Igreja Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/categorias/comunidade/ cristianismo no mundo contemporâneo Sun, 18 Feb 2018 01:53:03 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.0.1 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/wp-content/uploads/2018/02/missaopm-alpha-ico-150x150.png Igreja Archives - Missão Pós-Moderna https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/categorias/comunidade/ 32 32 Espiritualidade bíblica e formação espiritual https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2016/04/espiritualidade-biblica-e-formacao-espiritual/ Mon, 25 Apr 2016 17:12:44 +0000 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/?p=2244 (Declaração da Universidade Andrews) O ensino de “formação espiritual” em universidades e faculdades adventistas se tornou um assunto muito debatido nos últimos anos. Recentemente, o Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia e a Universidade Andrews têm estado sob vigilância por oferecer aulas de formação espiritual aos seus alunos. Com a …

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(Declaração da Universidade Andrews)

O ensino de “formação espiritual” em universidades e faculdades adventistas se tornou um assunto muito debatido nos últimos anos. Recentemente, o Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia e a Universidade Andrews têm estado sob vigilância por oferecer aulas de formação espiritual aos seus alunos.

Com a disseminação da espiritualidade oriental e da Nova Era em livros populares, meios de comunicação e sites, cristãos de todas as denominações têm se tornado conscientes dos perigos dessas “novas” abordagens à comunhão com o divino. Os adventistas do sétimo dia estão naturalmente preocupados com essa nova tendência, porque a autêntica espiritualidade cristã tem sido um dos nossos valores fundamentais desde nosso início como denominação, há 160 anos. Durante sua vida, Ellen White falou frequentemente sobre a necessidade de leitura e meditação na Palavra de Deus, oração e jejum. Ela advertiu que devemos “[cultivar] o amor pela espiritualidade e verdadeira piedade” (Testemunhos Para a Igreja, v. 2, p. 315). Ela também declarou: “Um reavivamento da verdadeira piedade entre nós, eis a maior e a mais urgente de todas as nossas necessidades” (Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 121). Por mais de um século temos defendido e promovido através de conferências e publicações os temas do estudo pessoal da Bíblia, oração, vida devocional, guarda do sábado, jejum, desenvolvimento da fé e muitas outras abordagens ao crescimento espiritual e à santificação. E, hoje, nossa Igreja está novamente enfatizando reavivamento e reforma, espiritualidade e discipulado. A vida genuína e autêntica que vivemos impactará o mundo para Cristo.

Em 2005, a assembleia da Associação Geral votou acrescentar uma nova crença fundamental intitulada “Crescimento em Cristo”. Essa crença fundamental destaca a necessidade do crescimento espiritual. A última parte dessa declaração diz: “Nesta nova liberdade em Jesus, somos chamados a crescer na semelhança de Seu caráter, comungando com Ele diariamente em oração, alimentando-nos de Sua Palavra, meditando nela e na Sua providência, cantando Seus louvores, nos reunindo nos cultos e participando da missão da igreja. Ao entregar-nos para o amoroso serviço em prol dos que estão em torno de nós e ao testemunharmos de Sua salvação, Sua constante presença conosco através do Espírito transforma cada momento e cada tarefa em uma experiência espiritual.”

Dado o mundo em que vivemos, o Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia crê que possui a responsabilidade de ensinar seus alunos e pastores acerca da espiritualidade cristã. Nossas aulas enunciam claros princípios bíblicos, teológicos e adventistas. Selecionamos cuidadosamente bons livros acadêmicos sobre esse assunto, e a escolha dos livros que adotamos para nossas aulas não significa que aceitamos tudo o que é dito por esses autores. No entanto, cremos que um dos objetivos da formação acadêmica é desenvolver a habilidade de discernimento, e desejamos ensinar nossos alunos a serem pensadores profundos e não meros refletores do pensamento de outras pessoas. Pela graça de Deus, queremos ser fiéis à nossa missão à medida que equipamos nossos estudantes para se tornarem bons mentores e ministros de nossa fé e herança e à medida que eles ajudam os membros da igreja a aprofundarem sua jornada com Deus.

Alguns acusam o Seminário de ensinar tipos contemplativos e emergentes de espiritualidade, pelo fato de que essa disciplina da faculdade é denominada “Formação Espiritual”. Mas não ensinamos tais abordagens ao desenvolvimento espiritual. Nos círculos acadêmicos, a expressão “formação espiritual” é sinônimo de crescimento espiritual em direção à maturidade piedosa, ou o processo de discipulado e santificação cristã. É injusto e falso afirmar que formação espiritual é algo maligno por estar associada com os escritos dos Pais da Igreja, algumas vertentes atuais do pensamentos católico romano e algumas práticas devocionais de outras religiões. O propósito da formação espiritual é ensinar aos alunos o que as Escrituras dizem sobre ter uma vida de genuíno compromisso com Deus, estar aberto às convicções do Espírito Santo e ser regenerado em Cristo. Formação espiritual é um termo acadêmico usado para descrever disciplinas ou assuntos que lidam com o desenvolvimento espiritual e o fortalecimento da fé. Ao utilizarmos esse termo, estamos dizendo que oferecemos aulas baseadas na Bíblia que focalizam a vida espiritual de nossos alunos. E não deveríamos fazer mais, e não menos, quanto a esse tipo de desenvolvimento da fé? No entanto, com o objetivo de evitar mal-entendidos adicionais, decidimos mudar o nome dessa disciplina, que passou a se chamar “Espiritualidade Bíblica”. Esperamos que isso ajude a aliviar a preocupação de algumas pessoas sinceras.

Por favor, una-se a nós em oração pelo crescimento espiritual dos alunos de nossas instituições adventistas.

Denis Fortin, Ph.D.
Reitor do Seminário Teológico Adventista
Universidade Andrews
(2006-2013)

Fonte: “Teaching Biblical Spirituality”

Uma “declaração oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia sobre espiritualidade bíblica” foi publicada como “A statement on biblical spirituality”, Ministry, agosto de 2012, p. 12-16 (disponível aqui).

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22 livros adventistas para ler antes da volta de Jesus https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2016/04/22-livros-adventistas-para-ler-antes-da-volta-de-jesus/ Sat, 23 Apr 2016 22:36:39 +0000 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/?p=2225 Com a ajuda de alguns amigos, preparei estas sugestões de livros publicados em português que considero extremamente relevantes para adventistas (não só pastores). Obviamente, não pretendemos fazer algo definitivo. Nem todos poderão concordar, principalmente com os materiais que ficaram de fora. Mas, com esta lista, queremos incentivá-lo a pensar em …

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Com a ajuda de alguns amigos, preparei estas sugestões de livros publicados em português que considero extremamente relevantes para adventistas (não só pastores). Obviamente, não pretendemos fazer algo definitivo. Nem todos poderão concordar, principalmente com os materiais que ficaram de fora. Mas, com esta lista, queremos incentivá-lo a pensar em obras que foram importantes em sua jornada cristã. Nada mais importante do que começar essa troca de materiais entre nós.

• Espiritualidade e vida devocional

DE BENEDICTO, Marcos. O Brilho da Vida: Experimente o poder de Deus em seu dia a dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. 184 páginas.

MAXWELL, Randy. Se Meu Povo Orar. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. 176 páginas.

RICHARDS JR., H. M. S.; GUILD, Daniel R. Boas-novas Para Você – Meditações Diárias 2004. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. 377 páginas.

• Igreja e missão

BULLÓN, Alejandro. A Alegria de Testemunhar: Como falar de Jesus de maneira eficaz. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 104 páginas.

BURRILL, Russell. Como Reavivar a Igreja do Século 21: O poder transformador dos pequenos grupos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 176 páginas.

_______. Discípulos Modernos: O desafio de Cristo para cada membro da igreja. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2006. 144 páginas.

GANE, Barry. O Caminho de Volta: Como reconquistar os jovens que abandonaram a igreja. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 112 páginas.

• Doutrinas bíblicas

GIBSON, L. James; RASI, Humberto M. (Orgs.). Mistérios da Criação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2013. 190 páginas.

HOLBROOK, Frank B. O Sacerdócio Expiatório de Jesus Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2002. 272 páginas.

Nisto Cremos: As 28 Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2008. 480 páginas.

