjetividade humana que está no centro. É a famosa frase: “Cada cabeça, uma sentença”. Cada um tem a sua verdade. A pós-modernidade é o tempo em que não há espaço para a afirmação categórica da verdade, porque toda afirmação categórica da verdade estará posta em suspeição.

Novas oportunidades

Agora, quando alguém diz assim: “A pós-modernidade acabou com a verdade. Ela tornou a verdade subjetiva, colocou a verdade em suspeição, relativizou a verdade”, eu digo: “Que bom! Isso para nós é ótimo!”. Porque nós estamos dizendo assim: “Pessoal, todo mundo tá de acordo que a razão humana não dá conta da verdade?”. “Todo mundo!” Então: a verdade é uma questão de revelação.

Os pós-modernos vão dizer que a verdade é uma questão de experiência. Então nós entramos e dizemos: “Sim, a verdade é uma questão de experiência, mas também é uma questão de revelação”. Por quê? Porque não é a razão humana que se apropria da verdade. É a verdade que se apropria da razão humana. Isso é cristianismo.

Nós não andamos por certeza racional. Andamos por confiança. É diferente. Porque a verdade, para nós, não é um objeto a ser analisado pelo método científico e descrito racionalmente. A verdade é uma Pessoa com quem nos relacionamos pela fé, ou seja, pela confiança pessoal.

Relação de confiança

Então, quando a gente descreve a verdade como objeto, eu digo: “Isto aqui [um copo de água] é um copo de Coca-Cola. Verdade ou mentira?” “Mentira.” Mas essa descrição de verdade não cabe para a próxima afirmação: “Eu amo você. Verdade ou mentira?” “Sei lá.” Agora não é questão de verdade ou mentira porque você vê e, racionalmente, você codifica, decodifica, interpreta, analisa, compara fato com fato.

Agora é uma questão relacional e de confiança. Não é uma questão de descrição objetiva de objetos. É uma questão de relacionamento entre pessoas. E a nossa fala, como cristãos, é que Jesus é uma pessoa. A verdade cristã é uma Pessoa; não é um conceito.

Por isso acredito que a pós-modernidade é muito nossa amiga. A modernidade afirmava a hegemonia da razão, o mito do progresso, a supremacia do homem e essa ideia toda. Então, junto com a pós-modernidade, a gente diz: “Bobagem! O homem não tá com essa bola toda!”.

Ed René Kivitz, mestre em Ciências da Religião, é pastor da Igreja Batista de Água Branca, São Paulo. Possui um blog e desenvolveu a série Talmidim, formada por vídeos curtos com reflexões bíblicas. 

O texto acima foi retirado da palestra “Lutando pela igreja” (a partir de 24min03s), que pode ser assistida neste vídeo:

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Espiritualidade urbana https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/10/espiritualidade-urbana/ Wed, 09 Oct 2013 02:33:05 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=1192 Outro exemplo de espiritualidade relacionado aos valores sociais e públicos diz respeito ao futuro das cidades. Os temas correlatos de espiritualidade e arquitetura, espiritualidade e planejamento e espiritualidade urbana têm despontado em tempos recentes. Por exemplo, tem havido congressos acadêmicos sobre “a cidade espiritual”. Leonie Sandercock, planejadora urbana reconhecida internacionalmente, …

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Outro exemplo de espiritualidade relacionado aos valores sociais e públicos diz respeito ao futuro das cidades. Os temas correlatos de espiritualidade e arquitetura, espiritualidade e planejamento e espiritualidade urbana têm despontado em tempos recentes. Por exemplo, tem havido congressos acadêmicos sobre “a cidade espiritual”. Leonie Sandercock, planejadora urbana reconhecida internacionalmente, escreveu sobre espiritualidade nas cidades em seu livro Cosmopolis II: Mongrel Cities in the 21st Century (Londres: Continuum, 2003). Ela abordou também a necessidade de se desenvolver uma espiritualidade para as profissões urbanas.

O mundo está rapidamente se tornando urbanizado, e o significado e futuro das cidades é um importante desafio espiritual bem como social. Em 1950, 29% da população mundial vivia em ambientes urbanos. Em 1990, esse índice havia subido para 50%. E, de acordo com estatísticas das Nações Unidas, calcula-se que aumentará para 60% por volta de 2025 e 70% em torno de 2050. No século 21, a “grande história” é uma migração global de pessoas do interior para a cidade. Pela primeira vez, a humanidade enfrenta um mundo megaurbanizado.

Enquanto defrontamos características urbanas no século 21, uma pergunta-chave é: Para que servem as cidades? Se as cidades devem ter significado em vez de simplesmente uma existência inevitável, é necessário haver uma reflexão muito maior sobre suas possibilidades civilizadoras e sobre como estas podem ser desenvolvidas. A cidade é o domínio público por excelência. Desde os dias de Platão e Aristóteles, as cidades são compreendidas como poderosos símbolos da comunidade humana e, em especial, como paradigmas de nossa vida pública. Em termos práticos, o que significa “público”? É o contexto onde interagimos com desconhecidos e onde pessoas diferentes buscam estabelecer uma vida em comum. Essa não é uma tarefa fácil. Mas, exatamente pelo fato de que as cidades combinam diferenças de idade, etnia, cultura, sexo e religião de forma singular, elas têm a capacidade de concentrar uma variedade de energias físicas, intelectuais, criativas e espirituais.