• História e identidade adventista

KNIGHT, George R. Uma Igreja Mundial: Breve história dos adventistas do sétimo dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2000. 158 páginas.

_______. Em Busca de Identidade: O desenvolvimento das doutrinas adventistas do sétimo dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2005. 224 páginas.

_______. A Visão Apocalíptica e a Neutralização do Adventismo: Estamos apagando nossa relevância? Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2010. 112 páginas.

• Estudo e exposição da Bíblia

KNIGHT, George R. Caminhando com Jesus no Monte das Bem-aventuranças – Meditações Diárias 2001. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2001. 376 páginas.

PFANDL, Gerhard (Org.). Interpretando as Escrituras: Descubra o sentido dos textos mais difíceis da Bíblia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2015. 384 páginas.

REID, George W. (Ed.). Compreendendo as Escrituras: Uma abordagem adventista. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2007. 363 páginas.

REIS, Emilson dos. Introdução Geral à Bíblia: Da revelação até os dias de hoje. Engenheiro Coelho: Unaspress, 2016. 176 páginas.

• Evangelho e salvação

KNIGHT, George R. A Mensagem de 1888. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2003. 203 páginas.

_______. Pecado e Salvação: O que é ser perfeito aos olhos de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2016. 232 páginas.

LARONDELLE, Hans K. O que é Salvação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1998. 114 páginas (formato de bolso).

PAROSCHI, Wilson. Só Jesus: Porque em nenhum outro há salvação. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1997. 128 páginas.

VENDEN, Morris. 95 Teses Sobre Justificação Pela Fé. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 1990. 290 páginas (formato de bolso).

Bônus: 4 livros em inglês

KNIGHT, George R. Reading Ellen White: How to Understand and Apply Her Writings. Hagerstown, MD: Review and Herald, 1997. 140 páginas.

PAULIEN, Jon. Meet God Again for the First Time. Hagerstown, MD: Review and Herald, 2003. 159 páginas.

_______. Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation. Boise, ID: Pacific Press, 2008. 190 páginas.

RODRÍGUEZ, Ángel Manuel. Future Glory: The Eight Greatest End-Time Prophecies in the Bible. Hagerstown, MD: Review and Herald, 2002. 152 páginas.

3 obras de referência (para pesquisar e consultar)

Bíblia de Estudo Andrews. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2015.

DEDEREN, Raoul (Ed.). Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2011.

FORTIN, Denis; MOON, Jerry (Orgs.). Enciclopédia de Ellen G. White. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, a ser publicado.

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Não há solução! https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2016/04/nao-ha-solucao/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2016/04/nao-ha-solucao/#comments Tue, 19 Apr 2016 21:48:34 +0000 https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/?p=2220 “E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por …

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“E, chegando Faraó, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios vinham atrás deles, e temeram muito; então, os filhos de Israel clamaram ao SENHOR. Disseram a Moisés: Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos tiraste de lá, para que morramos neste deserto? Por que nos trataste assim, fazendo-nos sair do Egito?” (Êxodo 14:10-11)

Refletindo sobre casos que noto em minha realidade, concluo: não há solução!

Por exemplo, as pessoas não tem a menor condição de distinguir entre um líder que é tão somente um bom orador, um bom administrador, um “cara legal”, de um genuíno pregador do evangelho. Assim, o povo não sabe e não tem como cobrar dos líderes; por isso, os líderes se acomodam ainda mais; consequentemente, geram mais pessoas que não sabem cobrar; que geram mais líderes acomodados; que geram… E a cadeia da ignorância se retroalimenta infinitamente. Um ciclo vicioso que sobrevive da nossa falta de Bíblia, de fé, de evangelho, e que deixa um monstruoso rastro de destruição por onde passa. Afinal, como esperamos ter casamentos, famílias, membros, líderes saudáveis se nos falta o essencial, se nos falta Bíblia?

Israel vibrava a cada maravilha operada pelo grande Eu Sou no meio dos Egípcios, para em seguida voltar-se contra Ele quando as coisas não se mostravam como eles imaginavam. Assim como Israel, nos esquecemos da Palavra de Deus. Assim como Israel, quando Deus aparece diante de nós, gostamos das maravilhas que Sua Palavra opera, mas a usamos apenas como amuleto, caixinha de promessa e símbolo de status espiritual. Deixe que as pessoas (sejam elas liberais ou conservadoras) saibam o que a Bíblia de fato ensina e veja como se voltarão contra ela. Grande parte dos ditos cristãos ama a Bíblia que criaram para si, mas odeia a Bíblia que Deus lhes deu. Em alguns casos, apenas peça gentilmente a um professo cristão a base bíblica para determinada prática e ganhe um inimigo.

Não à toa, os divórcios estão cada vez mais banais, a apostasia cada vez mais em alta e o materialismo e alienação entre os que ficam só tende a aumentar. É a Escritura que é “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3:16). Se não temos as Escrituras, estaremos cada vez mais sem ensino, incorrigíveis e deseducados acerca de tudo o que justo. Não temos como esperar nada diferente disso. É ladeira a baixo. A saúde de uma igreja está no evangelho. Se as pessoas sequer sabem o que é isso (e, não, não sabem) a tendência é vermos igrejas cada vez mais adoecidas. Não é brincadeira. Espere pelo pior.

Por essas e muitas outras, creio que um reavivamento só poderá vir como fruto de uma grande intervenção sobrenatural divina. O quadro geral é completamente desesperador. Israel teve de chegar diante da desesperadora situação de ter um vasto mar diante de si e egípcios furiosos em seu encalço a fim de que, quando Deus operasse, ninguém em são juízo pudesse alegar que o povo escapou por qualquer ação humana. Da mesma forma, quando Deus decisivamente intervir, ficará acima de qualquer suspeita que não foi esforço, talento nem sabedoria humana, mas a mão do Todo-Poderoso que, no tempo exato, decidiu cabalmente agir.

“Moisés, porém, respondeu ao povo: Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do SENHOR que, hoje, vos fará; porque os egípcios, que hoje vedes, nunca mais os tornareis a ver. O SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis. Disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 14:13-15).

Às vezes, perco as esperanças, já que vejo um quadro desesperador e que só tende a piorar. De fato, esqueço por alguns instantes que Deus está no controle e que aquilo que, aos meus olhos, parece desesperador é, na verdade, a permissão divina para que as peças se encaixem dando lugar à ação miraculosa que Ele pretende operar. É confortante o apoio e desabafos durante o caminho; só não há necessidade de abandonar a estrada, pois, por mais confusa que pareça a situação, tudo está sob o controle dAquele que não falha, daquele que sustém o Universo em Suas mãos.

Às vezes parece que simplesmente não temos a quem recorrer. E isso é ótimo! Dizem que a noite é mais escura quanto mais próximo o raiar do dia. Precisamos chegar a um ponto em que não tenhamos mais nada, somente a Deus, pois, somente então, é que teremos tudo o que precisamos.

Seus esforços para ensinar sua igreja local parecem dar em nada? Aprouve a Deus que assim parecesse. Não deixe de se esforçar. Deus arquitetou todo um plano de fuga que os israelitas se esforçaram em cumprir, mas tudo lhes pareceu completamente vão ao depararem com o mar diante de si e os cavalos de faraó já bufando em suas nucas. Não imaginavam que estavam prestes a presenciar um colossal milagre. Embora aprouve a Ele nos deixar ser parte do plano que está para operar; assim como fez ao povo de Israel, quando chegarmos a um ponto de fato crítico em nossa história, o grande Eu Sou salvará o povo dEle sem auxílio de mãos humanas, sem auxílio dos meus e dos seus esforços (e até mesmo apesar deles). E, quando Ele operar, não haverá escusas para descrença. Tudo está se arranjando para que não reste a mínima brecha para confiança própria.

A tipologia de Israel no deserto nos dá indícios de como Deus livrará Sua Igreja. Deus salvando o Israel étnico de uma situação inssolucionável, para a qual os maiores esforços humanos seriam reduzidos a nada, é nada menos do que o evangelho. O próprio Eu Sou dará outra grande demonstração do evangelho aos Seus. Portanto, aquiete-se e veja o livramento que o Senhor fará. O Senhor, mais uma vez, pelejará por Seu povo, então nos calaremos e só abriremos novamente a boca quando em segurança, cantarmos: “O SENHOR é a minha força e o meu cântico; Ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, eu o louvarei. […] Com a tua beneficência guiaste o povo que salvaste; com a tua força o levaste à habitação da tua santidade” (Êxodo 15:2, 13).

A situação é angustiante? Ficará pior. Só Ele para solucioná-la. Não faço a menor ideia de como Ele fará, só sei que Ele fará. Peço apenas que, conforme a Sua infinita graça, eu possa fazer parte disso e, até lá, continuar marchando.

(Vanedja Cândido)

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Templo de Macedo https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/templo-de-macedo/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/templo-de-macedo/#comments Thu, 14 Aug 2014 21:58:48 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2136 A construção de um novo templo da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo tem sido objeto de muita atenção. A obra multimilionária do bispo Edir Macedo criou uma monumental construção em um bairro tradicional paulista, sob suspeita de fraudes e irregularidades (veja aqui). O curioso é que …

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A construção de um novo templo da Igreja Universal do Reino de Deus em São Paulo tem sido objeto de muita atenção. A obra multimilionária do bispo Edir Macedo criou uma monumental construção em um bairro tradicional paulista, sob suspeita de fraudes e irregularidades (veja aqui). O curioso é que o templo é chamado de “Templo de Salomão” (veja aqui), o que remete a algumas ideias interessantes.

O templo de Salomão da Bíblia, assim como o templo de Macedo do Brás, não foi construído por uma iniciativa divina. Quando Davi revelou sua intenção de construir um templo, Deus respondeu que não tinha pedido a ninguém para Lhe construir uma casa suntuosa, já que Ele habitava na tenda do santuário desde o período do Êxodo no deserto (2Sm 7:5-7; 1Cr 17:4-6). Ainda assim, Deus aceita o templo, e determina que o filho de Davi, Salomão, iria construí-lo.

A valorização de imensos monumentos religiosos era comum nas religiões antigas, mas nunca foi um aspecto característico da religião bíblica. Apesar de o templo de Salomão ser incomparavelmente mais esplêndido do que o construído posteriormente por Zorobabel, que parecia “como nada aos vossos olhos”, a glória deste segundo templo é maior que a do primeiro, segundo o profeta Ageu, e ali Deus daria a Sua paz (Ag 2:3, 6-9). Mesmo esse templo sendo muito mais modesto, ainda foi admirado e exaltado pelos discípulos, atitude que não foi compartilhada por Jesus (Lc 21:5-6; Mc 13:1-2).

Curiosamente existe um outro elemento associado ao santuário. Quando Deus termina de descrever a Moisés cada parte do tabernáculo que deveria ser construído no deserto, uma última ordem é dada como conclusão das orientações divinas: a guarda do sábado como um “sinal” eterno (Êx 31:12-18). O sábado é estabelecido como um santuário construído no tempo (veja Abraham Joshua Heschel, O Schabat: seu significado para o homem moderno [São Paulo: Perspectiva, 2004]). Nos mitos pagãos da criação do mundo, quando os deuses terminam sua criação, um memorial é construído: uma árvore, uma montanha ou até uma cidade é consagrada. No mito babilônico da criação do mundo Enuma Elish, a criação termina na tábua 5 com um cântico de louvor a Marduk e a construção da cidade da Babilônia. Porém na narrativa bíblica a primeira coisa a ser consagrada, logo após a criação, é o tempo, um dia, o sábado (Gn 2:1-3).

No pensamento bíblico o tempo sagrado é superior ao espaço sagrado. A presença de Deus se manifesta em todo lugar (Is 6:3; Sl 139:7-10), mas não em todo tempo. O espaço não pode limitar a ação de Deus, mas há momentos de silêncio e momentos de grande manifestação divina (Sl 75:2; Ec 3:17; Is 42:13-15). Deus não exigiu que Israel tivesse diversos santuários espalhados pelo seu território, mas determinou diversos dias sagrados, que estavam ligados a eventos no tempo (Lv 23; Nm 28:16 – 29:40) – e apontavam para o passado e para o futuro. A ênfase de Deus é no tempo, e não no espaço. Quando perguntado sobre o local ideal de adoração, Jesus responde: “Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (veja Jo 4:19-24). Mais importante que o local de adoração é o momento. Não é o local que dá significado ao tempo passado nele. É o tempo que dá significado ao local.

O Deus de Israel é o Deus da história, mais do que o Deus da geografia (veja Heschel, O Schabat). O espaço pode ser modificado pelo homem, comprado, destruído, restaurado. O tempo é domínio divino. Todo ser humano, rico, pobre, judeu, cristão, pagão, palestino, africano, todos têm o mesmo acesso ao tempo. Ninguém pode destruir ou possuir determinado dia. O tempo pertence a todos, e ao mesmo tempo a ninguém.

E de todos os homens Deus exige um tempo, um dia de consagração, o sábado (Êx 20:8-11; Is 56:1-3; Is 58:13-14). O sábado é um refúgio para o encontro com Deus ainda melhor do que o Templo. No templo de Salomão era proibido qualquer estrangeiro oficiar um serviço religioso (Lv 22:10), porém

Aos estrangeiros que se chegam ao Senhor […] todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte […] porque a Minha casa será chamada Casa de Oração para todos os povos (Is 56:6-7).

O acesso ao templo de Salomão era proibido a qualquer pessoa mutilada ou com deficiência física (Lv 21:16-23). Mas é dito:

Aos eunucos [castrados] que guardam os Meus sábados […] darei na Minha casa e dentro dos Meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas […] que nunca se apagará (Is 56:4-5).

Isaías fala da construção do templo pelos homens com uma certa ironia:

Assim diz o Senhor: O céu é o Meu trono, e a terra, o estrado dos Meus pés; que casa Me edificareis vós? E qual é o lugar do Meu repouso? Porque a Minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o Senhor, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da Minha palavra (Is 66:1-2).

A atenção divina está voltada para o coração humano, mais do que a templos e santuários. Quando Deus estabelece a construção do tabernáculo do deserto, a intenção dEle era a habitação com o homem. “E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo 25:8). É possível a leitura do hebraico veshakhanti betokhem (e habitarei no meio deles) como “E habitarei neles [dentro deles]”. Essa parece ser a interpretação de Paulo desse texto em 2 Coríntios 6:16. A qualidade do tempo que o homem dedica a Deus – seja qual for o lugar – é o que constrói o seu relacionamento com Ele. Espero que os seguidores de Macedo tenham bons momentos espirituais no templo que construíram, e nós também em nossas igrejas, casas, nas ruas, nos carros, em todo lugar. O momento de habitação de Deus com o homem – isso é o verdadeiro templo sagrado (Ap 21:22; 1C 3:16), maior e mais importante do que o templo de Salomão, de Zorobabel – e de Macedo.

(Rolnei Tavares)

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O clamor da igreja https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/o-clamor-da-igreja/ Tue, 12 Aug 2014 17:48:23 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2123 É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo (pastor Miguel Uchôa). Tenho parentes em outras cidades e frequentemente presencio pregações que não alimentam o rebanho. Saímos a nos perguntar: Como uma igreja consegue sobreviver, domingo após domingo [ou sábado após sábado], com aquelas migalhas? …

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É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo (pastor Miguel Uchôa).

Tenho parentes em outras cidades e frequentemente presencio pregações que não alimentam o rebanho. Saímos a nos perguntar: Como uma igreja consegue sobreviver, domingo após domingo [ou sábado após sábado], com aquelas migalhas? (membro da igreja do pastor Ed René Kivitz, via Facebook).

Quando uma igreja se acostuma com a pregação expositiva da Bíblia, ela não quer mais mastigar palha. Depois que ela descobre a riqueza da Escritura, não tolera mais escutar sermão que não expõe a Escritura (pastor Hernandes Dias Lopes).