No provocativo estudo The City: A Global History (Nova York: Modern Library, 2006), Joel Kotkin sugere que, ao longo da história, as cidades bem-sucedidas têm cumprido três funções essenciais: proporcionar segurança, fomentar o comércio e criar um espaço sagrado. Embora o último com frequência seja expressado por construções religiosas, Kotkin argumenta que a cidade em si mesma é, ou deveria ser, um espaço sagrado, incorporando uma visão inspiradora da existência e da possibilidade humana. Mas o papel sagrado das cidades é amplamente ignorado nas discussões contemporâneas. Contudo, mais importante do que novas construções, espaço público e atenção à sustentabilidade ou aos interesses políticos, é o valor que as pessoas ocupam na experiência urbana. Uma cidade bem-sucedida é, em última análise, aquela que adota uma visão espiritual. Kotkin afirma que, sem uma visão compartilhada, é difícil vislumbrar um futuro urbano viável.

Philip Sheldrake é pesquisador sênior da Cambridge Theological Federation e professor visitante nos Estados Unidos. Retirado de Spirituality, A Very Short Introduction, v. 336 (Oxford: Oxford University Press, 2012), p. 91-92.

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Ressurgimento da espiritualidade https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/09/ressurgimento-da-espiritualidade/ Tue, 17 Sep 2013 18:41:20 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=1133 O fascínio pela espiritualidade é uma notável característica da era contemporânea. Esse fato contrasta profundamente com o declínio das religiões tradicionais nos países ocidentais. Nas últimas décadas, o conceito de espiritualidade se estendeu muito além de suas origens cristãs – de fato, além da própria religião. Existe atualmente uma ampla …

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O fascínio pela espiritualidade é uma notável característica da era contemporânea. Esse fato contrasta profundamente com o declínio das religiões tradicionais nos países ocidentais. Nas últimas décadas, o conceito de espiritualidade se estendeu muito além de suas origens cristãs – de fato, além da própria religião. Existe atualmente uma ampla busca de experiência e práticas espirituais, que são expressas de muitas formas. Como área de estudo, a espiritualidade encontra espaço cada vez maior fora da teologia e da religião, em campos acadêmicos como ciências sociais, psicologia, filosofia e estudos de gênero. O tema da espiritualidade aparece regularmente também no mundo profissional, associado a assistência médica, aconselhamento e psicoterapia, trabalho social, educação, administração, artes e esportes. […]

Como a espiritualidade é definida hoje? A resposta não é simples, porque a palavra é usada em muitos contextos diferentes. Contudo, a literatura sobre espiritualidade geralmente inclui o seguinte. Espiritualidade envolve o que é holístico – isto é, uma abordagem plenamente integrada à vida. Isso se enquadra no fato de que historicamente o que é “espiritual” está relacionado com o que é “santo” [em inglês, holy], palavra derivada do grego holos, “o todo”. Assim, em vez de ser simplesmente um elemento entre outros na existência humana, o “espiritual” é mais bem compreendido como o fator integrativo – “a vida como um todo”. Espiritualidade também está ligada à busca pelo “sagrado”. Isso inclui crenças sobre Deus, mas também se refere, de modo mais amplo, ao numinoso, às profundezas da existência humana ou aos mistérios ilimitados do cosmos.

Além disso, a espiritualidade é frequentemente compreendida como envolvendo a busca de significado (incluindo o propósito da vida), em resposta ao declínio das religiões tradicionais e das autoridades sociais. Por causa de sua associação com o significado da existência, a espiritualidade contemporânea sugere implicitamente uma compreensão da identidade humana e do desenvolvimento da personalidade. […] Espiritualidade se refere ao desenvolvimento do elemento não material da vida. “Vida” é mais do que componentes biológicos. – Philip Sheldrake, Spirituality, A Very Short Introduction, v. 336 (Oxford: Oxford University Press, 2012), p. 1, 5.

De acordo com muitos especialistas, esse renovado interesse na espiritualidade representa uma oportunidade sem precedentes para que a mensagem do evangelho seja proclamada ao mundo (veja Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing WorldIntroducing Jesus to a Skeptical Generation [Boise, ID: Pacific Press, 2008], p. 57-77). Kleber O. Gonçalves argumenta em sua tese doutoral que “a busca por espiritualidade experiencial é um dos traços característicos do mundo ocidental no início do século 21. Os pós-modernos […] ‘estão famintos por experiências [espirituais]’” (“A Critique of the Urban Mission of the Church in the Light of an Emerging Postmodern Condition” [tese de Ph.D., Andrews University, 2005], p. 229; veja também p. 125, 191-201, 213, 229-235). Ele afirma também que, “apesar de todas as ameaças, sem o pós-modernismo não teríamos uma cultura aberta para a espiritualidade e a experiência em comunidade” (“Colheita segmentada”, Ministério, janeiro-fevereiro de 2010, p. 7).