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Templo = igreja, sacerdotes = pastores? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/templo-igreja-sacerdotes-pastores/ Mon, 11 Aug 2014 10:20:01 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2107 Muitos cristãos acreditam que o santuário/templo do Antigo Testamento corresponde à ‘igreja’ (prédio) e que os sacerdotes israelitas correspondem aos pastores. No entanto, essa ideia é contrária aos ensinamentos do Novo Testamento. Por isso, ela é corretamente rejeitada pelas igrejas evangélicas em geral, inclusive a IASD. Acompanhe um resumo do que o Novo …

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Muitos cristãos acreditam que o santuário/templo do Antigo Testamento corresponde à ‘igreja’ (prédio) e que os sacerdotes israelitas correspondem aos pastores. No entanto, essa ideia é contrária aos ensinamentos do Novo Testamento. Por isso, ela é corretamente rejeitada pelas igrejas evangélicas em geral, inclusive a IASD. Acompanhe um resumo do que o Novo Testamento ensina sobre o assunto.

Santuário/templo

  • Na nova aliança, o santuário/templo físico desaparece

Todavia, o Altíssimo não habita em casas feitas por homens (At 7:48).

  • No Céu, há o santuário celestial (que já existia nos tempos do Antigo Testamento)

O mais importante do que estamos tratando é que temos um sumo sacerdote como esse [Jesus], o qual Se assentou à direita do trono da Majestade nos céus e serve no santuário, no verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem (Hb 8:1-2).

Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; Ele entrou nos céus, para agora Se apresentar diante de Deus em nosso favor (Hb 9:24).

  • Na Terra, o santuário/templo são os cristãos individuais e a comunidade cristã

Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? […] O santuário de Deus, que são vocês, é sagrado (1Co 3:16-17).

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? (1Co 6:19).

Sacerdotes

  • Cristo é nosso Sumo Sacerdote no santuário celestial

Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos (Hb 4:14).

Visto que vive para sempre, Jesus tem um sacerdócio permanente. […] É de um sumo sacerdote como este que precisávamos: santo, inculpável, puro, separado dos pecadores, exaltado acima dos céus (Hb 7:24, 26).

  • Todos os cristãos são sacerdotes

Vocês também estão sendo utilizados como pedras vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo. […] Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas dAquele que os chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1Pe 2:4-5, 9).

Jesus Cristo […] nos constituiu reino e sacerdotes para servir a Seu Deus e Pai (Ap 1:5-6).

Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, pois foste morto, e com Teu sangue compraste para Deus gente de toda tribo, língua, povo e nação. Tu os constituíste reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a Terra (Ap 5:10).

Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante mil anos (Ap 20:6).

O que significa ser um sacerdote?

Martinho Lutero ensinava corretamente que:

  • podemos ir diretamente a Deus, sem a mediação da igreja, sacerdotes, sacramentos, boas obras, santos etc. (Jo 14:6; Hb 10:19-20);
  • todos os cristãos, e não apenas um grupo privilegiado, são espirituais (Jo 3:6; Rm 8:9, 14; 1Pe 2:5);
  • o batismo nos torna iguais (Jo 3:6; Gl 3:26-29; Cl 3:9-11);
  • cada cristão recebe um dom/ministério/vocação, mas nenhum destes é superior ao outro (1Co 4:1-2; 12:4-12; Ef 4:11-16).

Mesmo em relação aos diferentes dons espirituais:

  • não é determinado dom que torna alguém espiritual;
  • nenhuma vocação (ou dom) é mais sagrada que a outra;
  • não há hierarquia, senão a de serviço;
  • não há lugar para autoritarismo ou arrogância.

Adaptado da palestra “O sacerdócio de todos os crentes”, de Wilson Paroschi, Ph.D. (Andrews University) e professor de Novo Testamento no Unasp.

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Mais alguma pergunta? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/mais-alguma-pergunta/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/mais-alguma-pergunta/#comments Mon, 04 Aug 2014 16:40:49 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2087 – Quem são vocês?– Somos seguidores de Jesus Cristo. – Então vocês são cristãos, como dizem por aí?– Isso.– Onde estão seus sacerdotes? – Não temos sacerdotes. – Mas todas as religiões têm seus homens sagrados. – Isso nós temos. – “Isso” o quê? – Homens sagrados. – Quantos são?– Não fazemos a menor ideia.– Como assim? …