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A religião no mundo atual https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/a-religiao-no-mundo-atual/ Fri, 24 May 2013 12:58:02 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=621 O que é religião? A religião existe em quase todas as sociedades, embora as crenças e práticas religiosas variem de cultura para cultura. Todas as religiões envolvem um conjunto de símbolos e sentimentos de reverência, ligados a rituais praticados por uma comunidade de fiéis. A religião na sociologia clássica As …

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O que é religião?

A religião existe em quase todas as sociedades, embora as crenças e práticas religiosas variem de cultura para cultura. Todas as religiões envolvem um conjunto de símbolos e sentimentos de reverência, ligados a rituais praticados por uma comunidade de fiéis.

A religião na sociologia clássica

As abordagens sociológicas da religião foram bastante influenciadas pelas ideias dos pensadores “clássicos”: Mark, Durheim e Weber. Todos diziam que as religiões tradicionais entrariam em declínio, embora cada um enxergasse o papel da religião na sociedade de maneira bastante diferente. Para Marx, a religião contém um forte elemento ideológico: a religião proporciona a justificativa para as desigualdades de riqueza e poder encontradas na sociedade. Para Durkheim, a religião é importante por causa das funções coesivas que possui, especialmente para garantir que as pessoas se encontrem regularmente para afirmar crenças e valores comuns. Para Weber, a religião é importante por causa do papel que desem­penha nas mudanças sociais, conforme observado no desenvolvimento do capitalismo ocidental.

Totemismo e animismo

O totemismo e o animismo são tipos comuns de religião em culturas menores. No totemismo, considera-se que uma espécie de animal ou planta possui poderes sobrenaturais. O animismo acarreta uma crença em espíritos ou fantasmas, que habitam o mesmo mundo que os seres humanos, às vezes apossando-se deles.

Religiões e deuses

As três religiões monoteístas (religiões em que existe apenas um único Deus) mais influentes na história do mundo são o judaismo, o cristianismo e o islamismo. O politeísmo (a crença em vários ou muitos deuses) é co­mum em outras religiões, como o hinduísmo. Em outras religiões, como o confucionismo, não existem deuses ou seres sobrenaturais.

Igrejas, seitas e cultos

As igrejas são organizações religiosas grandes e esta­belecidas, normalmente com uma estrutura burocrática formal e uma hierarquia de autoridades religiosas. As seitas são grupos menores e menos formais de fiéis, ge­ralmente formados para renovar uma igreja estabelecida. Se uma seita sobrevive por um período de tempo e se torna institucionalizada, ela é chamada de denominação. Os cultos assemelham-se às seitas, mas são grupos mais livres, que seguem práticas semelhantes, mas não dentro de organizações formais.

Secularização

A secularização se refere ao declínio da influência da religião. Mensurar o nível de secularização é complicado, pois existem várias dimensões de mudança envolvidas: o número de membros, o status social e a religiosidade pessoal. Embora a influência da religião tenha decaído definitivamente, ela certamente não está a ponto de de­saparecer, e continua a unir e dividir pessoas no mundo moderno.

As taxas de frequência regular na igreja, na maioria dos países europeus, são baixas, particularmente em compa­ração com os Estados Unidos, onde uma proporção muito maior da população vai regularmente à igreja. Muito mais pessoas na Europa e nos Estados Unidos dizem que acreditam em Deus do que frequentam a igreja regularmente – elas “creem mas não pertencem”.

Novos movimentos religiosos

Embora as igrejas tradicionais estejam passando por um declínio na participação, têm surgido muitos novos movimentos religiosos. Os novos movimentos religiosos abrangem uma ampla variedade de grupos religiosos e espirituais, cultos e seitas. Eles podem ser definidos amplamente em movimentos de afirmação do mundo, movimentos de rejeição do mundo e movimentos de acomodação ao mundo.

Fundamentalismo

O fundamentalismo se tomou comum entre alguns fiéis de diferentes grupos religiosos ao redor do mundo. Os “fundamentalistas” acreditam no retorno aos funda­mentos de suas doutrinas religiosas. O fundamentalismo islâmico afetou muitos países do Oriente Médio após a revolução de 1979 no Irã, que estabeleceu um governo de inspiração religiosa. O fundamentalismo cristão nos Estados Unidos é uma reação contra valores seculares e a crise moral percebida na sociedade norte-americana. Em seus esforços para converter não crentes, os cristãos fundamentalistas foram pioneiros na “igreja eletrônica” – o uso da televisão, rádio e de novas tecnologias para construir um séquito.

Anthony Giddens é considerado por muitos como o mais importante filósofo social inglês contemporâneo e foi diretor da London School of Economics and Political Science (Londres). Retirado de Sociologia, 6ª edição (Porto Alegre: Penso, 2012), p. 511 (intertítulos acrescentados).

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O cristianismo vai desaparecer? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/o-cristianismo-vai-desaparecer/ Mon, 20 May 2013 17:22:16 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=613 A década de 1960 foi marcada pelas revoltas dos jovens contra tabus e tradições em religião, política, sexo, música, roupas e muito mais. A longa era cristã jamais havia observado tal explosão de valores, exceto talvez nos primeiros anos da Revolução Francesa. Os quatro rapazes que formaram os Beatles, o …

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A década de 1960 foi marcada pelas revoltas dos jovens contra tabus e tradições em religião, política, sexo, música, roupas e muito mais. A longa era cristã jamais havia observado tal explosão de valores, exceto talvez nos primeiros anos da Revolução Francesa.

Os quatro rapazes que formaram os Beatles, o grupo musical inglês, ajudaram a liderar a última revolução. Sua história familiar no porto de Liverpool era mais cristã do que pagã, e os líderes, John Lennon e Paul McCartney, se conheceram em um festival de música promovido por uma igreja, em 1957. Em menos de uma década, os quatro rapazes se tornaram os mais festejados do mundo. Milagrosamente, eles dançaram ao longo de uma tênue linha transparente que separava os valores cristãos tradicionais dos valores expostos em discotecas e concertos de rock. Em 4 de março de 1966, John Lennon cruzou aquela linha. “O cristianismo vai morrer”, ele anunciou. “Vai encolher e desaparecer. Hoje somos mais populares do que Jesus Cristo.” Nos círculos nos quais ele transitava, a observação estava correta.

O cristianismo está em declínio nas nações mais prósperas, mais instruídas e mais materialistas, mas não em outros lugares. No entanto, mesmo na Europa, o centro do cristianismo, o declínio ainda não pode ser considerado permanente. No curso de 20 séculos, ele já entrou em declínio e se recuperou várias vezes. No ano 300, estava mais fraco na Europa e na Ásia Menor do que hoje. Em 1600, estava mais fraco no mundo como um todo. A conclusão deste livro é que o cristianismo se reinventou repetidas vezes. Todo renascimento religioso é o reflexo de um estado de declínio anterior. Mas nenhum renascimento — e talvez nenhum declínio — é permanente.

Mesmo quando o cristianismo atravessava uma boa fase, muita gente permanecia indiferente ou pouco interessada, e sua influência em muitos setores da sociedade era fraca ou irregular. Conforme João Calvino confessou, o fato de Genebra ser a vitrine do cristianismo não significava que todos os habitantes do local acreditassem nas principais verdades religiosas. Eles creditavam à sorte, ao acaso e ao destino tudo que lhes acontecia: “Se uma ventania repentina afunda a embarcação; se alguém é derrubado por uma árvore que caiu sobre a casa.” Segundo Calvino, “essa opinião errônea atravessou os tempos, e é praticamente universal”. Em essência, o mundo ocidental atual não deve ser comparado com muito rigor à supostamente mais cristã civilização que o precedeu. O cristianismo, mesmo no apogeu, para muita gente foi, em parte, só aparência.

Geoffrey Blainey é professor na Universidade de Harvard e na Universidade de Melbourne. Retirado de Uma breve história do cristianismo (São Paulo: Fundamento, 2012), p. 327-328.

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Fé e razão https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/05/fe-e-razao/ Sat, 18 May 2013 17:47:55 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=575 Nos Estados Unidos, mas nem tanto em outros países, é muito comum usar o termo “fé” para descrever a crença religiosa, mas ele pode ser muito enganador. A palavra “fé” tem conotações inadequadas, principalmente hoje, e pode ser usada para configurar uma distinção um pouco artificial entre fé, de um …

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Nos Estados Unidos, mas nem tanto em outros países, é muito comum usar o termo “fé” para descrever a crença religiosa, mas ele pode ser muito enganador. A palavra “fé” tem conotações inadequadas, principalmente hoje, e pode ser usada para configurar uma distinção um pouco artificial entre fé, de um lado, e razão, de outro. O termo costuma trazer consigo a conotação de que as crenças religiosas estão fora da razão ou que os crentes religiosos não estão interessados na racionalidade de seus pontos de vista, ou, pior do que tudo, que as crenças religiosas não são sequer razoáveis. É assim que os secularistas podem usar o termo muitas vezes, mas ele também pode ser usado dessa forma pelos próprios crentes religiosos.

Do ponto de vista da filosofia da religião, o sentido mais importante do termo é o sentido cognitivo ou propositivo, que se refere a ter uma crença cuja evidência é menos de 100% certa ou definitiva. As crenças religiosas envolvem proposições sobre Deus, sobre a relação de Deus com o mundo e os seres humanos, sobre moralidade, entre muitas outras. O crente religioso não pode provar que essas proposições são verdadeiras, no sentido de oferecer uma prova científica ou de apresentar provas decisivas para elas, mas pode, pelo menos, tentar mostrar que acreditar ne­las é racional. Esse é o uso mais adequado do termo “fé” em filosofia da religião e indica a melhor compreensão da relação entre fé e razão. Um crente religioso baseia muitas coisas na fé, mas espera que seja uma racional (e não uma fé irracional), e o trabalho da filosofia da religião, entre outras coisas, é tentar investigar a racionalidade da crença religiosa.

A partir dessa compreensão do termo “fé”, todas as visões de mundo — religiosas ou seculares — envolvem fé nesse sentido cognitivo. Ou seja, todas as visões de mundo têm crenças sobre a natureza da realidade, a natureza da pessoa humana e a natureza da moralidade, com as quais os adeptos da visão de mundo se comprometem, mas que não podem provar decisivamente. Embora se possam sustentar algumas dessas crenças com argumentos e provas racionais, ainda é necessário se comprometer com elas, uma vez que quaisquer argumentos que tenhamos ficarão aquém da prova, em função do assunto envolvido.