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– Quem são vocês?
– Somos seguidores de Jesus Cristo. 
– Então vocês são cristãos, como dizem por aí?
– Isso.
– Onde estão seus sacerdotes? 
– Não temos sacerdotes. 
– Mas todas as religiões têm seus homens sagrados. 
– Isso nós temos. 
– “Isso” o quê? 
– Homens sagrados. 
– Quantos são?
– Não fazemos a menor ideia.
– Como assim? Onde eles estão? 
– Espalhados pelo mundo. 
– Onde, por exemplo?
– Aqui. 
– “Aqui” onde? 
– Nós.
– “Nós” quem? Vocês?
– Isso.
– Ah, tá bom!
– …
– Quer dizer que vocês são os homens sagrados da religião de vocês.
– Não, não somos os homens sagrados da nossa religião. Somos apenas homens sagrados.
– Então vocês são sacerdotes? 
– Mais ou menos.
– Mais ou menos como?
– Somos sacerdotes, mas não como você está pensando. 
– E como eu estou pensando? 
– Você está pensando que somos autoridades religiosas. 
– E não são? 
– Não.
– Por quê? Vocês são contra as autoridades?
– Não.
– Mas acabaram de dizer que não têm autoridades religiosas. 
– Não, não foi isso o que dissemos. Você entendeu errado. 
– Então o que é que vocês estão dizendo?
– Estamos dizendo que não somos autoridades religiosas. 
– Mas são sacerdotes.
– Sim.
– Não estou entendendo.
– Não, não está.
– Então expliquem.
– Todos os seguidores de Jesus Cristo são sacerdotes. 
– E quem é o maior entre vocês? 
– Jesus Cristo.
– Mas ele está morto. 
– Não, está vivo.
– “Vivo” como?
– Vivo, oras.
– Como “vivo, oras”?
– Vivo em nós, no meio de nós, sobre nós, exatamente aqui e agora.
– Aqui?
– Também.
– Em todo lugar?
– Isso. 
– Somente Deus está em todo lugar. 
– Então… 
– Como assim? Vocês pensam que ele é Deus? 
– Sim.
– Então vocês não são apenas seguidores de Jesus Cristo. Na verdade, são adoradores de Jesus Cristo.
– Isso.
– E onde fica o templo de vocês?
– Não temos templo.
– Como não têm templo?
– Não precisamos de templo.
– Por que não?
– Precisávamos de templo quando oferecíamos sacrifícios a Deus. 
– E vocês não prestam mais culto ao seu deus? 
– Daquele jeito, não.
– Que jeito?
– Sacrificando animais.
– E por que vocês não sacrificam mais ao seu deus?
– Nós sacrificamos.
– Mas acabaram de dizer que não oferecem mais sacrifícios de animais.
– Isso.
– “Isso” o quê?
– Não sacrificamos mais animais.
– E por que não?
– Porque não é mais necessário.
– E por que não é mais necessário?
– Porque Jesus Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
– Então vocês não precisam mais prestar culto ao seu deus?
– Você ainda não entendeu.
– Então expliquem!
– Não precisamos mais ir ao templo oferecer sacrifícios de animais. Mas isso não significa que não prestamos culto ao nosso Deus. 
– E que tipo de sacrifício vocês oferecem ao deus de vocês?
– Nós mesmos.
– Como assim?
– A nossa vida toda é um sacrifício a Deus.
– Como assim?
– Tudo o que fazemos, fazemos para a glória do nosso Deus.
– “Tudo” o quê?
– Tudo. A vida toda é um culto a Deus.
– Tudo, tudo?
– Pelo menos é o que tentamos.
– Mas há uma coisa especial que vocês fazem como um ato de adoração ao seu deus? 
– Sim e não.
– Como assim?
– Não, porque, como dissemos, tudo o que fazemos é ato de adoração. Porque na verdade não é o que fazemos ou deixamos de fazer que é o ato de adoração, mas nós mesmos, isto é, a nossa vida em si. 
– Como assim?
– Você não ouviu a gente dizer que somos seguidores de Jesus Cristo?
– Sim. E daí?
– Daí que seguimos os passos dele. E se ele morreu, também morremos. E se ele ressuscitou pelo poder de Deus, nós também ressuscitamos. E agora não vivemos mais para nós mesmos, mas para o nosso Deus, que nos deu vida.
– Acho que estou entendendo.
– Mesmo?
– Sim. Vocês não têm sacerdotes, não têm templo, não oferecem sacrifícios de animais.
– Isso.
– Mas vocês têm uma coisa especial que fazem como ato de adoração ao seu deus?
– Sim e não.
– Já entendi a parte do “não”. Vocês não têm uma coisa especial porque tudo o que fazem é adoração. Na verdade, vocês mesmos são o ato de adoração, porque agora vivem para o deus de vocês.
– Isso.
– Mas e a parte do “sim”?
– A parte do “sim” é que temos, sim, uma coisa especial que fazemos para o nosso Deus.
– O quê? 
– Cuidamos das pessoas.
– Quais pessoas?
– Aquelas de quem somos próximos.
– Como assim? Quem são elas?
– Todas as que cruzam o nosso caminho.
– Eu, por exemplo?
– Sim, você.
– Mas, como assim, cuidam das pessoas como ato de adoração? Então vocês adoram as pessoas?
– Não, não é isso. É que vemos Jesus Cristo nas pessoas, especialmente naquelas que estão sofrendo, nas que têm fome, sede, estão presas, doentes, por exemplo. 
– Acho que está ficando mais claro…
– Que bom que está entendendo.
– Deixa eu ver se entendi.
– Fala.
– Vocês não têm templo porque não precisam mais fazer sacrifícios, e por isso não precisam mais ir ao templo. 
– Isso.
– Pelo mesmo motivo não têm sacerdotes, pois não precisam mais de pessoas que façam os sacrifícios por vocês, já que vocês, isto é, a vida de vocês é que é o sacrifício. 
– Muito bem.
– De fato, tudo o que vocês fazem é para o deus de vocês, especialmente cuidar das pessoas que precisam.
– Isso.
– Tenho mais uma pergunta.
– Pois não.
– Qual é o dia sagrado de vocês?
– Também não temos.
– Vai dizer que vocês vivem desse jeito todos os dias?
– Nossos antepassados tinham um dia sagrado: o sábado. Mas isso era no tempo quando precisávamos ir ao templo levar os animais para que os nossos sacerdotes fizessem os sacrifícios. [Nesse ponto discordo em parte, mas há muita verdade até mesmo aqui. Esse assunto precisa ser discutido em outro momento.] Agora que nos entregamos ao nosso Deus como sacrifício vivo, o verdadeiro ato de adoração é viver para ele.
– E como é que vocês vivem para Deus? 
– Vivendo para o próximo. 
– Então todos os dias são sagrados para vocês?
– Isso.
– Essas coisas que vocês disseram têm um nome? 
– Explique melhor.
– Isso aí é o que chamam de Cristianismo?
– Não. 
– Mas o Cristianismo não é a religião de Jesus Cristo?
– Não.
– Como não?
– Cristianismo é a religião de Constantino.
– O imperador romano?
– Isso.
– Por quê?
– Porque foi Constantino quem começou a montar de novo tudo o que Jesus Cristo havia desmontado.
– Como assim?
– Jesus ensinou que não precisamos mais de templos, sacerdotes, sacrifícios e dias sagrados. Ensinou que Deus é espírito e importa que os que o adoram, o adorem em espírito e em verdade.
– Isso é o que vocês dizem que é fazer da própria vida um ato de adoração? 
– Isso mesmo.
– E o tal do Constantino?
– Então: foi ele quem começou a construir templos dedicados a Deus, oficializou um dia da semana para os cultos, inventou que prestar culto a Deus é uma coisa que se faz nos templos, nomeou sacerdotes, e começou essa confusão que você está vendo. 
– Então isso que vocês explicaram não tem nome?
– Tem.
– E qual é?
– Evangelho. 
– Ah, já ouvi falar, mas pensava que era a mesma coisa que Cristianismo.
– Mas não é.
– Sei.
– …
– Mas tem mais uma coisa que não estou entendendo.
– O que é?
– Só mais uma pergunta.
– Pode fazer.
– Por que é que inauguraram um Templo de Salomão em São Paulo? 
– Não sabemos.
– Mas eles também não são seguidores de Jesus Cristo?
– Também não sabemos, pergunte para eles.

Ed René Kivitz é pastor da Igreja Batista de Água Branca, em São Paulo. É mestre em ciências da religião e autor de, entre outros, “O Livro Mais Mal-Humorado da Bíblia”.

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Novos métodos https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/novos-metodos-2/ Mon, 04 Aug 2014 12:52:45 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2080 (Textos selecionados de Ellen White) Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem pessoas que Ele chamará para o Seu serviço – pessoas que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido …

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The One Project, organizado pela Associação Geral da IASD

(Textos selecionados de Ellen White)

Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus tem que despertar para as necessidades da época em que vive. Deus tem pessoas que Ele chamará para o Seu serviço – pessoas que não farão o trabalho na maneira destituída de vida com que foi conduzido no passado. […] Em nossas grandes cidades, a mensagem deve avançar como uma lâmpada ardente. Deus levantará trabalhadores para a Sua obra, e Seus anjos irão à frente deles. Que ninguém impeça essas pessoas de cumprirem a missão que Deus lhes deu. Não as impeçam. Deus lhes deu uma tarefa. Que a mensagem seja proclamada com tanto poder que os ouvintes se convençam. – Evangelismo, p. 70

Não deve haver regras fixas; nossa obra é progressiva, e deve haver oportunidade para os métodos serem melhorados. Porém, sob a direção do Espírito Santo, a unidade deve ser preservada e o será. – p. 105.

Há necessidade de pessoas que orem a Deus pedindo sabedoria e que, sob a orientação divina, possam pôr nova vida nos antigos métodos de trabalho e inventar novos planos e métodos modernos de despertar o interesse dos membros da igreja, alcançando os homens e as mulheres do mundo. – p. 105.

Nas cidades de hoje, onde existem tantas coisas destinadas a atrair e agradar, as pessoas não podem se interessar por esforços medíocres. Os ministros designados por Deus acharão necessário realizar esforços extraordinários para atrair a atenção das multidões. E quando conseguem reunir grande número de pessoas, precisam apresentar mensagens tão fora do comum que o povo fique desperto e esclarecido. Precisam usar todos os meios que possam ser planejados para fazer com que a verdade seja apresentada. – p. 122.

Cada um que trabalha na vinha do Senhor deve estudar, planejar, idealizar métodos a fim de alcançar as pessoas onde elas estão. Devemos fazer algo fora do curso comum das coisas. Temos que prender a atenção. – p. 122.

Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em seguir os Seus passos, irão atrair grande número de pessoas, mantendo a atenção delas, como Cristo fazia. – p. 124.

Seja qual for que tenha sido a sua prática anterior, não é necessário repeti-la sempre e sempre, da mesma maneira. Deus deseja que sigamos métodos novos e ainda não experimentados. […] Surpreenda as pessoas. – p. 125.

A tarefa de levar pessoas a Cristo exige cuidadoso preparo. Não se deve começar o serviço do Senhor sem a necessária instrução e, ainda assim, esperar o maior êxito. […] Perguntem ao arquiteto, e eles lhes dirá quanto tempo levou para compreender a maneira de planejar uma construção elegante e cômoda. E a mesma coisa é feita em todas as profissões. Deveriam os servos de Cristo ser menos dedicados em se preparar para uma tarefa infinitamente mais importante? Deveriam ser ignorantes a respeito dos meios e maneiras a ser usados para alcançar as pessoas? Saber como se aproximar de homens e mulheres para tratar dos grandes temas que dizem respeito ao bem-estar eterno delas requer conhecimento da natureza humana, profundo estudo, meditação e fervorosa oração. – p. 128.

Na providência de Deus, os que levam a responsabilidade de Sua obra têm se esforçado para dar nova vida aos antigos métodos de trabalho, e também delinear novos planos e novos métodos de despertar o interesse dos membros da igreja num esforço unido para alcançar o mundo. – p. 252.