O tema das visões de mundo, que envolve os três assuntos mencionados, não admite prova científica. Isso vale para todas as visões de mundo, as secularistas e as religiosas. Então, se alguém aceita várias crenças sobre a natureza da realidade, da pessoa humana ou da moralidade, essa aceitação implica um compromisso com essas crenças: um movimento da vontade, bem como do intelecto. Então, na verdade, um crente religioso e um secularista estão no mesmo barco, nesse sentido — uma questão que é negligenciada com frequência. Somos, muitas vezes, inclinados simplesmente a aceitar como verdadeira, sem dar muita atenção, a ideia de que penas a crença religiosa envolve fé, e não o secularismo. Mas agora que o secularismo é uma visão de mundo positiva em si e um fator de grande valor cultural a se potencializar, já não se deve ignorar que ele é uma visão de mundo com muitas crenças controversas que são objeto de debate polêmico e que seus adeptos aceitam muitas dessas crenças, pelo menos parcialmente, com base em fé.

Brendan Sweetman é professor de filosofia e diretor do Departamento de Filosofia na Rockhurst University (EUA). Retirado de Religião: conceitos-chave em filosofia (Porto Alegre: Penso, 2013), p. 18-19.

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Missão urbana e pós-modernidade https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/04/missao-urbana-e-pos-modernidade/ Thu, 01 Jan 1970 00:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/04/missao-urbana-e-pos-modernidade/ A Nova Semente é o primeiro projeto oficial da Igreja Adventista na América do Sul para alcançar os pós-modernos. Ela faz parte das mais de vinte comunidades similares espalhadas pelo mundo e vinculadas ao Centro de Estudos Seculares e Pós-modernos da sede mundial da igreja. Para liderar tanto a Nova …

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Pastor Kleber Gonçalves

A Nova Semente é o primeiro projeto oficial da Igreja Adventista na América do Sul para alcançar os pós-modernos. Ela faz parte das mais de vinte comunidades similares espalhadas pelo mundo e vinculadas ao Centro de Estudos Seculares e Pós-modernos da sede mundial da igreja.

Para liderar tanto a Nova Semente como esse centro de estudos, foi escolhido o pastor Kleber Gonçalves. Ele possui doutorado (Ph.D.) em missão urbana e pós-modernismo, pela Andrews University (EUA), a mais importante universidade adventista.

Em breve, vou postar trechos de uma entrevista realizada com o pastor Kleber, que explica de maneira mais clara e prática como podemos proclamar o evangelho no contexto pós-moderno. Mas, agora, quero apresentar algumas informações sobre a tese de doutorado desenvolvida por ele.

A tese do pastor Kleber tem como título “A critique of the urban mission of the church in the light of an emerging postmodern condition” (Uma reavaliação da missão urbana da igreja à luz de uma emergente condição pós-moderna). Ela foi defendida em janeiro de 2005.

Resumo da tese

Este é o resumo que aparece na própria tese:

O mundo está se tornando uma sociedade urbana. A expansão urbana observada no século 20 e no início do século 21 não tem precedentes na história da civilização humana. Ao mesmo tempo, o mundo ocidental experimenta a mudança de paradigma da era moderna para uma condição pós-moderna. Ambos os eventos têm implicações notáveis para a missão da igreja em uma sociedade urbana e em processo de pós-modernização. Marcada pela cosmovisão do modernismo, a igreja experimenta hoje um ostracismo oriundo da condição pós-moderna.

Apesar de a literatura sobre a missão urbana ter crescido nos últimos anos, pouca consideração tem sido dada às questões específicas e às implicações da missão urbana no contexto da pós-modernidade. Por isso, este estudo aborda a relação entre a missão urbana da igreja e a emergência da condição pós-moderna.

Esta pesquisa sobre a missão urbana à luz do etos pós-moderno se baseia na análise histórica, filosófica, sociológica e cultural das eras moderna e pós-moderna provida, respectivamente, nos capítulos 2 e 3. O capítulo 4 explora a relação entre a missão urbana da igreja e a condição pós-moderna primariamente ao situar o surgimento do pós-modernismo no contexto da urbanização e da globalização. O capítulo 5 apresenta algumas implicações missiológicas e sugere princípios para alcançar a mente pós-moderna em um contexto urbano, a partir das descobertas desta pesquisa.

No início do século 21, o poder centralizador da cidade, adicionado pela influência de um mercado global, torna o meio urbano o locus do pós-modernismo. Consequentemente, os desafios e as oportunidades de uma missão urbana nunca foram tão grandes. Apesar de alguns grandes problemas que o pós-modernismo levanta para a missão, essa corrente sociocultural oferece oportunidades inexistentes há poucas décadas. Portanto, dentro do contexto da interação das forças da urbanização, da globalização e do pós-modernismo, uma revisão profunda das estratégias e dos métodos da missão urbana é vital para o desenvolvimento de igrejas sensíveis ao fenômeno pós-moderno, à medida que a igreja busca atender o seu chamado a participar na missão divina direcionada a uma geração urbana e cada vez mais pós-moderna.

Fonte: Kerygma: revista eletrônica de teologia, 1º semestre de 2008, p. 62.

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Criacionismo: ainda viável? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/03/criacionismo-ainda-viavel/ Thu, 01 Jan 1970 00:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/03/criacionismo-ainda-viavel/ Os pesquisadores Brian e Deborah Charlesworth assim iniciam sua obra introdutória sobre a evolução: O consenso na comunidade científica é de que […] todos os organismos existentes na atualidade são os descendentes de moléculas autorreplicantes que se formaram por meios puramente químicos há mais de 3,5 bilhões de anos. As …

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Os pesquisadores Brian e Deborah Charlesworth assim iniciam sua obra introdutória sobre a evolução:

O consenso na comunidade científica é de que […] todos os organismos existentes na atualidade são os descendentes de moléculas autorreplicantes que se formaram por meios puramente químicos há mais de 3,5 bilhões de anos. As formas sucessivas de vida foram produzidas pelo processo de “descendência com modificação”, como o chamou Darwin, e estão relacionadas umas às outras por uma genealogia ramificada, a árvore da vida. Nós, seres humanos, somos mais próximos dos chimpanzés e dos gorilas, com quem tivemos um ancestral em comum há 6 ou 7 milhões de anos. […] A origem de todos os vertebrados (mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes) remonta a uma pequena criatura similar a um peixe que carecia de espinha dorsal, que existiu há mais de 500 milhões de anos (Brian e Deborah Charlesworth, Evolução [Porto Alegre: L&PM, 2012], p. 9, grifo nosso).

Diante desse consenso científico (ou praticamente isso), é intelectualmente viável continuar sustentando a posição criacionista?

Antes de respondermos essa pergunta, é preciso admitir que, em geral, a defesa do criacionismo mais atrapalha do que ajuda, mesmo do ponto de vista dos que adotam essa visão. O biólogo e paleontólogo criacionista Leonard Brand, Ph.D. em biologia evolutiva pela Cornell University, explica:

Muito do material criacionista existente supõe que a evolução é apenas uma teoria sem sentido que oferece às pessoas uma forma de fugir da verdade sobre Deus. Esses criacionistas pensam que, se os evolucionistas simplesmente enxergassem as evidências óbvias, perceberiam que a Criação é verdadeira. […]

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Ainda que bem-intencionadas, algumas pessoas usam essa abordagem com os jovens cristãos, muitos dos quais frequentam universidades públicas onde cientistas lhes apresentam um gigantesco conjunto de dados que destrói suas crenças criacionistas. Então, esses jovens descobrem que a evolução não é uma teoria estúpida, mas pode ser apoiada por uma esmagadora variedade de evidências. Nesse processo, muitos deles acabam perdendo a fé.

Seria muito melhor explicar aos jovens que os evolucionistas são pessoas inteligentes, que possuem ampla evidência para sua compreensão, mas que há outras maneiras (a nosso ver, melhores) de interpretar as evidências. Embora tenhamos boas razões para nossa posição, não devemos subestimar a habilidade dos evolucionistas em defender a deles (Leonard Brand e Cindy Tutsch, “Presenting evolution and Creation: How? [Part 1]”, Ministry, fevereiro de 2005, p. 21, 30).

Desfazendo mitos sobre o criacionismo

Nesse diálogo, precisamos ter o cuidado de não superenfatizar as diferenças entre a evolução e o criacionismo. O Dr. Leonard Brand esclarece:

A palavra “evolução” significa mudança. Há suficiente evidência de que esse processo evolutivo (ou alguma variação dele) realmente acontece e produz novas variedades e novas espécies. […] Em quase todos os aspectos, intervencionistas [ou criacionistas] e evolucionistas naturalistas concordam sobre a maneira pela qual esses processos acontecem. […]

Embora os intervencionistas sejam com frequência representados como antievolucionistas, o fato é que eles aceitam [a existência de] um processo de mudança morfológica [ou seja, evolução]. […]

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Dois dos mais respeitados livros-texto sobre evolução –  Mark Ridley, Evolução (Porto Alegre: Artmed, 2006) e Douglas J. Futuyma, Biologia evolutiva (Ribeirão Preto: Funpec Editora, 2009) –  apresentam ampla evidência em favor da realidade da microevolução e da especiação. Discutem também padrões no registro fóssil, adaptações biológicas e outros conceitos usados como evidências da megaevolução. Mas esses conceitos não descartam o intervencionismo. […]

É interessante ponderar sobre isso quando participo de encontros de organizações científicas como a American Society of Mammalogists (Sociedade Americana de Mastozoologia) ou a Geological Society of America (Sociedade Geológica Americana). A maioria dos cientistas presentes nesses encontros rejeitaria o intervencionismo, e a maioria provavelmente presume que intervencionistas não podem ser cientistas eficientes. Contudo, provavelmente 80 ou 90 por cento da pesquisa relatada poderiam ser desenvolvidos por qualquer intervencionista com formação na área.