A prevalecente monotonia da rotina religiosa em nossas igrejas precisa ser modificada. A influência da atividade necessita ser introduzido, para que os membros da igreja possam trabalhar em novos ramos e planejar novos métodos. O poder do Espírito Santo moverá corações à medida que for quebrada essa monotonia morta, sem vida, e muitos que nunca antes haviam pensado em ser além de espectadores ociosos começarão a trabalhar com vigor. […] Devem ser feitos esforços para fazer algo enquanto é dia, e a graça de Deus se manifestará, a fim de que pessoas possam ser alcançadas para Cristo. – Testemunhos para ministros, p. 204.

Tenho uma mensagem aos cristãos que vivem em nossas grandes cidades: Deus lhes mostrou a verdade, não para que vocês a retenham, mas para que a comuniquem aos outros. […] Enquanto trabalham e elaboram planos, novos métodos surgirão na mente de vocês a todo o momento, e, pelo uso, as habilidades intelectuais de vocês aumentarão. – Beneficência social, p. 204.

Deus chamará pessoas ao Seu serviço, pessoas que não promoverão o trabalho da maneira desanimada como tem sido promovido no passado. […] Que ninguém desanime a esses fervorosos trabalhadores. Eles cometerão erros em algumas coisas, e precisarão ser corrigidos e instruídos. Mas, vocês que estão há mais tempo na igreja, também não têm cometido enganos e necessitado de correção e instrução? Quando cometeram erros, o Senhor não os expulsou, mas os curou e fortaleceu. […]

Deus escolhe os Seus mensageiros, e lhes dá a Sua mensagem; e Ele diz: “Não [os] impeçam” (Lc 18:16, NVI). Novos métodos precisam ser introduzidos. O povo de Deus precisa despertar para a necessidade do tempo em que está vivendo. – Refletindo a Cristo, p. 234.

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia], haverá admirável manifestação do poder de Deus, mas ele não influirá sobre os que não têm se humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas ideias e expectativas, eles combaterão a obra. “Por que”, dizem eles, “não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?” – Eventos finais, p. 209.

Para estudo adicional, veja: Jon Paulien, Everlasting Gospel, Ever-changing World: Introducing Jesus to a Skeptical Generation (Boise, ID: Pacific Press, 2008); Kleber Gonçalves, “A Critique of the Urban Mission of the Church in the Light of an Emerging Postmodern Condition” (tese de Ph.D., Andrews University, 2005); Journal of Adventist Mission Studies (2005 –); Bruce L. Bauer e Kleber O. Gonçalves, eds., Revisiting Postmodernism: An Old Debate on a New Era (Berrien Springs, MI: Andrews University, 2013) e materiais produzidos pelo Center for Secular and Postmodern Studies (Associação Geral da IASD).

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Como a igreja te emburrece https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/como-a-igreja-te-emburrece/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/como-a-igreja-te-emburrece/#comments Sat, 02 Aug 2014 16:49:58 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2066 Muitas vezes nós reclamamos da falta de intelectuais que sejam cristãos conservadores [isto é, que acreditam na Bíblia e levam-na a sério], mas o motivo desta escassez é tão óbvio que até assusta demorarmos para percebê-lo. A igreja emburrece as pessoas. Os jovens, desde pequenos mancebos, são ensinados a pecarem …

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Muitas vezes nós reclamamos da falta de intelectuais que sejam cristãos conservadores [isto é, que acreditam na Bíblia e levam-na a sério], mas o motivo desta escassez é tão óbvio que até assusta demorarmos para percebê-lo. A igreja emburrece as pessoas. Os jovens, desde pequenos mancebos, são ensinados a pecarem contra o mínimo da coerência e do raciocínio lógico para que possa descer mais confortavelmente, goela a baixo, todo tipo de arame farpado teológico e doutrinal que lhes são impostos.

Quando os jovens começam a formular suas racionalizações, eles descobrem, atônitos, que o rei está nu. Eles gritam alto, mas são calados com mais manteiga para o arame. Quando eles tentam fazer com que o mundo deles faça sentido, eles batem de frente com o muro de regras que não provém da Escritura. Constantemente, os jovens precisam lidar com contradições lógicas e práticas como se fossem a coisa mais normal do mundo e, quando levantam seus questionamentos, são tratados como meros rebeldes sem causa. Ouvem “Sola Scriptura” [somente a Escritura] no púlpito, e “Não podemos questionar o pastor” [ou outras pessoas, que, na prática, têm maior autoridade que o pastor] nos bancos. “Só seguimos o que nos diz a Escritura”, dizem nas escolas dominicais [ou sabatinas], mas [por exemplo] eles são proibidos de se vestirem de modo mais informal, mesmo que com ordem, decência e humildade, sob uma enxurrada de argumentos que não procedem do texto sagrado.

Com o tempo, ou eles fogem ao som de “Run, Forrest! Run!” [Corra, Forrest, corra!] a fim de conservar a própria sanidade, ou eles matam a própria habilidade de pensar, abandonam o raciocínio e usam mais manteiga na garganta.

(Yago Martins, via Facebook)

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No contexto adventista, devemos notar que a reflexão acima não se aplica, de modo nenhum, à IASD mundial. A teologia e as orientações oficiais da IASD (Associação Geral) são profundamente bíblicas, cristocêntricas, equilibradas, coerentes e estimulam o uso da razão e do senso crítico. Basta ver obras oficiais da IASD como Nisto Cremos, Tratado de Teologia Adventista do Sétimo Dia, Manual da Igreja e Declarações da Igreja (todos publicados pela CPB), além de um sem-números de livros e artigos produzidos por estudiosos adventistas e outros líderes da igreja. Sem dúvida, a organização adventista tem sido guiada por Deus, e o será até o fim (veja Ellen G. White, Eventos Finais, p. 43-62; idem, A Igreja Remanescente). No entanto, o texto descreve com precisão a realidade da maioria das igrejas locais e da igreja em nível regional e nacional. É importante manter em mente esses dois lados para termos uma visão equilibrada da questão.

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Deus sempre usa o pregador? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/08/deus-sempre-usa-o-pregador/ Fri, 01 Aug 2014 14:15:08 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=2029 Várias vezes vejo cristãos dizendo: “Ah, não importa quem é o pregador, Deus sempre irá usá-lo de alguma forma para edificar minha vida”. De onde surgiu isso? Essa visão ingênua e romantizada da igreja e do púlpito pode parecer muito bonita a alguns, mas, na verdade, é fruto de misticismo e …

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Várias vezes vejo cristãos dizendo: “Ah, não importa quem é o pregador, Deus sempre irá usá-lo de alguma forma para edificar minha vida”. De onde surgiu isso? Essa visão ingênua e romantizada da igreja e do púlpito pode parecer muito bonita a alguns, mas, na verdade, é fruto de misticismo e não há nada de bíblico nela. O fato de alguém ocupar um púlpito não é salva-guarda contra falsos ensinos. Afirmar tal coisa é não apenas crer estar firme construindo sua casa sobre areia movediça (uma vez que Deus nunca prometeu essa segurança quanto aos sermões que ouvimos), mas também negar as diversas advertências bíblicas contra os falsos mestres, os quais pregam suas falsidades de dentro do próprio povo de Deus (Mt 7:15; 24:11; 2Co 11:13-15; Gl 2:3-5; 2Pd 2:1; 1Jo 4:1).

Ao contrário do que muitos acham, abrigar esse tipo de pensamento não acaba exaltando o púlpito como um local abençoado, mas, visto que tal visão não é bíblica, esse pensamento apenas rebaixa o púlpito cristão como um local místico, que pode ser ocupado por qualquer um, mesmo que não esteja sequer minimamente interessado e preparado para ministrar alimento sadio à igreja.

Púlpito não é brincadeira. Não é lugar para colocarmos alguém simplesmente por ser alguém incisivo ou simpático, “desenrolado” ou bem-intencionado, e sim pessoas que se preparem espiritual e intelectualmente para esta tarefa. Não inutilize a Palavra de Deus. Ela existe a fim de que possamos nos alimentar dela. Pôr no púlpito alguém que não está apto para alimentar a outros com a Palavra é uma forma de inutilizá-la, não só porque ela não estará servindo ao propósito para o qual foi dada, mas também porque ela mesma afirma que quem instrui o povo deve manejá-la bem (2 Tm 2:15) e que o Espírito reparte os dons conforme Lhe apraz. Uns possuem o dom de ser mestres, ou seja, instruir a igreja (1Co 12:7-11, 28); outros, não (1Co 12:28-29), portanto, não deveriam ocupar o púlpito.