Mesmo na área da evolução, a maior parte do que é estudado se limita a microevolução, especiação e os aspectos da macroevolução aceitos também por intervencionistas. Isso é verdade também em relação à maioria dos aspectos das ciências da terra, especialmente as áreas relacionadas à pesquisa experimental ou à comparação com os processos atuais. Nesses temas científicos, há coletas de dados relevantes e testes de hipóteses eficazes, independentemente da filosofia pessoal  do pesquisador (Leonard Brand, Faith, Reason, and Earth History: A Paradigm of Earth and Biological Origins by Intelligent Design, 2ª edição [Berrien Springs, MI: Andrews University Press, 2009], p. 175-176, 190, 281, 299, grifo nosso).

Um rumo para o criacionismo

Voltemos à pergunta inicial: é ainda academicamente viável, no século 21, sustentar o criacionismo? É possível aceitar o relato bíblico da Criação sem comprometer a integridade intelectual?

Creio que sim. E, na minha opinião, a melhor defesa dessa resposta é apresentada por Fernando Canale no livro Creation, Evolution and Theology: An Introduction to the Scientific and Theological Methods (Criação, evolução e teologia: uma introdução aos métodos científico e teológico) (Libertador San Martín: Editorial Universidad Adventista del Plata, 2009). O Dr. Canale é professor de teologia e filosofia na Andrews University (EUA) e um especialista em filosofia contemporânea. Em breve, esse livro será publicado em português. Até lá, você pode ler a versão prévia desse estudo, publicada em três partes no periódico Andrews University Seminary Studies (, e partes).

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Em poucas palavras, Canale argumenta que a solução para a sobrevivência intelectual do criacionismo é a filosofia contemporânea (pós-moderna).

Mas o pós-modernismo não é ruim?

A compreensão pós-moderna sobre a verdade com frequência é mal-interpretada. Em outro artigo deste blog, “Pós-modernidade: inimiga ou amiga?”, Ed René Kivitz esclarece que a pós-modernidade não “nega a existência da verdade; ela só diz que a razão humana não dá conta de conhecer a verdade”.

Simplificando bastante a argumentação do Dr. Canale, o que ele diz é o seguinte:

A compreensão modernista (iluminista) sobre a razão humana supõe a existência de uma “verdade universal absoluta” independente da contribuição do sujeito (observador). Em outras palavras, a razão humana é capaz de estabelecer, de maneira segura, o que é verdade e o que é erro. Mas o pós-modernismo derrubou o mito da razão como o árbitro absoluto do que é a verdade. A filosofia pós-moderna pode ser resumida pela frase: “Conhecer é interpretar” (Richard Rorty). Ao contrário do que popularmente se imagina, isso não significa negar a existência de uma verdade absoluta, mas negar a afirmação de que alguém é capaz de alcançar um conhecimento absoluto ou preciso.

O filósofo Paul Feyerabend argumenta que, “de acordo com os nossos resultados atuais, dificilmente alguma teoria é consistente com os fatos. A exigência por sustentar somente as teorias que são consistentes com os fatos disponíveis e aceitos nos deixaria novamente sem nenhuma teoria. Repito: sem nenhuma teoria, porque não existe uma única teoria que não possua dificuldades”.

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O mito modernista da ciência consiste na ilusão de que os dados empíricos (produzidos por testes e experiência) são um fundamento que produz resultados “verdadeiros”, absolutos, universais e totalmente seguros. Mas hoje sabemos que os princípios e as regras da ciência são, em si mesmos, o produto de interpretações que mudam com o passar do tempo.

Os cientistas não mais podem supor que a aplicação das “regras corretas” do jogo (método científico) produzirá apenas uma explicação possível da realidade, especialmente quando a questão é tão complexa e abrangente quanto o assunto das origens. Quanto mais complexos são os fatos, maior é a probabilidade de surgirem várias explicações racionalmente possíveis.

Portanto, nem a Criação nem a Teoria da Evolução pode ser considerada “irracional” ou “não científica”; ambas são racionais, mas atuam sob diferentes regras de racionalidade e método. E, no caso de conflito entre teorias, a filosofia pós-moderna sustenta que a razão pode somente nos ajudar a interpretar a realidade, mas não pode decidir qual interpretação é a verdadeira (absoluta). Sendo que a razão não possui regras universais, as escolhas sempre envolvem algum tipo de “fé”, não somente na teologia, mas também na ciência. Tanto a Criação como a Teoria da Evolução produzem explicações coerentes e persuasivas que podem ser aceitas somente com base na “fé” em seus respectivos fundamentos (pressuposições).

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Do ponto de vista da razão humana, Criação e evolução não são fatos, mas teorias que reconstroem eventos passados que permanecem fora da nossa experiência empírica. Em termos de sua condição teleológica, a ciência das origens é histórica (estuda o passado) e, portanto, difere radicalmente do método da ciência empírica (experiências). Em relação à Criação e à Teoria da Evolução, nenhuma corroboração é possível em termos racionais (adaptado de Canale, Creation, Evolution, and Theology, p. 43-51, 160-166).