Muitos podem achar essas palavras arrogantes, crendo que isso é pregar uma espécie de segregação. Curiosamente, essas pessoas não acham arrogante desconsiderar que o Espírito Santo é soberano acerca de como Ele reparte os dons e que não devemos cobiçar aquilo que Deus, em Sua infinita sabedoria, escolheu não nos dar. Tampouco acham arrogante subir a um púlpito para pregar suas próprias palavras, e não a Palavra de Deus. Sim, porque quem não estuda não poderá falar outra coisa senão suas próprias Palavras, pois Deus não costuma transmitir miraculosamente aquilo que podemos adquirir estudando. Em momento algum a Bíblia afirma que o Espírito Santo seria dado a fim de fazer de nós preguiçosos e pouco aplicados em buscar o sentido original do texto bíblico.

Se uma pessoa quer subir ao púlpito sem preparo espiritual e intelectual para alimentar a igreja, a única forma de amá-la e amar a igreja é não permitindo que a arrogância destruidora dela seja alimentada enquanto a igreja morre de inanição, pois é exatamente isso o que fazemos quando permitimos que tal pessoa pregue.

Quando digo que não devemos permitir isso, não é crucificando ou zombando do pregador ou dos púlpitos, numa revolta infantil e inoperante, mas cobrando amoravelmente dos líderes um alimento sólido, tanto deles quanto de quem eles colocam no púlpito. Cobrando cursos de capacitação para que a igreja tenha condições de ler, entender e comunicar efetivamente a Palavra de Deus, em vez de sermões melosos, ou fanáticos, ou sem pé nem cabeça, ou mesmo bem estruturados, mas cujas conclusões não procedem do texto bíblico.

Procure os líderes de sua igreja e converse humildemente sobre isso. Procure você também, na medida de suas possibilidades, estudar para cobrar. Muitos deles, quando veem que o nível dos membros é muito baixo, se acomodam e também passam a não estudar, criando um ciclo vicioso: líderes preguiçosos, incapazes de alimentar o povo; gerando um povo cada vez mais ignorante; que alimenta a preguiça desses líderes; que gera um povo cada vez mais ignorante; que… Não espere por ninguém; esse ciclo precisa ser rompido em algum ponto. Que seja você o ponto de rompimento com o desleixo para com a Palavra de Deus. Comece não admitindo sermões rasos, especulativos e que enfatizam o que a Bíblia não enfatiza, “negligenciando os preceitos mais importantes da lei” (= Palavra de Deus) (Mt 23:23). Comece parando de se resignar diante do engano supersticioso do “não importa quem pregue”. Importa, sim! Com amor e mansidão, exija Bíblia, cruz e evangelho nos púlpitos de sua igreja!

“Há homens que ficam nos púlpitos como pastores, professando alimentar o rebanho, enquanto as ovelhas estão morrendo por falta do pão da vida. Há longos e arrastados discursos grandemente compostos de narrativas de anedotas; mas o coração dos ouvintes não é tocado [e esse entretenimento pode ser tanto “liberal” como “extremista”]. Pode ser que os sentimentos de alguns sejam tocados, podem derramar algumas lágrimas, mas seu coração não foi quebrantado. […] O Senhor, Deus do Céu, não pode aprovar muito do que é trazido ao púlpito pelos que professam estar falando a Palavra do Senhor. Não inculcam ideias que sejam uma bênção para os que o ouvem. Alimento barato, muito barato é colocado diante do povo [novamente, esse alimento barato, água com açúcar, pode ser tanto  “liberal” como “extremista”]” (Ellen G. White, Testemunhos para ministros, p. 336-337).

(Vanedja Cândido)

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As duas faces do ecumenismo https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/as-duas-faces-do-ecumenismo/ Thu, 24 Jul 2014 18:30:42 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=1933 Você sabia que existe um bom ecumenismo e um mau ecumenismo? Esse é o tema da matéria de capa da revista Ministério, o periódico oficial dos pastores adventistas no Brasil. O artigo, intitulado “As duas faces do ecumenismo” (p. 17-20), foi escrito por Nicholas Miller, professor de História da Igreja na Andrews …

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“Nossos pastores devem procurar aproximar-se dos pastores de outras denominações. Orem por esses homens e com eles” (Ellen White). Encontro entre representantes da Associação Geral da IASD e da Conferência Mundial Menonita (2011).

Você sabia que existe um bom ecumenismo e um mau ecumenismo?

Esse é o tema da matéria de capa da revista Ministério, o periódico oficial dos pastores adventistas no Brasil. O artigo, intitulado “As duas faces do ecumenismo” (p. 17-20), foi escrito por Nicholas Miller, professor de História da Igreja na Andrews University (EUA) e diretor do Instituto Internacional de Liberdade Religiosa.

O autor argumenta que “há um ecumenismo positivo e outro nocivo”. “O positivo diz respeito à consideração, ao cuidado, apoio prático que deve haver entre os cristãos. O ecumenismo nocivo é uma busca mais formal, ideológica, por uma unidade institucional e doutrinária.”

Para despertar a curiosidade, vou citar alguns trechos que apresentam aspectos que frequentemente não conhecemos ou não compreendemos. Leia o artigo completo para ter uma visão mais ampla e equilibrada do assunto (o autor fala também sobre a “linha divisória” da missão profética da Igreja Adventista).

“Muitos de nós talvez fiquemos surpresos ao aprender que nossas crenças fundamentais [da IASD] reconhecem a validade da igreja ecumênica. […]

“O movimento adventista do século 19 foi um dos movimentos verdadeiramente ecumênicos dos tempos modernos. […] Os adventistas do sétimo dia são, eles mesmos, o resultado de um verdadeiro movimento ecumênico bíblico [isto é, o movimento milerita]. […]

“Ellen G. White […] [chegou] a se referir a alguns comentários [bíblicos] não adventistas de seu tempo como estando entre seus ‘melhores livros’.

“O ecumenismo prático [positivo] é uma questão local envolvendo assuntos comunitários. Justiça social enraizada no evangelho e na vinda [acredito que o correto seja “vida”] de Cristo foi a base do ecumenismo adventista histórico. Temperança, combate à escravidão e liberdade religiosa foram esforços destinados a proteger e afirmar pobres, fracos, jovens e marginalizados. Os adventistas necessitam ser despertados e novamente inspirados para esse tipo de esforço interdenominacional bem orientado. […]

“O movimento milerita, como exemplo de um verdadeiro movimento ecumênico bíblico, deve ser aplaudido. […] Cremos que esse movimento ecumênico, universal, ocorrerá novamente antes da segunda vinda de Cristo e que ele incluirá ‘toda nação, tribo, língua e povo’ (Ap 14:6).”

Clique aqui para ler a edição integral da revista Ministério. 

Sobre o assunto, leia também os seguintes textos deste site:

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Culto chato? https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/culto-chato/ https://missaoposmoderna.biblecast.com.br/2014/07/culto-chato/#comments Sun, 20 Jul 2014 13:00:24 +0000 http://rabis.co/migramissaopos/?p=515 , Tornar as reuniões interessantes É dever dos que estão ligados à igreja sentir a responsabilidade individual de usar sua máxima capacidade para fortalecer a igreja e tornar as reuniões tão interessantes que os de fora ou descrentes sejam atraídos para as reuniões. […] Nas pequenas congregações, há o perigo …

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Tornar as reuniões interessantes

É dever dos que estão ligados à igreja sentir a responsabilidade individual de usar sua máxima capacidade para fortalecer a igreja e tornar as reuniões tão interessantes que os de fora ou descrentes sejam atraídos para as reuniões. […]

Nas pequenas congregações, há o perigo de se destruir o interesse por causa da imprudência. Não deve haver longas orações; guarde suas longas orações para o seu quarto. Que as suas orações não falem a respeito de todas as coisas do mundo. Faça orações ao ponto; peça a bênção de Deus por si mesmo e pelos que estão presentes. Quando você orar sozinho em seu quarto, então poderá derramar perante Deus todo o fardo de seu coração, mas a reunião de adoração a Deus não é o momento para isso. Tal hábito destrói o interesse pelas reuniões, e as torna enfadonhas. Veja a oração simples que Cristo ensinou aos discípulos. Que oração breve! Que oração completa!

Quando se aproximar de Deus, ore de maneira breve e simples. Não desonre a Deus com orações cheias de retórica, nem faça ao Senhor um sermão em sua oração. Vá a Deus com a necessidade de sua alma, e diga exatamente o que você deseja, como uma criança ao seu pai terreno; e cofie em seu Pai celestial como uma criança confia em seu pai terreno.

Quando a reunião for realizada sem a presença de um pastor, que alguém assuma a direção, mas não gaste um longo tempo para sermonizar. Simplesmente fale as palavras no espírito e no amor de Jesus, e assim dê um exemplo aos outros. Que as palavras não sejam apenas para falar e matar o tempo. Que cada um participe apresentando a experiência de sua alma. Que falem de suas experiências individuais, das lutas de sua alma, das vitórias obtidas. Acima de tudo, que ofereçam a Deus um tributo de louvor vindo de um coração agradecido pelo qual Jesus morreu. Esse é um assunto sobre o qual cada pessoa pode falar com proveito. É dever de todos sentir que devem contribuir com sua parte para a vida e a alma da reunião. Façam isso, e a bênção de Deus virá ao meio de vocês em grande medida. – Manuscrito 39, 1887, em Manuscript Releases, v. 3, p. 1.

Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em seguir os Seus passos, irão atrair grande número de pessoas, mantendo a atenção delas, como Cristo fazia. – Evangelismo, p. 124.

Trabalho com crianças e jovens

Aqueles que trabalham com crianças e jovens devem evitar discursos enfadonhos. Ir direto ao ponto trará os melhores resultados. Se há muita coisa a dizer, fale sobre o assunto em outros momentos. Algumas observações interessantes, feitas ocasionalmente, serão mais eficientes do que transmitir todas as informações de uma só vez. […]

Falar muito irá levá-los a detestar assuntos espirituais, da mesma maneira que comer em excesso sobrecarrega o estômago e diminui o apetite, produzindo enjoo. Nossas instruções à igreja, especialmente aos jovens, devem ser dadas “um pouco aqui, um pouco ali”. […]

Devemos buscar entender a mente e os sentimentos dos jovens, compartilhar de suas alegrias e tristezas, lutas e vitórias. […] No trabalho com os jovens, devemos nos aproximar deles, se queremos ajudá-los. […] Não imagine que será possível despertar o interesse dos jovens indo à reunião e pregando um longo sermão. Planeje meios de despertar um profundo interesse. – Obreiros evangélicos, p. 208, 210.

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Verdadeira adoração

É impossível descrever de maneira suficientemente forte os males de uma adoração formal, mas não há palavras para descrever as profundas bênçãos da adoração genuína. […]

Escolha-se um grupo de pessoas para conduzir os momentos de louvor. E seja este acompanhado por instrumentos musicais habilmente tocados. Não nos devemos opor ao uso de instrumentos em nossa obra. Essa parte da adoração deve ser cuidadosamente dirigida, pois é o louvor a Deus através do cântico. – Testemunhos para a igreja, v. 9, p. 143.

A pregação nas reuniões de sábado em geral deve ser breve, dando-se oportunidade aos que amam a Deus para exprimir sua gratidão e adoração. […]

Cada um deve sentir que tem uma parte a desempenhar a fim de tornar as reuniões de sábado interessantes. Não devemos nos reunir simplesmente para preencher uma formalidade, e sim para trocar ideias, relatar nossa experiência diária, oferecer ações de graça e exprimir nosso sincero desejo de ser iluminados para conhecer a Deus e a Jesus Cristo, a quem Ele enviou. O encontro coletivo com Cristo fortalece a alma para os embates e provações da vida. Nem é possível imaginar ser cristão e viver concentrado em si mesmo. […]

Não conseguimos a centésima parte das bênçãos que podemos obter em nossas reuniões de culto a Deus. Nossas habilidades de percepção precisam ser aguçadas. A comunhão uns com os outros deve encher-nos de alegria. Com a esperança que temos, por que nosso coração não há de entusiasmar-se com o amor de Deus?  – Testemunhos para a igreja, v. 6, p. 361-362.

Para que nos reunimos?

As reuniões de testemunhos e oração não devem causar tédio. […] A formalidade e o constrangimento devem ser postos de lado, devendo todos estar prontos para o dever.

Qual é o objetivo de reunir-se? Porventura seria dar informações a Deus em oração, ou instruí-Lo contando tudo o que sabemos? Reunimo-nos para edificar uns aos outros com a troca de ideias e sentimentos; para adquirirmos poder, luz e ânimo ao nos familiarizarmos com as esperanças e desejos uns dos outros; e, ao orarmos com fé, sinceridade e fervor, receberemos refrigério e vigor da Fonte de poder. Essas reuniões devem, pois, ser ocasiões sumamente preciosas e tornar-se atraentes a todos os que apreciem as coisas religiosas.

Temo que alguns não levem suas dificuldades a Deus em orações particulares, mas reservam-nas para as reuniões de oração, e ali querem compensar suas orações de vários dias. Essas pessoas destroem as reuniões de testemunhos e oração. Eles não emitem luz e a ninguém edificam. Suas orações frias e formais, e longos testemunhos refletindo sua apostasia projetam sombras. Todos se sentem aliviados quando finalmente se calam, e é quase impossível dissipar as trevas e a frieza que suas orações e testemunhos trouxeram à reunião.

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Segundo a luz que me foi dada, nossas reuniões devem ser espirituais e sociais, e não muito demoradas. O retraimento, o orgulho, a vaidade, o temor de homens devem ficar de fora. Pequenas diferenças e preconceitos não devem ser ali introduzidos. Como numa família unida, simplicidade, mansidão, confiança e amor devem existir no coração dos irmãos e irmãs que se reúnem para reanimar-se e fortalecer-se ao partilharem seu conhecimento.

“Vocês são a luz do mundo” (Mateus 5:14), diz o divino Mestre. Nem todos têm em sua vida religiosa as mesmas experiências. Apesar dessas diferenças, eles se reúnem e, em espírito de simplicidade e humildade, compartilham suas experiências. Todos os que trilham o caminho do progresso cristão precisam ter e terão experiências revigorantes, que ofereçam novidade e interesse. Uma experiência como essa envolve tentações, provações e lutas cotidianas, como também esforços decisivos, vitórias, paz e alegria através de Jesus. A simples narração dessas experiências proporciona luz, força e conhecimento que ajudarão outros a progredir na vida espiritual. A adoração a Deus deve ser interessante e instrutiva para os que têm amor às coisas divinas e sagradas. […]

Seguir o exemplo de Cristo

O Redentor do mundo procurou tornar Suas lições claras e simples, para que todos as compreendessem. Geralmente preferia o ar livre para Suas mensagens. Não havia casa que comportasse a multidão que O seguia; mas tinha motivos especiais para ir às campinas e praias a fim de transmitir Suas lições e ensinos. Tinha ali uma vista majestosa da paisagem e utilizava cenas e objetos com os quais as pessoas de vida humilde estavam familiarizadas, para ilustrar-lhes as verdades importantes que lhes tinha a ensinar. […]

Em todos os Seus esforços, Cristo procurou tornar interessantes os Seus ensinos. Sabia que a multidão cansada e faminta não podia receber benefício espiritual, e não Se esqueceu de suas necessidades materiais. […]

Muitos, entretanto, fazem orações secas em forma de sermão. Eles oram aos homens, e não a Deus. Se estivessem orando a Deus e realmente compreendessem o que estavam fazendo, se assustariam de sua audácia, pois estão dirigindo ao Senhor um discurso, em forma de oração, como se o Criador do Universo necessitasse de informações especiais a respeito do que se passa no mundo. – Testemunhos para a igreja, v. 2, p. 577-581.

(Todas as citações foram retiradas de livros de Ellen G. White.)

Confira também este texto do pastor Isaac Malheiros: Ellen White contra o culto chato.

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