A fim de se perceber a relevância do livro de Canale, é interessante conferir a resenha crítica feita pelo Dr. Ervin Taylor, um dos mais destacados cientistas cristãos que defendem a Teoria da Evolução (“Review Article: Fernando Canale’s Creation, Evolution, and Theology: The Role of Method in Theological Accommodation”, Andrews University Seminary Studies, v. 46, nº 1 [primavera de 2008], p. 83-90). Embora aponte várias supostas falhas na argumentação de Canale, Taylor afirma que, entre as publicações criacionistas, “esse livro é singular” (p. 83). De acordo com ele, o livro “desmente a imagem popular de que os fundamentalistas […] são desinformados, não instruídos ou intelectualmente inferiores. Essa obra densamente argumentada de erudição deveria pôr fim a esse mito” (p. 89). Por isso, acredito que a argumentação do Dr. Canale (embora bastante simplificada acima) seja o melhor rumo que os criacionistas podem tomar no diálogo sobre evolução e criacionismo.

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O mensageiro é a mensagem https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/02/o-mensageiro-e-a-mensagem/ Thu, 01 Jan 1970 00:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/02/o-mensageiro-e-a-mensagem/ A maneira pela qual devemos navegar nessas águas culturais vem da compreensão de que em uma cultura pós-moderna o mensageiro é a mensagem. Como somos vistos é tão importante quanto as verdades que transmitimos. As pessoas assimilam aquilo que veem. A atitude cultural da igreja local comunicará a pessoa a …

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A maneira pela qual devemos navegar nessas águas culturais vem da compreensão de que em uma cultura pós-moderna o mensageiro é a mensagem. Como somos vistos é tão importante quanto as verdades que transmitimos. As pessoas assimilam aquilo que veem. A atitude cultural da igreja local comunicará a pessoa a conduta de Cristo, que foi amplamente atraente e aceita pelos “pecadores” de seus dias, ou reforçará um estereótipo que presta um desserviço a Jesus. […]

De modo geral, as novas gerações não perguntam: “O que é a verdade?”. Elas perguntam: “Será que eu quero ser igual a você?”. Em outras palavras, elas veem a verdade como relacional. “Se eu quero ser igual a você, então quero considerar o que você crê. Se eu não vejo nada real ou atrativo em você ou em seus amigos como seguidores de Cristo, não importa quão  ‘verdadeiro’ você pensa que algo seja, não estou interessado”.

Descobri que muito do pensamento pós-moderno oferece mais uma oportunidade em potencial do que uma ameaça à Igreja. Por quê? Primeiro, porque o pensamento pós-moderno tornou a busca espiritual culturalmente aceitável. Isso oferece uma oportunidade não vista nas décadas passadas de nutrir a alma de uma geração espiritualmente faminta. Ela não teme o mistério de Deus, mas aceita-o. Deseja experimentar as verdades mais profundas da existência que satisfazem espiritualmente.

Segundo, podemos voltar ao plano do Senhor para apresentar a verdade. Como podem as pessoas pós-modernas terem uma melhor experiência com Cristo, a Verdade, reapresentado na carne? Por meio de seu Corpo! De acordo com a Bíblia, a Igreja é o Corpo de Cristo. Creio que ela perdeu o senso de verdadeira identidade e mistério sob o olhar examinador do pragmatismo moderno. […] Cristo realmente conduz aqueles que buscam a verdade, à medida que eles a encontram e experimentam na igreja local.

As pessoas experimentam a verdade não apenas em palavras, mas em carne e osso, quando a igreja “ajustada e unida pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesma em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função” (Efésios 4:16). Esse é o real objetivo para criarmos uma cultura, reapresentar o Corpo de Cristo no mundo. – John Burke, Proibida a entrada de pessoas perfeitas: um chamado à tolerância na igreja (São Paulo: Editora Vida, 2006), p. 50-51, 54 (grifo nosso).

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O único método https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2013/02/o-unico-metodo/ Thu, 01 Jan 1970 00:00:00 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/2013/02/o-unico-metodo/ O método de Cristo é o único que trará verdadeiro êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-Se com as pessoas como alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-Me”. É necessário se aproximar das pessoas através …

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O método de Cristo é o único que trará verdadeiro êxito em alcançar o povo. O Salvador misturava-Se com as pessoas como alguém que desejava o bem delas. Mostrava simpatia por elas, ministrava às suas necessidades e ganhava sua confiança. Então dizia: “Siga-Me”.

É necessário se aproximar das pessoas através do contato pessoal. Se fosse gasto menos tempo em pregar sermões, e mais tempo fosse dedicado ao serviço pessoal, maiores resultados seriam vistos. Os pobres devem ser auxiliados, os doentes cuidados, confortados os aflitos e os que sofreram perdas, os ignorantes instruídos e os inexperientes orientados. Devemos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliada ao poder da convicção, da oração e do amor de Deus, essa tarefa jamais ficará sem frutos. […]

Muitos não têm fé em Deus, e perderam a confiança no ser humano. Mas apreciam os atos de simpatia e prestatividade. O coração dessas pessoas é tocado ao verem alguém, sem nenhum estímulo de recompensa, ir a sua casa, ministrando ao doente, alimentando o faminto, vestindo o nu, confortando o triste e amavelmente falando de Jesus, Aquele de cujo amor e misericórdia somos meros mensageiros. Então surge a gratidão. Acende-se a fé. Veem que Deus cuida deles, e finalmente estão receptivos a ouvir a Palavra. – Ellen White, A ciência do bom viver, p. 143, 145.

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